domingo, 29 de setembro de 2013

PERJÚRIO



Isso é desmatamento, km e km de árvores no chão,
em milhões de km de florestas


Mila Ramos


Estou cometendo um perjúrio!

Para quem escreveu crônicas e poesias sobre a obrigação que temos de cuidar de nossas árvores e editou um livro de flores e árvores de Joinville, ( MARIA-SEM-VERGONHA). Citei as mil e uma razões para plantá-las, é um perjúrio, sim.

Tenho uma área urbana considerada o mínimo desejável para a contrução de uma casa considerada pequena. Aqui tenho 10 árvores, além da metragem de minha casa em torno de 160m². Além disso, tenho ainda 2m² de bananeiras das quais tenho a alegria de saborear e oferecer às amigas , saborosas bananas figo e maçã. Tudo, com exceção do Jacatirão na frente da casa, foi plantado por mim.

Parece uma riqueza, mas não é! Foi demais. Não sou dona delas. A dona é a FUNDEMA. Elas não existiam antes de 1982. Eu plantei mas não são minhas. O terreno o é. As árvores não o são. Plantei mal, plantei demais por entusiasmo ecológico, mas para corrigir meu erro preciso, no mínimo, de uma semana, quinze dias ou até um mês.

Por isso, meu perjúrio hoje: Não plantem árvores, elas podem criar sérios problemas para você.

Nestes dias (de segunda, dia 23, até hoje) , liguei pedindo ajuda, que se traduz APENAS em autorização para resolver o problema. A todos os serviços públicos que pedi ajuda foi-me indicado outro, e outro e outro... Acho que comecei a lista deles de cabeça para baixo, porque comecei pelo primeiro sempre, o Corpo de Bombeiros - o de menor responsabilidade no meu caso, diga-se a bem da verdade. Depois segui por ordem: Prefeitura Municipal GEMAP, 34313233, que me encaminhou para o 30655429, para falar com Poda, que me solicitou que ligasse no período da manhã, porque depois das 13,30h a responsável não estaria e ninguém senão ela, poderia responder por isso; na manhã seguinte, liguei para lá e me disseram que esse assunto era com a FUNDEMA, com a encarregada desse assunto, Neiva. Ela não poude me atender e enviou um assessor, Fernando - se a memória de 81 anos não me falha. Ele me passou um impresso de duas folhas para eu preencher e anexar documentos como dados de vistoria recente da Prefeitura sobre meu terreno, documento que depois de dez itens, mais ou menos, deveria ser entregue na própria FUNDEMA. E aguardar.

Pedi algo mais urgente, falei sobre a época de chuvas e vento. Ele me disse que então, eu solicitasse a ação da Defesa Civil. A Defesa Civil respondeu que esse assunto é da Prefeitura! E aí? Começar tudo de novo?

A grande vilã de hoje é a Palmeira Imperial que plantei no jardim, a um metro do muro da frente de minha casa. Linda! Majestosa! Só que as folhas de mais de 3m de comprimento (e que podem chegar a 4 ou 5) quando caem , assustam. Já causaram curto circuito nos fios de minha casa e da vizinhança, já caíram sobre carros estacionados na frente e ao lado de minha casa, já ameaçaram várias pessoas que caminhavam na calçada e continuam ameaçando a todos.

Tenho um pé de Ipê Branco, presente de José Eli Francisco, que fica a um metro do tronco da palmeira, e que anualmente, me oferece um buquê lindíssimo – agora está abrindo. Sobre suas flores estão 3, eu disse 3 folhas secas da Palmeira Imperial . Um sério risco para quem passa na calçada e para os fios de luz da Visconde de Mauá e da servidão onde moramos, ao todo, seis famílias. E para as flores do Ipê Branco.

Estou desde o dia 23 deste mês, setembro, pedindo ajuda.

Vou deixar acontecer?  



Isso é a busca de harmonia em um terreno doméstico de 200 m²


Vou chamar o Sr Hamiltom, seu caminhão e sua serra?

Ou devo começar tudo outra vez?

Até segunda-feira, dia 30 de setembro, eu resolvo e depois conto o que aconteceu.

Vocês são testemunhas de que tentei.
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(Imagens colhidas no Google)
 

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