segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATAL DE ANTIGAMENTE



 


Não tinha Papai Noel, nem vestes vermelhas, barbas brancas nem presentes... Igualzinho aos meus Natais da infância. Lembro bem.

Na época, lá pelos idos finais de 30 e começo de 40 do século passado, eu era criança, em Tijucas.

Século passado, fácil de dizer, mas estranho de ouvir... Parece que vivemos um século inteiro, mas para mim é como dizer no mês passado, no ano passado. Tudo está claro nas minhas lembranças, nas minhas histórias da carochinha, nos vestidos de babadinhos - o que afinal, está na moda outra vez.

É só você fechar os olhos e recostar numa cadeira de balanço e tudo vêm à tona, tudo se refaz e a alegria volta. De repente, abra os olhos e sentirá que está sorrindo outra vez.

Mas, não era bem sobre isso que eu queria falar!

Eu queria falar de Menino Jesus!

No meu tempo de criança em Tijucas, quem trazia presentes na noite de Natal, não era um velhinho barbudo com um saco nas costas  e com um ho ho ho, que quer dizer: Cheguei!"

Boas Festas , Bons Presentes!

Isso, na noites de Natal dos ricos – ou mais ou menos, o que eu não era na infância.

Mas era muito bom, muito alegre, porque nessa época, a gente ainda não tinha perdido ninguém: família grande, muitos tios, muitos primos.

Os hábitos eram diferentes.

Naquela época, a criançada “emborcava o prato” para o Menino Jesus: catávamos, no quintal, a mais fresca grama ou o capim mais verdinho, fazíamos um molho com algum cordão que havia sido guardado para a santa tarefa natalina, pois essa era a ração que colocaríamos debaixo do prato e que seria o alimento para o burrinho que carregava o Menino Jesus e Maria. São José caminhava ao lado, puxando o burrinho e o fazia parar na frente das casas das crianças que haviam emborcado o prato onde , depois do burrinho comer todo o capim, o Menino Jesus colocava guloseimas ou algum brinquedo simples, um carrinho feito a mão por alguém da família, em segredo. Ou uma boneca de pano, meu presente inesquecível.

Todos dormiam.
Alguns sonhavam que o Menino Jesus havia esquecido de parar na sua casa, fruto de algum remorso por travessura feita, e acordavam chorando. Mas logo passava! A mesa da sala de jantar da Vó Querubina, onde morávamos, amanhecia sem capim.

O Menino Jesus havia estado ali. E a festa começava na manhã de 25 de Dezembro de todos os anos. Íamos para a frente da casa, numa calçada de três a quatro degraus – onde era a Selaria do Vô Pedro, e ficávamos mostrando para os amiguinhos que passavam.
Mais tarde, 10h, íamos à missa, de vestido novo.

Não havia Papai Noel!

Não sei quando ele surgiu na minha vida e nem quando me apaixonei por ele.

Hoje, tenho minha casa ornamentada de Papai Noel, no Natal.


Mas o presépio é o momento mais lindo e verdadeiro no Natal Cristão, é sim. A cena do Menino Jesus na manjedoura, José e Maria, Anjos, animais e a estrela apontando o lugar de nascimento de Nosso Deus Menino, é enternecedora.

Faz-nos lembrar que o Natal, menos que Papai Noel, presentes, jantares e champanhe, é um momento de cristandade, de amor,de paz.

Um momento de Deus em nossa Vida! Lembre disso!

E seja muito feliz!






Lindas histórias!





Fotos colhidas no Google




 




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