quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CARPE DIEM





                                                                                                                                            Mila Ramos
    

Quando vejo, hoje, as minhas companheiras idosas, as amigas da chamada melhor idade (menos, né?) fazendo ginástica nas pracinhas, nos clubes, nas academias, vejo quanto tempo perderam aquelas que ficaram assistindo televisão à tarde ou curtindo uma preguiça, até  por timidez ou acanhamento.
Não era comum, uma senhora sair de casa, com tanta coisa para fazer e ir encontrar as amigas para fazer exercícios ou dançar para cuidar da saúde.
Mulher, dona de casa por profissão (quando vão riscar isso das carteiras?) antes de tudo, tem de fazer as obrigações do lar, varrer, lavar, cozinhar, cuidar dos filhos, da casa, da sogra ou da mãe doente, só depois cuidar dela. Só depois.
Pode trabalhar fora, mas quando chega em casa, quanta coisa por fazer. Imagina se dá tempo de pensar em ginástica, cuidar da saúde, da aparência.

Ah! Dá, sim! E como tem de dar, ora essa!

Mulher moderna, seja lá de que idade for, tem tempo para tudo o que diz respeito ao bem estar de todos da família, da casa, da saúde, do trabalho e dela também. Especialmente dela, porque se não estiver bem, ninguém mais estará!
 Até porque, os maridos também são modernos hoje em dia! Também ajudam nas tarefas caseiras, cuidam dos filhos, alguns são exímios cozinheiros e quando não o são, quebram um galho legal, como diz a garotada!

Como me arrependo das horas de cadeira de balanço, que nas tardes chuvosas, um bom livro me atraia, sem me dividir nunca com boas caminhadas nas tardes de sol.
Paguei caro por isso.

Bem faz minha cunhada Bela que nunca deixou de caminhar e hoje em dia, suas aulas de hidroginástica são uma devoção a mais para ela; minha querida Vada, que distribui suas boas horas de jogo com sua hidroginástica sagrada duas vezes por semana e ainda tem tempo para fazer aulas de tango, ela e seu amado Carlito, nadador condecorado, muito antes dos seus 80 anos. Tanto eu sei, minha amiga Mariza Campos também faz sua caminhada diária “in door”, para compensar suas agradáveis sessões de canastra com uma roda de amigas, das quais já privei. Marina, sempre foi bonita e elegante e, com certeza, para isso contribuiram as caminhadas que faz com o maridão Alonso. Sobre minha querida Miriam, nem preciso falar o que a faz sempre elegantérrima, mesmo no comsultório. 
E tantas mais que hoje encontro no corredores da Clínica de Fisioterapia (que obrigatoriamente devo frequentar) só que elas saem das sessões de pilates para continuarem elegantes e belas.  
Minhas filhas Raquel e Rute também são bem chegadas a uma caminhada e  seus horários de academia são sagrados, graças a Deus. Elas estão sempre na linha, mas eu, quando não jogava, lia.
Parada, claro!
Não deu certo! 
A receita seria: jogar, ler e caminhar. Azar meu.

Por isso meu aplauso às minhas companheiras de terceira idade que, em academia, em hidroginástica, nas pracinhas ou nos chamados crochês e bingos (o que a polícia quer atrás delas?) se reúnem em danças e folguedos para mexer com o corpo e com a cabeça!

Carpe Diem!
                                                                       ( imagens do Google)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ADOLESCER


                                                                                                           
      Abri-me.
Explodi correntes,
derrubei por terra as amarras,
os freios,
as peias,
regras e leis,
castrações.
 
                 Um infinito novo escancarou-se
                 e eu - renascida -
                 ave implume,
                 ensaio voos livres
                 sobre paisagens cativas de  outros mundos.
 
Hoje, sou muito mais eu.
Danem-se rugas,
certidões de idade,
quero viver a mocidade vencida,
- não vivida -
intata,
parada no tempo,
engolida,
refreada.
            -Adolesço!

Mila Ramos
( fotos colhidas no Google)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

RUA DO PRÍNCIPE ENVELHECENDO




Hoje fui à Rua do Príncipe:  estreita, coitadinha, sem estacionamento, gente passeando cheia de pacotes, algumas paradas no camelô comprando óculos, carteiras para dinheiro, sombrinhas.
Uma tristeza, nossa principal rua, a mais famosa, envelhecendo...

Mas eu queria ir no final da Rua do Príncipe, na Única , a sapataria mais tradicional da cidade e a que resolve todos os nossos problemas de sandálias, cintos, bolsas. Eu precisava ir lá.
Desci pela  Rua do Príncipe porque vinha da zona norte, mas não consegui chegar lá: tive de dar uma volta pela Rua Abdon Batista, dobrar numa ruazinha estreita à direita, onde a gente só vai.
 E cheguei à Ministro Calógeras, ( se não me engano, aquele trecho, se chamava Rua São Pedro) Sei lá, também já não lembro mais de tudo.
Bem, da Rua Ministro Calógeras, dobrei à direita para, então, pegar a Rua do Príncipe outra vez e chegar na Sapataria Única.
Atendimento sempre perfeito, saímos dalí para vir embora, novamente, para a zona norte.
Mas foi preciso descer a Rua do Príncipe até a esquina da Abdon Batista e ir em frente até a ruazinha estreita outra vez, dobrar na Ministro Calógeras outra vez e chegar até a JK, em busca da zona norte.
Para ir na Sapataria Única a gente precisa rodar em volta de um pequeno trecho Abdon Batista, da ruinha estreita e da Ministro Calógeras?
Não entendi.
Nossa Rua do Príncipe tem duas quadras inteiras de mão única para a zona  norte, uma no início , perto do Banco do Brasil e a outra para além da Catedral.
Seu “miolo”, da Princesa Isabel à Abdon Batista, no entanto, aponta para a zona sul.
Não entendi.
Eu sei que querem dificultar trânsito na Rua do Príncipe?
Mas então por que não a fecham de uma vez e não fazem dela jardim?
Com a palavra os entendidos em trânsito.

INCOERÊNCIA




Na tarde de chuva mole e preguiçosa,  
de meia claridade e calmaria, 
de silêncio molhado e de luz morna, 
  eu estou só
  e não queria...

                E estar só
                na chuva mole e preguiçosa,
 faz-me de paz, de mansa coerência,
 faz-me entender desamor e, sem revolta,
 faz-me aceitar a tua ausência


  A tua ausência,
                na chuva mole e preguiçosa,
                na meia claridade  e calmaria,
dá-me uma paz tão fosca, tão vazia,
que eu não queria esta paz, 
eu te queria.
                                                                      (Mila Ramos)

domingo, 27 de janeiro de 2013




Assista, clicando no link abaixo, a exibição de um jovem virtuoso (David Garret) tocando a Dança Húngara (Czardas) de Vittorio Monti, em seu Stradivarius de 1718.
Além de escutar um bálsamo para a sua alma, você terá a certeza que a boa música sobreviverá, porque jovens, como também os da orquestra, a adotaram.



http://www.youtube.com/embed/Lxd-0G28FOA



Uma mensagem que faz bem a todos.
Um feliz domingo,
Mila


http://www.facebook.com/video/video.php?v=429645053763905

REENCARNAÇÃO



Se outra vida eu tiver,
hei de voltar poeta
outra vez.
              ...Mesmo num cão,
              latindo versos,
              lambendo rimas,
              farejando emoções
              e amando livre ali,
              em plena rua,
como se o mundo fosse um imenso canil!
- Se já não o é...

                                                  (Mila Ramos)

sábado, 26 de janeiro de 2013

A BANALIZAÇÃO DA BOÇALIDADE BRASILEIRA


A Banalização da Boçalidade Brasileira !
LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Luis Fernando Veríssimo
É cronista e escritor brasileiro
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB está na realidade em busca do IBOPE.


Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ do milhonário BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores vendo futilidades. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os pais e os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.
Esta crônica está sendo divulgada pela internet a milhões de e-mails.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

REVOLUÇÂO DOS BICHOS



Revolução dos bichos, por Anselmo Fábio de Moraes*

Com 18 anos, em janeiro, eu trabalhava no bar do Chico do Ernesto, meu pai, para ele dar uma descansada. Verão, chateado, os amigos na praia. A vantagem era escutar o professor Kavanagh, filósofo da vida, das leituras e conversas. Um dia, perguntei para ele: “Como podem políticos que se odiavam ontem estarem abraçados hoje?” Ele, pensativo, citou Miraci Deretti, também emérito professor desta nossa Joinville: “Para os políticos, anjos não têm cor partidária. Anjos têm asas. Podem ser vermelhos ou brancos. Se tiverem asas, são anjos!”.

Outro dia, meu amigo Mafrinha, crítico mordaz de políticos de pensamentos declarados que os mudam e se entrelaçam em complexas junções, difíceis de entender e aceitar, me dizia: “O único parâmetro que rege os nossos políticos é o da autossobrevivência! Já leste ‘A Revolução dos Bichos’, de George Orwell? Não? Então, leia!”. Li! Fala da insurreição dos bichos de uma granja. Major, o porco ancião, reúne os animais e conta seu sonho em tom profético: os bichos assumindo a granja e formando uma nova sociedade. Eficiente, plural, democrática e livre da tirania. Todos adotam a ideia e expulsam o proprietário, iniciando a reorganização. Os mandamentos do Major são escritos na parede: “Animal nenhum deve morar em casa; dormir em cama; usar roupa; beber álcool; fumar e tocar em dinheiro”.

Tempos depois, baseados na pluralidade de pensamentos, debates e escolhas, os líderes passam a usufruir dos confortos, a divergir dos mandamentos e estes vão sendo alterados. Quem reclama é convencido de que se equivocou na interpretação e os que conseguem ler e enxergar, covardemente, se omitem. Ao final, um só mandamento: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. A revolução dos bichos vive a se repetir. Novos personagens assumem o protagonismo, mas o enredo continua o mesmo.

Hoje, entendo o mestre Kavanagh. Junções criativas não se prendem a pensamentos históricos, mas, sim, a quem “hoje” tem asas, independentemente do seu passado. Diria Sarmiento sobre o Brasil que vivemos: “¡Cualquier similitud con la revolución de los bichos es una terrible coincidencia!”

*Mestre em engenharia civil 
Horacio Soter Corrêa
Analista Funcional

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

UM PREGÃO DO GIRASSOL MASCATE





Hoje, o camelô da Rua do Mercado
contou-me um fato estranho, inusitado:
-Verdade, eu vi, com esses olhos aqui!

O canavial ali da ponte encheu-se,
nessa noite,de grandes cacaueiros.
 

 


E agora de manhã - afirmava o mascate -
a gurizada colheu
caixas e caixas de bombons de chocolate!

-Verdade, eu vi!

                                                                      Mila Ramos
( imagens colhidas no Google)

CAMINHADA



Deus fez meus pés
apontando a direção da caminhada.
 

Mas isso não me impede de voltar atrás,
de tentar o retorno
e refazer,
melhor e mais seguro,
qualquer dos meus caminhos  já pisados.

 (Mila Ramos)



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

FOME ZERO



Só se...                                                       Mila Ramos

... é a fome  da  Presidente do Brasil.
Da nossa, não!

A nossa é dor de fome, 
aperto na garganta da mãe

                - panela no fogão
                  a ferver sem feijão-
 


velhos morrendo de 
castigo e fome
nos abrigos,

crianças famintas na periferia
das cidades ditas grandes,
onde também ronda a fome
nas classes ditas médias .

É magreza de fome mesmo, 
de dieta no bolso,
acrobacia de contas a pagar...

Fome Zero, não!
É Bolso Zero, Presidente!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

BR-376 , EM FLORES


Aqui começa o espetáculo

Viajar pela  BR 376 no trecho entre Joinville e Curitiba,  nem sempre é um horror. 
Há coisa lindas a se admirar!
Nesta época em que os jacatirões     e as quaresmeiras  estão em temporada de espetáculo, adquira seu ingresso e vá, sem medo de ser feliz, para a BR 376. 
Pare nos bons comerciantes da estrada, saboreie um suco de milho verde (delícia experimentada com surpresa) e admire as cascatas e os peixes de mil cores que se divertem ali, nos tons de todos os carnavais.  E fotografe muito.
Eu e minha filha Raquel fotografamos até minha Sony morrer de inanição.

Nesta época, a Serra do Mar está repleta de flores azuis, roxas, rosas, brancas (aqui é uma contribuição da espinheira branca, nome que não está confirmado por meu especial amigo Jordi Castan, mas que minha avó chamava assim e fazia chá de suas flores para todos os males.
Nossa viagem foi mesclada de sol e chuva grossa, o que nos ofereceu uma variedade de luzes, as quais com boa vontade, você pode perceber nas nossas fotos.
Mila Ramos
21.01.2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

BEM-ME-QUER



 Me fazes bem
 e eu te faço bem.
Que bem é esse
que te faço
 e que me fazes,
 um bem que espalha o riso,
 há tempos indeciso,
 aqui dentro de mim?!

Um bem assim
que me incensa a alma,
 abana o meu suor
e incha meu ego .

Um bem que bem me diz
 do bem que faço a ti,
 um bem que infesta
 o corpo meu
 de ventos e de luas,
 um bem que bem-me-quer
 bem te quer
 bem te quer bem
 bem te quer bem....

sábado, 19 de janeiro de 2013

BOM-DIA, VIDA





-Bom dia, Vida!
Tão bom amanhecer de mãos dadas com você e sair caminhando para um novo dia...

Tão bom sentir a pulsação infinita do divino milagre do viver, em um novo encontro com você...

Ah! Vida!
Perdoa-me quando mal-agradecida e insatisfeita diante do tesouro que me ofereces a cada segundo do viver, ainda tenho triste a face e endurecido o coração...

- Quem sou eu para xingar meu irmão se bem pior é não tê-lo?

- Quem sou eu para reclamar do meu trabalho, se infeliz é aquele que não pode trabalhar?

-Ah! Vida, bom-dia!
Eu lhe agradeço a claridade que Deus me envia através de você, Vida, nesta nova manhã , e que me permite dizer feliz: EU  VIVO!

Mila Ramos