AONDE VAMOS
PARAR?
FRANCISCO VIANNA – (comentando artigo da
articulista Míriam Leitão)
Sábado, 14 de
dezembro de 2013
A jornalista de “O GLOBO”, Miriam Leitão, escreveu hoje um artigo em
que diz que a Presidente da República participou do 5º Congresso do PT, na
qualidade de militante, e que sua atitude fere o decoro do cargo que ocupa,
dando apoio à acusação dos próceres petistas de que o Judiciário Brasileiro
‘manipulou’ o julgamento do “mensalão” tornando-o um “julgamento de exceção” e
“político”.
Conclui a articulista, com seu estilo cuidadoso para não ferir suscetibilidades
governamentais ou prejudicar o crédito do jornal junto ao BNDES, que o
comportamento da presidente enfraquece a nossa ainda frágil democracia
brasileira.
Apesar da forma escamoteada com que apoiou essas acusações, na maioria das vezes
calando-se ou fazendo declarações vagas, a ex-guerrilheira burguesa e
“sucialista”*
Dilma, segundo a articulista, foi grave e indigno do cargo que
ocupa.
A Presidente da República tinha ciência de que, na abertura do congresso
petralha, a principal alegoria seria a defesa dos mensaloneiros condenados pela
última instância do Poder Judiciário e, por força do cargo que ocupa, ela não
poderia de forma decente participar desse ato ou deveria se ausentar assim que a
Justiça brasileira fosse atacada.
É público e notório para aqueles que acompanharam os sete anos de tramitação do
processo do “mensalão”, que o STF cumpriu com todo o ritual processual legal e
aos acusados foram dados todos os mais amplos direitos de defesa e que sua
condenação se deu em função direta da indefensibilidade dos atos corruptos e
criminosos que praticaram.
Dilma agiu como militante de um partido político, coisa que não é admissível
para quem ocupa um cargo executivo de ser a presidente de todos os brasileiros,
petistas ou não.
Além de agir como militante do PT, ela se dispôs a deslavadamente fazer campanha
política para a sua reeleição. O esperado, como manda o decoro do cargo, era que
ela se retirasse logo após a abertura do Congresso. Não o fez e a situação ficou
mais do que delicada, senão vergonhosa, para ela e para a já arranhadíssima
reputação da política nacional.
Que Lula tenha dito o que disse, chamando o julgamento de uma “grande campanha
de difamação", vá lá. O sujeito já é conhecido por dizer sempre um monte de
sandices e patacoadas que lhe ditam os próceres do Foro de São Paulo, que querem
algo bem diferente do que uma democracia para o Brasil. Mas a Presidente da
República, no exercício de seu cargo, compactuar com tal circo de horrores
político-institucional foi de fato um vexame espetacular e uma vergonha profunda
para quem enxerga um palmo adiante do nariz.
Caberia à chefa do Poder Executivo de um governo democrático defender o Poder
Judiciário do estado a que pertence e não posar de crítica silenciosa e de
tiradas sarcásticas contra a Suprema Corte do país formando coro com os que
acusavam o julgamento como “de exceção” ou “político”. Fosse o ocorrido em
Honduras ou no Paraguai e ela estaria sujeita a ser afastada do cargo legalmente
por falta de vergonha na cara.
Os condenados em última instância pelo STF -- José Dirceu, José Genoino, Delúbio
Soares, João Paulo Cunha et caterva – depois de sete anos de tramitações legais
que encheram os bolsos dos advogados de dinheiro (do contribuinte) – seus amigos
e correligionários foram amplamente investigados pelo Ministério Público, que
finalmente os denunciou. Em outros países todos eles já sairiam algemados para
uma penitenciária, mas nem isso aconteceu a eles. Afinal, não são ladrões de
galinhas...
A petralhada gritou todos os impropérios que os teóricos do PT e do Foro de São
Paulo compilaram para eles. Como disse a articulista, “os militantes podem
gritar qualquer coisa, mas o grave é a presidente estar ali, consentir pelo
silêncio ou por menções indiretas para serem interpretadas pelos militantes como
concordância”.
A democracia brasileira hoje é ainda um regime político frágil, manipulável,
porque o eleitor e os candidatos a cargos públicos eletivos e de confiança não
têm que ter um nível mínimo de escolaridade, politização, considerado pelo menos
adequado para o exercício dos mesmos e da cidadania.
Como então esperar que tenhamos um dia uma democracia meritocrática, onde os
cidadãos tenham pelo menos o nível médio de ensino e educação e os postulantes a
cargos públicos eletivos e de confiança estejam minimamente preparados para
exercê-los com dignidade, probidade e eficiência?
Mas, apesar disso, essa frágil e incipiente democracia, não deve ser solapada
por atitudes como a da Presidente Dilma, que abala as instituições e dão margem
para que muitos conterrâneos pensem em substituir o regime por outra coisa
qualquer.
A petralhada pode atacar o Supremo, o Legislativo e até o Executivo, como sempre
fez. Mas, qualquer deles, uma vez investido na autoridade de um Presidente da
República, não. É imoral e ilegal. A presença de Dilma Rousseff num “ato público
de desagravo”, como se tornou a abertura do congresso petista é uma lástima e
mais uma vergonha nacional.
Tudo isso faz muito mal a nossa débil democracia e nos leva a pensar que esta é
exatamente a intenção da esquerda socialista no poder.Onde iremos
parar?
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(*) SUCIALISMO, regime socialista de
súcia, de quadrilheiros e ladrões do erário que há duas décadas infesta o Brasil
de forma paroxística e extremamente maléfica (como em qualquer tipo conhecido de
socialismo).
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