Mila Ramos
A Receita Federal faz-me rir!
Quando não choro pelos absurdos de suas exigências, rio
mesmo.
Senão, vejamos:
Posso usar o que paguei para médicos, mas não o que paguei pelos remédios.
E, se não comprar os remédios, morro.
E, se não comprar os remédios, morro.
Posso pagar a consulta do oftalmologista, mas não posso descontar o que gasto para fazer os
óculos.
Se não fizer os óculos, não enxergo.
Se sofro de apneia, vou ao médico, pago a consulta e os
exames e guardo a nota para o IR. Aí pode!
Aí, a gente sabe que tem a doença. Mas se não usar o
aparelho ( o PAC, não o da Dilma, claro) até para fazer uma sesta, morre
também.
Mas a nota fiscal do
PAC não pode descontar no IR. Morra, portanto!
A gente não ouve, quase. Vai ao Otorrinolaringologista!
Guarda a nota fiscal para o IR. Mas se não tiver como comprar o aparelho
auditivo, continua surdo, porque o IR não permite o desconto da nota, valor do
aparelho auditivo, continua surdo!
Afinal, para o Governo, o que é saúde?
É correr de médico em médico só para ter certeza de que está
doente? Isto ninguém precisa dizer, nós sabemos.
Saúde é viver bem. Não basta saber que nosso mal foi
diagnosticado. Precisamos dos remédios,dos óculos, do aparelho
para ouvir, ter saúde, compartilhar das conversas da família, ouvir a TV sem
que os demais se sintam agredidos.
Mas o desconto do IR, não mesmo .
Mas que dói, dói!
Pagar ao governo
quase 30% do que se ganha, fora todos os impostos embutidos em todos os tostões
que gastamos nas lojas, no supermercado, na quitanda, na farmácia, na gasolina
e no custo do carro e suas taxas, dói! Dói muito!
É a doença mais grave da qual o povo brasileiro sofre.
O INSS dá estes aparelhos para quem precisa? Dá. Depois de alguns meses, anos até, de filas e
protocolos. Então por que não aceitar que o brasileiro que pode prover suas
necessidades básicas de saúde, tenha o direito de usar seu próprio dinheiro e
ser descontado do IR, dentro de uma
quantia a ser taxada pelo INSS, de acordo com o custo real do que o
Governo paga no mercado?
Conta difícil de fazer: mais fácil é cobrar do brasileiro
doente, o preço alto do custo de remédios e aparelhos não ortopédicos, porém
essenciais à sua vida.
Rir é quase o melhor remédio!
Muita coisa ainda para ser consertada.
ResponderExcluirParabéns.
Excelente matéria. Adorei.
ResponderExcluirTudo errado a partir da Saúde Pública. Quem tem um problema de saúde ou uma dor, nao pode ficar aguardando dias, semanas ou meses para ser atendido pelo especialista e mais dias, semanas ou meses para obter remédios, aparelhos ou sessoes de rehabilitacao para seu problema. A saúde pública seguindo nesse passo, justifica a importacao dos médicos cubanos, que irao atender ao paciente quase que imediatamente, porém sem dar uma solucao para os respectivos infortúnios, seja, apenas irao dizer o que o paciente de antemao já sabia: - O Sr. está doente...
ResponderExcluirQuanto à Receita Federal...é ainda pior e merece mais uma rodada...