A eleição está chegando para o Planalto, sem dúvida alguma!
O cabelo
da Presidente está mais arrumado, ela sorri mais – acho até que visitou algum especialista em sorriso, porque aquele incisivo
torto entrou na linha. Ainda não chegou a vez da reforma do guarda-roupa, que
continua baseado nos figurinos antigos da Burda,
mas ela chega lá. Dinheiro é que não falta. Falta bom gosto.
A gente
logo nota quando a eleição está em pauta no PT. Falta muito tempo, dois anos
mais ou menos, mas isso é pingo para começarem os “argumentos” do Governo, no
sentido de mostrar a nova classe média, essa que o poder diz ter tirado da linha da
pobreza. Eu prefiro dizer que a classe C aumentou. Pelo menos em mais uma,
porque eu estou nela.
Foi-se o
tempo em que eu podia viajar no final do ano, dar bons presentes para meus
netos, usar uma roupa comprada feita, como é uso dizer na classe dita C.
Acabou. Acabou mesmo.
Sou
aposentada, mas meu salário, não sei por que, já não dá para fazer o que eu
fazia. Não chega, como diz a dona de casa quando quer dizer que o dinheiro não
basta para a lista do supermercado. No meu caso, os remédios também entraram na
minha lista/base com direitos adquiridos para sempre.
Eu pretendo
consultar um sociólogo para saber, de vez, o que separa uma classe da outra,
que características têm cada uma. Mas preciso de um sociólogo que não trabalhe
para o Governo Dilma/Lula. O conceito de classe média para eles não bate com o
que eu conhecia. São pessoas muito simples no viver, fazem tudo em casa, muitas não sabem ler, e outras diferenças mais que não vamos levantar
agora, até porque eu sempre respeitei muito as pessoas mais simples e tenho
muitas amigas e comadres entre elas. Agora, mais amigas que antes, porque são
minhas companheiras de classe C.
Até
aqui, não vi nenhum milagre de ascensão.
Vejo é muita gente reclamando da “carestia” e muitas
outras, endividadas. Pior, muito pior.
E não é
porque sou do sul do Brasil, a chamada região bem-aventurada, porque aqui há
muita gente pobre também. E não vi ninguém melhorando de vida, muito pelo
contrário, vejo muita gente reclamando como eu.
E como
vem a Presidente do meu País gargantear no dia da Mulher, pregando um bem-estar
que eu não vejo, que não sinto, e onde não ouço ninguém dizer que a vida
melhorou?
Melhorou
pra quem, minha Senhora?
Mila Ramos em 09/03/2013
(ilustração colhida no Google)
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