quinta-feira, 27 de junho de 2013

CANTO DE AMOR

 
Havia no ar, um cheiro de terra molhada,
havia limo,
estrume
 feito de folhas caídas
 _ e depois apodrecidas_
tingindo de negro,  o chão.
          Um caracol enrolado em mil folhas
                                            
           - labirinto de si mesmo-
           tão faminto,
           seguia o cheiro no ar:
           um manacá, um tronco, uma flor.
E o caracol plantou a casa
na sombra do perfume.
_ Envergonhado de si, morria de ciúmes
da cor dos colibris...
           Um dia, a flor caiu, caidinha de amor,
em cima do caracol para o ato de  amar...
E a flor e o caracol rolaram juntos,
enrolados,
misturados, até a metamorfose final
que faz, das sobras do mundo,
          o limo,
           o estrume,
           a seiva,
           a vida outra vez...
Havia no ar um cheiro de terra molhada,

Havia limo, estrume...
Imagens colhidas no Google
 

          


quarta-feira, 26 de junho de 2013

...E AGORA, DILMA?


                                                                                     







                                                                          Mila Ramos

 Dilma foi presa pela revolução de 64, acusada de  crime contra a segurança  nacional. Muitos outros, também. Queriam que o país mudasse seus rumos.

Os militares tomaram o poder, prenderam os arruaceiros, mas ficaram tempo demais no governo, ao invés de anunciar uma nova eleição.  O resto todo mundo sabe.

Morreu gente de um lado e de outro.

Aí, Diretas já. A eleição de Tancredo Neves. Fora Collor.

E começava uma  era Sarney, coisa que até agora não acabou. Dilma livrou-se da prisão, com Sarney a estibordo,  e aí estamos numa nova crise de governabilidade.

O que nossa gente está fazendo, jovens e adultos  sufocados pela corrupção dos políticos, pelo desgoverno de Dilma  apoiada por um Congresso desonesto e congestionado de imoralidade, é  o que muitos doutores da lei,  outros sábios do povo e a previsão de quase todos os orixás do meu país  estavam asseverando: o povo respira e faz barulho, a seu modo.

É assim que o povo fala: reúne multidões, grita na rua, impede o trânsito, enfrenta a polícia. Alguns mais ousados  arrombam portas de órgãos públicos, de lojas, ateiam fogo em pneus para fechar rodovias,  e roubam.

 Nada muito diferente do que faziam os companheiros de Dilma e ela própria, numa época em que não conseguiam reunir contra a nação mais do que meia  dúzia  dos Colina  e Var Palmares, que invadiam residências para roubar jóias, fazer dólares para  comprar armas e munições.  Nossa presidente fez mais que tudo isso,  em busca do poder que agora tem.

E agora, Dilma?
O Poder é você!
   ***************************************************
(imagem colhida no Google)

domingo, 23 de junho de 2013

RUA DA LIQUIDAÇÃO



Se a noite é fria ou quente,

não faz mal!

A rua da liquidação liquida gente...
 

A noite á a vitrine, a calçada, o balcão –

onde o amor sem amor

fecha o caixa do dia !

Um amor sem depois

bem no gênero oferta:

pague um, leve dois!

               É a rua da liquidação,

               é gente a preço baixo

                liquidando o amor!

 
 
É o amor liquidando gente a preço baixo,

é o preço baixo liquidando o amor da gente

na rua da liquidação

na  noite  fria ou quente...
Mila Ramos


 ( FOTOS COLHIDAS NO GOOGLE)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

CHUVARADA

Uma chuva fininha, impertinente,
uma chuva que dói dentro da gente,
que me cutuca,
que me funde a cuca...







O sol sol, dentro de mim,
é meu desejo,
é minha ânsia,
por você do outro lado da distância.




Que chova, pelo menos, chuvarada,
aguaceiro, chuva que lave.
chuva grossa ou nada!

Chuva fininha, não!
Se o sol não vem
fazer minha alvorada,
então eu quero
chuvarada,
aguaceiro,
chuva que lave,
chuva grossa ou nada.
           Mila Ramos
    

"VÂNDALOS SÃO ELES"



Mais um artigo para reflexão sobre as manifestações e aumento de passagens. A movimentação das massas e seu surgimento abrupto neste momento está muito espontânea para ser espontânea. A pergunta que deve ser feita é esta: A QUEM INTERESSA O CRIME? ou então TO WHOM THE CRIME MAY CONCERN, já que a manifestação se internacionalizou.
ROberto Harrop


Leia e depois me diga se você é contra ou a favor dos vândalos das passeatas.
Não conheço o autor: é válido ou não? Adianta uma passeata sem encrenca?
Leiam o artigo, vale à pena.
Mila Ramos

 

Se dependesse das autoridades, protesto seria sempre ordeiro. Uma turminha bem comportada, carregando cartazes bem-feitinhos, dando voltas sem fim em algum lugar que não atrapalhe o trânsito ― num Sambódromo, ou quem sabe em um autódromo. Para participar, seria preciso se inscrever, apresentar RG, CPF, serviço militar quitado, Imposto de Renda, atestado de bom comportamento, e não ter antecedentes criminais. Vamos ser bem claros: protesto pacífico não serve pra muita coisa. A polícia não bate. A imprensa não dá espaço. Os governantes não dão bola. Protesto não é pra ser pacífico. Protesto é pra incomodar. Protesto é para questionar a ordem. Nada questiona tão bem quanto um soco, um incêndio, uma pedrada na vidraça.

Em protestos como vêm acontecendo no Brasil, uma minoria bem ínfima é que está quebrando, e agora saqueando. É essa minoria que ocupa muito espaço na cobertura televisiva. Por uma ótima razão: rende boa TV. Televisão é imagem, e imagem de gente brigando, correndo, botando fogo e enfrentando a polícia é mais emocionante que imagem de gente caminhando calmamente (por isso é que tem tanto seriado policial, e nenhum sobre gente que gosta de caminhar). E essa minoria aumenta muito o poder de fogo do conjunto dos manifestantes ― queiram os pacifistas do movimento ou não.

Vamos separar, por um minuto, as depredações dos saques. Vimos grupos, e não tão ínfimos assim, que se dedicaram a apedrejar, pichar, quebrar as frentes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura em São Paulo, e outros prédios públicos. São alvos absolutamente legítimos. A massa dos manifestantes, e praticamente todo mundo que acompanha o movimento, identifica governadores, prefeitos e a classe política como parte do problema, não da solução. São, nesse sentido, o inimigo. Estão sempre protegidos pela polícia, porque sabem que são alvos, e que merecem ser alvos. No limite, o governo sai matando de um lado, e os revoltosos saem matando do outro ― vide Síria.

Vamos seguir o mesmo raciocínio. Vimos outros alvos ontem, não-públicos. Quebraram agências de bancos. Os bancos são amigos ou inimigos da população? Quebraram McDonald's. De que lado você colocaria a rede de fast-food? Não deixaram Caco Barcellos trabalhar, botaram fogo em uma carro da reportagem da TV Record. De que lado você põe a mídia, a seu lado ou contra você? A decisão é de cada um, e de cada um que está nos protestos. Uns são muito radicais, outros muito moderados. Quem decidir ir pro pau, vai sabendo que pode levar porrada e talvez, ir para a cadeia.

Nos últimos dias, ficou mais complicado decidir a quem você se opõe. Agora toda a imprensa está simpática (se bem que cobrindo muitíssimo mal, em geral), a PM está bem contida, os políticos aplaudem, tá todo mundo vendo "beleza" nos protestos, como disse o governador do Rio. Da boca pra fora, claro ― ninguém se mexeu um milímetro para atender as reivindicações dos manifestantes, pelo menos nas grandes cidades. Mas o bloco do "a favor" está crescendo, inchando até. Virou obrigação aplaudir. Todos os famosos apóiam, e se os famosos apóiam deve ser boa coisa, né?

Mas todo esse a favor para quando começa o pau. Todos aplaudem os protestos, e todos são unânimes em satanizar os baderneiros, os infiltrados, os vândalos. E mais ainda os que roubam. Saquear lojas atravessa uma fronteira muito importante. Na linha acima, é fácil entender porque alguns manifestantes muito radicalizados veem esses grandes magazines como templos do consumo, símbolos do capitalismo, e portanto alvos válidos. Mas na hora que você sai correndo com uma TV, um celular ou um microondas, que vai levar pra sua casa e usufruir, passa a ser visto como um ladrão comum.

Em um contexto de desobediência civil, é estratégia sólida dar um chega-pra-lá nas regras cotidianas do consumo, e dar uma banana para a lei. Na época da ditadura militar, guerrilheiros roubavam bancos e ricaços e, com o dinheiro, financiavam ações contra o regime. Não era roubo, era "expropriação", diziam. A presidente da república, Dilma Rousseff, colaborou em ações do gênero. Vi um senador na televisão dizendo que manifestações violentas são incompatíveis com o regime democrático. Os militares também garantiam que vivíamos em uma democracia nos anos 70. Democracia não é o que senador diz, é o que o povo sente.

(...)O Brasil não vive um cenário de transformação radical. Mas nosso País é muito violento, o tempo todo, e particularmente com os mais pobres. Violência do crime, e violência do Estado, que nos leva o dinheiro e nos dá tão pouco em troca. Não se trata de defender quem depreda e saqueia. Se trata de ter consciência de que nossa paz é diariamente quebrada, que muitas empresas depredam o País cotidianamente, e que o poder público não nos protege. Donde que é ser muito ingênuo achar que todo protesto vai ser sempre pacífico e polido. É fácil pra classe média alta boazinha, que vive em condomínio, paga seguro saúde e escola, põe insulfilm no carro e depende muito menos do Estado, cobrar que todo mundo se comporte...

É preciso, também, descobrir outras maneiras de protestar. Não podemos ficar entre o quebra-quebra e esses passeios sem fim pela cidade, gritando palavras de ordem e "violência não". Desobediência civil ― e criativa ― é um dos melhores caminhos. Ainda mais se beneficiar diretamente a população que hoje não está nas ruas.

(...)Olha, eu sou o cara mais pacífico do mundo. Mas vamos botar a mão na consciência. O País atravessa uma turbulência que não tem precedentes na campanha pelo impeachment de Collor, ou pelas Diretas. É outro Brasil, outro mundo, são outros descontentamentos e anseios, são outros governantes e manifestantes. Quem protesta não enxerga hoje na tal sociedade civil quem o represente. Nem partidos, nem instituições. Os políticos que marcharam pelas diretas, e contra Collor, hoje estão no poder, e são amiguinhos dos herdeiros da ditadura, e do próprio Collor. É de se estranhar que tenha gente que quer quebrar tudo?

André Forastieri, em "Vândalos são eles"

quarta-feira, 19 de junho de 2013

LIVROS RAROS

 
Mila Ramos

Estou feliz porque tenho uma estante cheia de livros raros! Todos de ortografias vencidas pelo novo des-acordo ortográfico, o que faz deles o que sempre procurei em sebos e o que guardei desde os tempos do colégio.

Entre eles, os meus, editados há menos de vinte anos e outros que comprei no Natal. Todos muito importantes.

Um deles é uma gramática da FTD, dos anos 30, (alguém pediu para fazer uma pesquisa e não devolveu, alô alô!) onde dei os primeiros passos na combinação do predicado com o sujeito, ainda com Dona Ondina, em Tijucas.

Depois, no Ginásio, aqui em Joinville, a velha gramática ainda valeu até que Bechara brilhou com o predicado nominal e o verbal, os adjuntos circunstanciais passaram a se chamar adnominais, o predicativo, etc e tal.

Enquanto isso, a ortografia ia e vinha, os acentos subiam e desciam e a gente tentava escrever da melhor maneira possível.

Agora, outra revolução!



Mas tanto faz que os acentos tenham mudado, que o hífen tenha saído de alguma palavra e se mudado para outra, que o R e o S tenham dobrado aqui ou ali e que o trema tenha sido banido dos nossos escritos: meus livros continuarão raros e muito, muito especiais.

Meu livro de Cruz e Souza, presente de Dúnia de Freitas, foi editado em 43. Um Goffiné Brasileiro da 3ª edição, P. dr. Huberto Rohden, “illustrado” por H. Graf, Editora < VOZES> de Petrópolis, 1935.

Coleção da História da Civilização, de Will Durant, é de 46, meu Pequeno Príncipe, de S. Exupéry é de 63. Contos Minúsculos, de Borges de Garuva, xerocado e com autógrafo, de 87, meu Pé de Vento é de 85, meu Cem Anos de Solidão, GG Marquez, é da 34ª edição, 67.

MeuTesouros, muitos deles, são de edições que ultrapassaram reformas ortográficas e nem por isso deixei de lê-los e de guardá-los, assim como guardo, numa moldura, um guardanapo de papel desenhado com esferográfica e pincel atômico, um dos “linguarudos” do meu querido Shwanke.Uma relíquia!

Hei de preocupar-me com acentos por quê?

Quero mais é que todos leiam muitos livros de ontem, de hoje e de amanhã. E ainda é pouco, muito pouco!

Leiam todos os “velhos” livros da Biblioteca Pública, da biblioteca da escola, do vizinho, da minha, que está às ordens, estejam lá os acentos onde estiverem, porque nós continuaremos falando a língua de ontem, de hoje e de amanhã.

Minha língua portuguesa é a que aprendi até os oitenta anos. Não troco mais, não tenho mais tempo para isso!

Pior, muito pior é ser de uma geração que não leu nada, com ou sem acento.
( imagens colhidas no Google)
 ****************************************

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A REVOLUÇÃO SILENCIOSA

Um texto para ler e pensar, analisar e digerir .
Recebido por e-mail de Berenice Bombassei, Brasília.
Mila Ramos


                             Diego Casagrande (Jornalista - PORTO ALEGRE)
Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.
Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevês e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades.
Não espere tanques nas ruas.
Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha vermelha circulando nas cidades.
Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas décadas.
Não espere porque você não vai encontrar, ao menos por enquanto.
A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face historicamente conhecida. Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira. Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é que não possamos decolar.
Age na degradação dos princípios e do pensar das pessoas. Corrói a valorização do trabalho honesto, da pesquisa e da ordem.
Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não é democrática.
Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que direitos, não serve.
Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do Estado e de suas indenizações.
Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida econômica melhor, porque quem cresce na vida, quem começa a ter mais, deixa de ser "humano" e passa a ser um capitalista safado e explorador dos outros.
Ter é incompatível com o ser. Esse é o princípio que estamos presenciando.
Todos têm de acreditar nesses valores deturpados que só impedem a evolução das pessoas e, por consequência, o despertar de um país e de um povo que deveriam estar lá na frente.
Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas brasileiras farão das disciplinas de filosofia e sociologia, tornadas obrigatórias no ensino médio a partir do ano que vem.
A decisão é do ministério da Educação, onde não são poucos os adoradores do regime cubano mantidos com dinheiro público. Quando a norma entrar em vigor, será uma farra para aqueles que sonham com uma sociedade cada vez menos livre, mais estatizada e onde o moderno é circular com a camiseta de um idiota totalitário como Che Guevara.
A constatação que faço é simples.
Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio faz parte da revolução silenciosa - as crianças brasileiras já sofrem um bombardeio ideológico diário.
Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do atraso, que vê no coletivismo econômico a saída para todos os males. E pouco importa que este modelo não tenha produzido uma única nação onde suas práticas melhoraram a vida da maioria da população. Ao contrário, ele sempre descamba para o genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.
No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço sujo.
São elas as donas da lavagem cerebral da revolução silenciosa.
Há exceções, é claro, que se perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos.
Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que ocupo no rádio, tevê e internet, escolas caras de Porto Alegre recebendo freis betos e mantendo professores que ensinam às cabecinhas em formação que o bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um facínora que "tem" e é "dono" de algo, enquanto outros nada têm.
Como se houvesse relação de causa e efeito.
Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro "Geografia", obrigatório na 5ª série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro.
O Auxiliadora é uma escola tradicional na região, que fica em frente à praça central da cidade e onde muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma educação de qualidade.
Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de "alguns" e que assentamentos e pequenas propriedades familiares "são de todos".
Aprendem que "trabalhar livre, sem patrão" é "benefício de toda a comunidade". Aprendem que assentamentos são "uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes propriedades rurais".
E também aprendem a ler um enorme texto de... adivinhe quem? João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros.
O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo do que aos outros pertence. Ele relata como funciona o movimento e se embriaga em
palavras ao descrever que "meninos e meninas, a nova geração de assentados... formam filas na frente da escola, cantam o hino do Movimento dos Sem-Terra e assistem ao hasteamento da bandeira do MST".
Essa é A revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser respeitadas.
Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazifascista.
Tristes são as consequências.
Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio.
Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados, mas sentem-se assim.
A revolução silenciosa avança e o guarda de quarteirão é o medo do que possam pensar deles.
O antídoto para A revolução silenciosa? Botar a boca no trombone, alertar, denunciar, fazer pensar, incomodar os agentes da "Stazi" silenciosa.
Não há silêncio que resista ao barulho!
 ___________________________________________________________________

domingo, 16 de junho de 2013

E SE FOSSE NA DITADURA MILITAR








E SE FOSSE NA DITADURA MILITAR?
Aileda de Mattos Oliveira*

Se o peculato de Lula, por se apossar dos bens pertencentes ao Estado Brasileiro, acondicioná-los em onze caminhões, entre eles o que carregava a adega do Palácio Alvorada, espetacular carreata comprobatória da ausência de pudor por constituir norma de sua conduta tomar como próprio o patrimônio ao alcance da mão rapinante; se, repetimos, este fato ocorresse na tão difamada "ditadura" militar, o autor da espoliação seria levado à execração pública, promovida pelo peculatário de hoje, autodidata em técnicas de enriquecimento ilícito.

Se no jogo de interesses, com fins rentáveis de grandes proporções o "mensalão" ocorresse no tempo da fria "ditadura", os sindicatos, arrebanhados pelo mais emérito professor em estelionato político, iriam pregar a baderna na Cinelândia, centro nervoso da esquerda carioca, para a conclamação ao caos total. Os caras-pálidas pintadas, à frente das câmeras DAQUELE canal, iriam mostrar como os 'estudantes' reagiriam aos "golpistas" de direita.

Se os cavilosos negócios em terras estrangeiras do finório trapaceiro-mor com empresas que parece terem adquirido vínculo de vitaliciedade no governo, e tornar-se assíduo passageiro dos seus jatinhos; se um órgão do Estado permite dirigente estrangeiro em terras amazônicas, sem convite oficial, como se já fossem possessões suas; se o mesmo órgão, à revelia dos superiores, alia-se ao CIMI para novas demarcações de terras indígenas, o que a imprensa assalariada não iria dizer, se esses fatos, o de denegrir a imagem do país no exterior em troca de depósitos em sei lá que paraíso fiscal e o de desobediência civil de uma instituição criada para proteção dos 'oprimidos' índios e defender as terras brasileiras, ocorressem nos tempos negros da "ditadura" militar?

Certamente, diriam que os milicos, falantes defensores da pátria, alimentavam a sua 'caixinha' com os burgueses da elite empresarial e abriam às nações amigas e às falsas missões religiosas as terras soberanas do país, entregando nossas riquezas ao vil "governo mundial".

Se a arrogância do chefe da quadrilha, ao exigir substituições radicais na Suprema Corte para se livrar da pífia punição a que foi submetido, tentando sobrepor-se a ela, e se essa afronta fosse um ato de algum membro da indigna "ditadura" militar, esse infeliz saído da caserna não escaparia à virulenta malhação pública, verbal e física, em nome da ética esquerdista, da moral socialista, das virtudes comunistas, todos santos valores da comunidade vermelha.

Se o dinheiro da Nação, perdulariamente gasto pela viajante presidente, em viagens oficiais, fosse usufruído por algum presidente dos anos de treva e de chumbo da "ditadura" da disciplina e da ordem, seria tachado de "pé de poeira", insaciável esbanjador do dinheiro público.

Se a falta de caráter do presidente; se a promiscuidade que instituiu no poder, levando como bagagem de mão a sua musa predileta, fosse norma do presidente da cruel "ditadura" militar que, em visitas oficiais, ajeitasse alguma Rose em aviões da FAB, ficaria desmoralizado dentro e fora dos quartéis.

Se das oito mil casas prometidas no farsesco programa de assistencialismo eleitoreiro da desastrada senhora não foi construída sequer uma choupana, sem que se saiba aonde foi parar a verba destinada a tão grandiosa obra popular de engenharia; se o presidente da sombria "ditadura" militar que, num estado de estupidez, fizesse a mesma promessa em voz marcial, seria contemplado com uma bela manchete de: LADRÃO!

Se a transposição do rio São Francisco, burlesco ato político, acabou em terra arrasada, levando pelo ralo os custosos reais do contribuinte; se a transformação do cenário num deserto franciscano ocorresse durante a infame "ditadura" militar, o que diriam do presidente quanto ao rombo nos cofres da Nação? Que o brutamontes era um demagogo prevaricador.

Mas... como a vil "ditadura" militar somente trouxe desenvolvimento ao país, inclusive na área da Educação, instituindo Mestrado e Doutorado, do qual título a senhora presidente quis surrupiá-lo para diminuir o mal-estar que lhe causa o seu vergonhoso currículo de atiradora de elite;

Mas... como a torturante "ditadura" militar ofereceu aos trabalhadores benefícios que o partido dos desocupados nunca "antes na história deste país" pensou em criar, como o PIS, o PASEP, o Fundo de Garantia, o FUNRURAL, entre outras benfeitorias, transformando a vida da classe trabalhadora, hoje, refém dos aliciadores petistas pela crença na igualdade socialista;

Mas... como na época da sinistra "ditadura" os presidentes militares, truculentamente, permitiram que as pessoas de bem pudessem transitar pela cidade, exercendo o seu direito de ir e vir, a qualquer hora do dia e da noite, como estatui qualquer democracia que se preze, sem serem molestadas por bandidos, protegidos hoje por leis adocicadas na sem-vergonhice dos interesses políticos;

Mas... como esses militares, urutus humanos, torturadores dos delinquentes que hoje ocupam o trono de Brasília, sem nenhuma sequela, permitiram a população assistir à sessão de meia-noite nos cinemas de qualquer bairro, adornada com suas joias e saísse dos bailes, madrugada a fora, andando pelas ruas em tranquila animação;

Os esquerdistas, o maior conjunto de pusilânimes que já se concentrou num mesmo espaço geográfico, invejam a "ditadura" por incompetência, ignorância, por somente conseguirem apoio à custa do domínio da consciência dos 'assistencialializados', da deterioração da Educação, da degradação moral da população sem luzes como eles, para alimentar a fome de totalitarismo.

O único erro dos truculentos, dos torturadores, dos desalmados militares, cruéis "ditadores", irresponsáveis agentes da melhor época do Brasil, no século XX, o único erro, temos que enfatizar, foi trazer de volta os predadores da Nação.


*Dr.ª em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.


UM PIANISTA BÊBADO





A pianista Nicole Pesce faz uma brincadeira tocando Parabéns Prá Você como se fosse tocado por Beethoven,
Choppin, Bach, Mozart, etc... e, por último, um pianista muito bêbado.
Uma brincadeira bem humorada ao piano...

sábado, 15 de junho de 2013

NASCIDA NO BRASIL: ESTRANGEIRA?

"Tal conexão, com ramificações internacionais, destinada a "libertar os oprimidos", se espraia pelo Brasil, fazendo do "ruralista" sua vítima. Em Mato Grosso, entre várias pendengas, existe uma suposta tribo remanescente no Pantanal que deseja o mundo na região do Pirigalo. No Rio Grande do Sul, remanescentes caingangues querem tomar 22 mil hectares de colonos gaúchos próximos de Passo Fundo. No Paraná, invasões se verificam em Guaíra, Terra Roxa, Palotina, Mercedes, Santa Helena e Francisco Alves. Os invasores, conforme denunciou o senador Álvaro Dias (PSDB) na tribuna do Senado, não falam português, mas, sim, guarani e castelhano. Em Santa Catarina, o drama de milhares de agricultores ameaçados de perder suas terras na região de Chapecó e Palhoça foi relatado e d


cumentado pelo senador Luiz Henrique (PMDB)."

11 de junho de 2013 | Xico Graziano*** - O Estado de S.Paulo
India do Brasil - RS
 

Estrangeira
Mila Ramos

Nunca   havia me   sentido tão estrangeira na terra que sempre chamei de minha, como diante das palavras de um ex-Ministro de Lula:"eles são os donos, chegaram aqui primeiro".
E eu, aonde nasci? Que terra é a minha?
Acho que preciso estudar minhas raízes e investigar a nacionalidade da cegonha que me entregou aqui, no sul do Brasil, porque eu havia dito a ela que tinha medo de índio.

Desde pequena, assombrava-me o farwest americano porque os índios eram os bandidos e precisavam ser destruídos sem dó nem piedade, para o bem-estar da mocinha, assustadíssima na carruagem, a caminho do Fort de um tal general, seu pai. Depois, na escola, a professora contou que o Padre Sardinha, coitado, capelão das naus portuguesas, fora devorado pelos índios do Brasil, quando os santos padres aqui chegavam para fazer o bem.

Como não temê-los ¿

 Demorei a intuir sobre erros históricos e culturais e cheguei a odiar os cow boys e a fazer, na escola, poesias para saudar o Dia do Índio.

 Anos depois pude assistir às mudanças que me pareciam naturais, já que nossos irmãos estavam entendendo o que significava ser um cidadão brasileiro; queriam estudar, falavam já um português quase razoável, não queriam mais apito, usavam bermudas, calças jeans, só faltava que trabalhassem para seu sustento. Ou que continuassem a comer os peixes dos rios, o carne das nossos macacos mais algumas pequenas caças ao alcance de sua valentia e a fazer sua farinha.

Bem assim como faziam seus antepassados: plantavam mandioca, pescavam, caçavam, se pintavam para rezar ou festejar e, naturalmente, viviam sem precisar de uma tal cesta básica comprada com o dinheiro do homem branco, porque a terra era seu sustento .

Mas não aceitaram a cidadania brasileira com seus direitos e deveres. Só queriam as terras. E a cesta básica, claro. Os médicos os remédios, as fazendas ao lado deles e as longínquas também. Queriam terras: o que iam fazer delas, só eles e a alguns estrangeiros interessados, alguns grupos preparados para extorquir-lhes riquezas é que iriam resolver.
E o Governo sem reação, por que se tratava de NOSSOS ÍNDIOS, ora bolas!
Todos os benefícios, deveres, não! Era muita coisa para quem dormia numa rede...
Deveres são para nós, cidadãos, que pagamos impostos para que eles tenham garantidos todos os seus direitos, como índios.
( Ah! Meu Brasil brasileiro!)
Nossos prezados índios não estão mais na idade da “pedra”não Senhor! Não andam nus ( usam short porque aprenderam a ter vergonha de suas vergonhas ) e dançam para guerrear com facão – utensílio que penso ter substituido o arco e a flecha-.

Precisam mais é deixar os pássaros em paz ao invés de sacrificá-los para fazer deles penduricalhos e usá-los na cabeça e assustar os ”inimigos”. Já que não têem mais com quem guerrear nem precisam comer a pouca carne de um pobre tucano, poderiam bem deixá-los em paz.
Querem é mais terra.
E estou assustada.

Peço licença para lembrar de Raul Seixas "Pára o mundo que eu quero descer...".

Quando puderem disputar eleição ( podem?), preparem-se para ver Dilminha passando a faixa presidencial para um deles...

Mas antes, precisam aprender que nossa autoridade deve ser respeitada assim como eles exibem autoridade nas terras que chamam “deles”.
Como ousam entrar num prédio do meu Brasil, com facões em riste, fantasiados de índios, se em suas terras usam roupas como nós?

 Meu Brasil brasileiro! Pensei que eras meu, dos meus antepassados que te modernizaram, das nossas escolas que te civilizaram e te ensinaram a ler, de nossos líderes mais maduros e éticos que te enobreceram,  e do teu povo trabalhador que te faz crescer -  nós.

 Mas, qual!

 O que os verdadeiros índios do Brasil tinham para viver neste paraíso verde, uma praça para sua taba, uma oca para sua rede e seu engenho,
liberdade de ir e vir, um rio para chamar de seu, uma mata para ser sua, esses já morreram como nossos antepassados também, já se foram, ninguém é eterno.
Mas, cuidado!

Eles estão fazendo fumaça...
Esses índios modernos não são mais aqueles.
Você pode vir a pagar aluguel para eles.





India de Brasília
 

................................................................