sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

MINHA TERRA NATAL

Praça da Matriz

                                               Mila Ramos

Nos primeiro dias deste novo ano, fui rever minha Tijucas querida, terra de meus avós e pais, minha terra desde sempre, mesmo tendo vindo para Joinville em 1967-  Gercy, já aposentado, teve melhor oferta de trabalho no Cartório do Cível aqui, e eu consegui vaga  como Diretora de Grupo Escolar, o que era fácil naquela época.
Viemos todos meio desconfiados pela mudança, os meninos trocando de escola, a Zilda, que já estava comigo, meio assustada com a vida numa cidade maior, mas, graças a Deus, tudo deu muito certo.
Depois de muitas ida e vindas rápidas, no comecinho de 2014, fui rever Tijucas com mais tempo.
A Bela, a amiga e cunhada querida, chamou sua filha Mariza, que foi nossa motorista, deixamos o Cazeca a pé e  elas foram  apresentar-me à nova Tijucas .
Não sei por que a gente tem tenta dificuldade de reconhecer a terra tão nossa, andada da Praça à Joaia, vivendo ali desde nossos menores anos e,  de repente, não a reconhecemos mais.
                                             
Vista parcial da Empresa PORTO BELO


A minha Tijucas antiga, aquela em que eu ia a pé para a escola com a alpercata pendurada no dedo para andar dentro das poças que a chuva da véspera havia feito na rua –  e aquela , na época chamada de principal –já não é tão principal assim. A rua nova, que ficou importante só depois que as Irmãs da Divina Providência fizeram  ali, o Hospital São José, era tudo o que a gente se referia para apontar quem morava lá em cima ou lá em baixo . 

É. Mas esse tempo passou e a nova Tijucas mudou muito: muito mais desenvolvida, mais bonita – a paisagem da beira do rio encantou-me, ficou muito mais larga, chamou os pescadores aposentados, pessoas fazendo relax,  e a casa de minha saudosa amiga Vanda, - agora  da Júlia, representante da Família Ternes – que me parece ter ficado muito mais longe do rio. Sempre tive a impressão de que o Rio Tijucas terminaria por tomar a linda casa antiga dos Ternes, de onde a gente vê a barra do rio.
                                           
Visual até a Foz do Rio Tijucas
 

As avenidas  deram-me a impressão de que aquela não era mais a minha cidade natal. A minha terrinha natal era outra,  mas a nova Tijucas é muito mais bonita, ficou maior ( ou é só impressão porque seus limites urbanos são os mesmos?)
Nossa motorista deve ter feito manobras para confundir-me,  porque eu tive a sensação de ter-me perdido. Não sabia mais se estava no sul ou no norte, na Praça ou na Joaia. 
As casas são muito bonitas, ajardinadas – o que não era comum no meu tempo  de moradora da terrinha, muitas com piscina, segundo a Mariza, com muros caprichados que não estão ali só para separar a casa da rua, mas para torná-la mais bonita.
Emocionou-me, especialmente, a Avenida Emília Ramos, o nome de minha mãe, e rezei por ela imaginando sua alegria se ali pudesse estar.
Agora sei que Tijucas tem bairros novos e áreas novas com denominações  específicas, denominativas de atividades. Muito bom.
Fui até à Joaia rever lembranças, mas não vi a ponte... Nem passei para o outro lado para ver a prainha que o rio fazia quando a maré baixava...
Não deu para ver tudo. Com certeza, minha próxima viagem vai ter outros destinos. Mas voltei encantada.
Só uma coisa me causou estranheza: o uso de palmeiras nas ruas novas.  Palmeiras não são árvores apropriadas para o reflorestamento que se tenta fazer ali. Gosto sempre de dizer que palmeira não dá sombra nem fruto que alimente. Espero que a pessoa responsável pela parte de replantio  das áreas, repense sobre isso e use árvores ou mesmo arbustos para que a Tijucas continue a ser florida como em outras partes da cidade. Vi flamboaiões floridos aí, buganvílias quase sem folhas de tanta floração e outras árvores lindas que poderiam ser multiplicadas em novas áreas. Fica a sugestão feita com o coração, no desejo de poder ver ainda muitas vezes minha terra natal multicolorida.
Um abraço de congratulações às pessoas responsáveis por tanto sucesso no trabalho urbanistíco de Tijucas. Parabéns aos bons amigos que tenho aí e que estão gozando das belezas de uma Tijucas desenvolvida e bela.
Mila Ramos
Janeiro de 2014
                                                           
Mansão Gallotti ( Hoje, Casa da Cultura)

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