domingo, 26 de maio de 2013

A RECEITA FEDERAL FAZ_ME RIR


                                                                  Mila Ramos

A Receita Federal faz-me rir!

Quando não choro pelos absurdos de suas exigências, rio mesmo.

Senão, vejamos:

Posso usar o que paguei para médicos,  mas não o que paguei pelos remédios.
E, se não comprar os remédios, morro.

Posso pagar a consulta do oftalmologista, mas  não posso descontar o que gasto para fazer os óculos.

Se não fizer os óculos, não enxergo.

Se sofro de apneia, vou ao médico, pago a consulta e os exames e guardo a nota para o IR. Aí pode!

Aí, a gente sabe que tem a doença. Mas se não usar o aparelho ( o PAC, não o da Dilma, claro) até para fazer uma sesta, morre também.

 Mas a nota fiscal do PAC não pode descontar no IR. Morra, portanto!

A gente não ouve, quase. Vai ao Otorrinolaringologista! Guarda a nota fiscal para o IR. Mas se não tiver como comprar o aparelho auditivo, continua surdo, porque o IR não permite o desconto da nota, valor do aparelho auditivo, continua surdo!

Afinal, para o Governo, o que é saúde?

É correr de médico em médico só para ter certeza de que está doente? Isto ninguém precisa dizer, nós sabemos.

Saúde é viver bem. Não basta saber que nosso mal foi diagnosticado.  Precisamos dos remédios,dos óculos, do aparelho para ouvir, ter saúde, compartilhar das conversas da família, ouvir a TV sem que os demais se sintam agredidos.

Mas o desconto do IR, não mesmo .

Mas que dói, dói!

Pagar  ao governo quase 30% do que se ganha, fora todos os impostos embutidos em todos os tostões que gastamos nas lojas, no supermercado, na quitanda, na farmácia, na gasolina e no custo do carro e suas taxas, dói! Dói muito!

É a doença mais grave da qual o povo brasileiro sofre.

O INSS dá estes aparelhos para quem precisa? Dá.  Depois de alguns meses, anos até, de filas e protocolos. Então por que não aceitar que o brasileiro que pode prover suas necessidades básicas de saúde, tenha o direito de usar seu próprio dinheiro e ser descontado do IR, dentro de uma  quantia a ser taxada pelo INSS, de acordo com o custo real do que o Governo paga  no mercado?

Conta difícil de fazer: mais fácil é cobrar do brasileiro doente, o preço alto do custo de remédios e aparelhos não ortopédicos, porém essenciais à sua vida.
Rir é quase o melhor remédio!

 

3 comentários:

  1. Muita coisa ainda para ser consertada.
    Parabéns.

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  2. Tudo errado a partir da Saúde Pública. Quem tem um problema de saúde ou uma dor, nao pode ficar aguardando dias, semanas ou meses para ser atendido pelo especialista e mais dias, semanas ou meses para obter remédios, aparelhos ou sessoes de rehabilitacao para seu problema. A saúde pública seguindo nesse passo, justifica a importacao dos médicos cubanos, que irao atender ao paciente quase que imediatamente, porém sem dar uma solucao para os respectivos infortúnios, seja, apenas irao dizer o que o paciente de antemao já sabia: - O Sr. está doente...
    Quanto à Receita Federal...é ainda pior e merece mais uma rodada...

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