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Isso é desmatamento, km e km de árvores no chão,
em milhões de km de florestas |
Mila Ramos
Estou cometendo um perjúrio!
Para quem escreveu crônicas e poesias sobre a obrigação que temos de
cuidar de nossas árvores e editou um livro de flores e árvores de Joinville, (
MARIA-SEM-VERGONHA). Citei as mil e uma razões para plantá-las, é um perjúrio,
sim.
Tenho uma área urbana considerada o mínimo desejável para a contrução de
uma casa considerada pequena. Aqui tenho 10 árvores, além da metragem de minha
casa em torno de 160m². Além disso, tenho ainda 2m² de bananeiras das quais
tenho a alegria de saborear e oferecer às amigas , saborosas bananas figo e
maçã. Tudo, com exceção do Jacatirão na frente da casa, foi plantado por mim.
Parece uma riqueza, mas não é! Foi demais. Não sou dona delas. A dona é a
FUNDEMA. Elas não existiam antes de 1982. Eu plantei mas não são minhas. O
terreno o é. As árvores não o são. Plantei mal, plantei demais por entusiasmo
ecológico, mas para corrigir meu erro preciso, no mínimo, de uma semana, quinze
dias ou até um mês.
Por isso, meu perjúrio hoje: Não plantem árvores, elas podem criar sérios
problemas para você.
Nestes dias (de segunda, dia 23, até hoje) , liguei pedindo ajuda, que se
traduz APENAS em autorização para resolver o problema. A todos os serviços
públicos que pedi ajuda foi-me indicado outro, e outro e outro... Acho que
comecei a lista deles de cabeça para baixo, porque comecei pelo primeiro sempre,
o Corpo de Bombeiros - o de menor responsabilidade no meu caso, diga-se a bem da
verdade. Depois segui por ordem: Prefeitura Municipal GEMAP, 34313233, que me
encaminhou para o 30655429, para falar com Poda, que me solicitou que ligasse
no período da manhã, porque depois das 13,30h a responsável não estaria e
ninguém senão ela, poderia responder por isso; na manhã seguinte, liguei para
lá e me disseram que esse assunto era com a FUNDEMA, com a encarregada desse
assunto, Neiva. Ela não poude me atender e enviou um assessor, Fernando - se a
memória de 81 anos não me falha. Ele me passou um impresso de duas folhas para
eu preencher e anexar documentos como dados de vistoria recente da
Prefeitura sobre meu terreno, documento que depois de dez itens, mais ou menos,
deveria ser entregue na própria FUNDEMA. E aguardar.
Pedi algo mais urgente, falei sobre a época de chuvas e vento. Ele me disse
que então, eu solicitasse a ação da Defesa Civil. A Defesa Civil respondeu que
esse assunto é da Prefeitura! E aí? Começar tudo de novo?
A grande vilã de hoje é a Palmeira Imperial que plantei no jardim, a um
metro do muro da frente de minha casa. Linda! Majestosa! Só que as folhas de
mais de 3m de comprimento (e que podem chegar a 4 ou 5) quando caem , assustam.
Já causaram curto circuito nos fios de minha casa e da vizinhança, já caíram
sobre carros estacionados na frente e ao lado de minha casa, já ameaçaram várias
pessoas que caminhavam na calçada e continuam ameaçando a todos.
Tenho um pé de Ipê Branco, presente de José Eli Francisco, que fica a um
metro do tronco da palmeira, e que anualmente, me oferece um buquê lindíssimo –
agora está abrindo. Sobre suas flores estão 3, eu disse 3 folhas secas da
Palmeira Imperial . Um sério risco para quem passa na calçada e para os fios de
luz da Visconde de Mauá e da servidão onde moramos, ao todo, seis famílias. E
para as flores do Ipê Branco.
Estou desde o dia 23 deste mês, setembro, pedindo ajuda.
Vou deixar acontecer?
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Isso é a busca de harmonia em um terreno doméstico de 200 m² |
Vou chamar o Sr Hamiltom, seu caminhão e sua serra?
Ou devo começar tudo outra vez?
Até segunda-feira, dia 30 de setembro, eu resolvo e depois conto o que
aconteceu.
Vocês são testemunhas de que tentei.
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(Imagens colhidas no Google)