segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CARA FEIA PARA MIM É FOME




Não sei o que é mais difícil: atender ou ser atendido.

Buscar um atendimento é uma prova de fogo, não sei se para quem quer ser atendido ou para quem atende.

Um consultório médico, uma clínica, um exame médico para a carteira de motorista, uma entrevista para esclarecimento de dúvida sobre imposto, carteira de trabalho, e todos os outros setores da nossa complicada vida de cidadão(ã), parecem o fim do mundo, tanta é a contrariedade e o sofrimento estampado na face das pessoas.

Eu só ainda não entendi bem se para nós, usuários desses serviços ou se para os atendentes dos mesmos.

Não é brincadeira não.

Será que somos mal atendidos mesmo ou estamos de mau humor?

 Ou estamos doentes e por isso nossa paciência está por um fio? Já estamos esperando há tanto tempo que a fome nos devora? Por que estamos tão contrariados? Por que esperar é tão cansativo?

Ou são os(as) atendentes que estão enfastiados, mal pagos, ou até mesmo com dor de dente, gripados? Quem sabe as moças estão na TPM? Algum motivo pessoal as deixa incapazes de um sorriso diante das pessoas que dependem do atendimento cortês delas ou deles?

Sei lá! Só sei que algo está errado.

Não é um convívio fácil, o nosso.

 
Os idosos, mais necessitados de seus médicos e de exames regulares, mais lentos  em seus movimentos e seu raciocínio, mais sensíveis e carentes, pedem misericórdia e um sorriso de atenção, ajuda para descer de um aparelho de exames, para vestir uma roupa tirada num exame mais exigente e não podem ser tão rápidos quanto a atendente gostaria, para adiantar seu trabalho.

 
Os atendentes fazem curativos em feridas abertas, aplicam injeções e veias mais ou menos difíceis, pesam obesos e medem pressão alta de clientes descuidados de sal, ouvem gemidos de dor ou de medo. As atendentes dos consultórios odontológicos, ainda vêem o sangue escorrer do dente preso no boticão do dentista, Deus do Céu!

Mas, estão com saúde e recebem salário para isso. Pouco? Reclamem para o patrão ou para o sindicato. Fazer cara feia para quem vem buscar respostas, não faz sentido.

 
E quem precisa do atendimento, que tal uma bala ou um sonho de valsa para a atendente, com um sorriso de bom dia? Mais paciência, um bom livro, uma revista de palavras cruzadas, melhor ainda, um bom papo com a parceira ao lado sobre  uma receita nova para o macarrão ou o churraco do domingo.

 
Alguém precisa  melhorar o humor : atendente ou atendido?

Ou ambos?

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