sábado, 9 de março de 2013

A PRESIDENTE BAIXA A CESTA


A eleição está chegando para o Planalto, sem dúvida alguma!

O cabelo da Presidente está mais arrumado, ela sorri mais – acho até que visitou algum  especialista em sorriso, porque aquele incisivo torto entrou na linha. Ainda não chegou a vez da reforma do guarda-roupa, que continua baseado nos figurinos antigos da Burda, mas ela chega lá. Dinheiro é que não falta. Falta bom gosto.

A gente logo nota quando a eleição está em pauta no PT. Falta muito tempo, dois anos mais ou menos, mas isso é pingo para começarem os “argumentos” do Governo, no sentido de mostrar a nova classe média, essa que o poder diz ter tirado da linha da pobreza. Eu prefiro dizer que a classe C aumentou. Pelo menos em mais uma, porque eu estou nela.

Foi-se o tempo em que eu podia viajar no final do ano, dar bons presentes para meus netos, usar uma roupa comprada feita, como é uso dizer na classe dita C. Acabou. Acabou mesmo.

Sou aposentada, mas meu salário, não sei por que, já não dá para fazer o que eu fazia. Não chega, como diz a dona de casa quando quer dizer que o dinheiro não basta para a lista do supermercado. No meu caso, os remédios também entraram na minha lista/base com direitos adquiridos para sempre.

Eu pretendo consultar um sociólogo para saber, de vez, o que separa uma classe da outra, que características têm cada uma. Mas preciso de um sociólogo que não trabalhe para o Governo Dilma/Lula. O conceito de classe média para eles não bate com o que eu conhecia. São pessoas muito simples no viver, fazem tudo em casa, muitas não sabem ler, e outras diferenças mais que não vamos levantar agora, até porque eu sempre respeitei muito as pessoas mais simples e tenho muitas amigas e comadres entre elas. Agora, mais amigas que antes, porque são minhas companheiras de classe C.

Até aqui, não vi nenhum milagre de ascensão.

Vejo é  muita gente reclamando da “carestia” e muitas outras, endividadas. Pior, muito pior.

E não é porque sou do sul do Brasil, a chamada região bem-aventurada, porque aqui há muita gente pobre também. E não vi ninguém melhorando de vida, muito pelo contrário, vejo muita gente reclamando como eu.

E como vem a Presidente do meu País  gargantear  no dia da Mulher, pregando um bem-estar que eu não vejo, que não sinto, e onde não ouço ninguém dizer que a vida melhorou?

Melhorou pra quem, minha Senhora?
 
Mila Ramos em 09/03/2013
                                                             (ilustração colhida no Google)

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