segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A CULPA É DE QUEM?



Imagens colhidas no Google

 A geração dos anos oitenta ou noventa, talvez mais ainda, está pagando o pato pela má condução social e educacional que as autoridades brasileiras e a própria família vêm dando à formação de nossos filhos, crianças ou jovens.

Nós não criamos uma geração preparada para enfrentar a maldição do século: a droga.

Acho que nem sabíamos bem o que viria a ser isso. Nosso pavor foi tão grande às primeiras manifestações do tal veneno que, ao invés de enfrentá-lo, fugimos dele.

E até quando se pode fugir de um monstro que toma ares de fantasia, que tem fulgor, sensações fantásticas, magia? Diante de garotões atingidos pela falsa alegria que vinha substituir nosso heróis juvenis, nossos desenhos do gibi, das figuras fantásticas como Peter Pan ou Romeu e Julieta, nosso dedo apontava para alguém que deveríamos evitar, isolar, condenar. Era preciso sentenciá-los à solidão obscura dos antigos exemplos do repúdio aos leprosos...

Era a hora da ação, da ajuda, da ciência.

Mais tarde seria tarde demais. E foi.

Ninguém entendeu o momento dramático que nossos  ingênuos jovens atravessavam e ninguém foi ao encontro deles, de braços abertos . Ninguém sabia o que era aquilo.

A sociedade omitiu-se, a ciência tardou, as Igrejas - todas- silenciaram.

O Governo, ah! O Governo! Este é sempre o último a aparecer, a destinar tempo e verba para a educação e a saúde.

Primeiro as obras que jogam um holofote sobre os eleitores não esclarecidos, sobre assuntos de ordem social. Primeiro os discursos, a base necessária à próxima eleição, as viagens. Sobre moral ou saúde, a gente vê depois.

Mas não viram. Nunca viram.

Apareceram nas periferias das cidades maiores dominadas pelo fantasma do tráfego, da imaginação de nossos jovens mais pobres, depois a chamada "classe média " e, enfim , o domínio de todos os nossos meninos de ontem, transformados em seres tomados pelo mundo perdido das drogas, do crime, da alienação.

Quem são os culpados?


Uma sou eu.Tive medo.

E você?





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