sexta-feira, 15 de março de 2013

OS PÁRIAS DA PÁTRIA




                  

 Acho que tem gente demais mandando no Brasil. Ou ninguém.

Tem gente que pode fazer o que quer, viver em férias, num acampamento nas melhores e mais cuidadas fazendas do nosso interior, não pagar imposto nem aluguel e ainda se dar ao luxo de derrubar árvores, destruir tudo, roubar e fingir docemente que só queria plantar feijão...

Aliás, essa gente sempre diz que planta para as famílias poderem se alimentar. Coisa nenhuma, ninguém colhe nada e, como saco vazio não fica em pé, o Governo dá alimento. Vivem muito bem, e a vida deles é um eterno feriado. Só sendo do Governo para levar um vidão desses a sério.

Eu só queria que eles não fossem vândalos, apátridas, vadios.

Eu até poderia sustentá-los com os impostos absurdos que pago todos os dias para que o Governo – seja ele quem for - sustente, inexplicavelmente, esses delinquentes.

Mas queria que eles se comportassem bem, sem causar as cenas degradantes e de horror que veem praticando para que todos os brasileiros assistam na TV, a destruição do nosso progresso, seja ele na agricultura, na ciência , no patrimônio público.

Eu só queria que eles não fossem os párias da sociedade brasileira.

 
Mas são.

E sendo, a Justiça alega que não pode puni-los porque não têem identidade jurídica.

Na verdade, o que está evidente é que  os politicamente corretos - que são muitos no Ministério Público e no Judiciário – não encontram, nas leis brasileiras,  uma forma de acabar com o abuso que nos massacra. E os governos, particularmente o federal, também.

Medo de diferentes origens: o Governo de Lula teve medo de perder os votos dos sem terras – já que eles não têm identidade jurídica, não vamos gastar letra maiúscula com eles – e preferiu, o ex Presidente, que destruíssem o bem de quem trabalha e produz, ao custo da covardia.

A Presidente de hoje não faz nada para minorar os atentados que sofrem as invasões e a destruição do bem individual de brasileiros, e eles, os sem terra, continuam por aí, destruindo laboratórios,  invadindo fazendas cuidadas e produtivas, assentando-se na beira das rodovias, mostrando filhos pequenos barrigudos para inspirar as benesses do Governo, quando não estão destruindo salas e repartições públicas que o nosso dinheiro bancou.

 

O Ministério Público – pequena  parte dele tem medo de ser desrespeitado pelo poder ou de ser mais um maldito. O Judiciário depende do Ministério Público para citá-los e dá graças a Deus quando a praga não chega até lá.

 Enfim, uma corrente desajustada de mediocridades que favorece desordeiros de um bando sórdido.

Não são brasileiros, com certeza! São imbecis que agem  para fortalecer crápulas daqui e de fora, pagos para perverter os ideais democráticos.

 

Indignação é o nome do que sinto.

 

Às vésperas de pagar o Imposto do Leão que leva quase 30% do que recebe uma idosa aos 80 anos que, por não ter mais dependentes,  fica à mercê das as exigências que a cabeça bem dotada da Receita Federal  pode criar,  e  levar o meu muito trabalhado salário de professora aposentada e pensionista de um trabalhador e ex combatente.

Enquanto isso, devo ainda dar a cesta básica para os militantes sem terra não fazerem nada a vida toda.

 

Se Lula esquecesse, por instantes, a glória efêmera do pranto convulso pela conquista olímpica de anos atrás, e sua seguidora mais respeitasse o voto que a elegeu Presidente de um Brasil adolescente, sem saúde, de mendigos nas ruas e de crianças sem escola, talvez enfrentasse o bando de párias da sociedade brasileira.

Mas qual?

..................................................Mila Ramos

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