domingo, 12 de janeiro de 2014

PASSEIO PELA CIDADE


                                   

    Árvores plantadas à beira do Rio Cachoeira, centro de Joinville, condenadas à corte, acredite)
                               Mila Ramos
                        
Quanto tempo faz que você não passeia, num dia qualquer, para ver melhor sua cidade? Faça isso sempre e reclame quando não gostar! Você não paga imposto? Pois então?
Você já percebeu, por exemplo, que a Rua Dr. João Colin não tem árvores nas calçadas? Já notou que ali só há uma grande cerejeira -daquelas que dão uma sombra imensa, prazerosa para quem anda nas ruas neste calor histórico do nosso clima?
Pois é, nestes meus passeios de quem não tem o que fazer – dirão alguns – eu notei que só na frente de um banco, existe uma árvore em toda a antiga Rua do Norte, hoje Rua Dr. João Colin, uma das mais importantes vias de circulação de Joinville. Ali, quem busca sambra em dias como estes, de calor intenso. precisa resolver
Rua nua.
Longa reta, com casas históricas – como a antiga prefeitura desocupada e a antiga casa dos Timm, logo em frente – ali, em meio a construções modernas que alargam suas calçadas para fazer estacionamento – o que é ótimo – mas que não plantam uma árvore sequer para sombrear os carros dos clientes, que saem do ar condicionado geladinho da loja para serem assados dentro do carro.
Diferentes dos clientes do banco da cerejeira, a Caixa.
É a única árvore nas longas calçadas da Rua Dr. João Colin. Uma buganvília castigada pela serra ainda tenta vencer os fios de luz frente à antiga Casa Geraldo. Hosana, ela resiste!
Este é um exercício de cidadania que tenho feito, agora que a vida me dá tempo para sair de casa, para contar quantas árvores estão plantadas na Rua Blumenau, desde o Terminal Norte até a Rua Visconde de Taunay. Porque são muitas .
                                            
As árvores estão ali, frondosas ou sofridas, desafiando a fiação dos postes e podas desastrosas e carregando nas costas, anos e anos de galhos cheios de barba de velho, muitas parasitas do mato, retrato da umidade própria de nosso clima, e ainda a experiência de quem vive à espreita do que acontece à sua sombra. Pois é, eu contei as árvores da Rua Blumenau. São 176.
Na sua maioria, árvores antigas, eu diria velhas, imponentes algumas, outras, como pessoas idosas e com tempo para olhar árvores que decoram de vida a sua cidade.
Muito diferente da Rua Dr. João Colin, que pena!
Outras ruas da cidade carecem de árvores. Muitas delas.
Na Abdon Batista, uma das minhas árvores de corcovas, cantadas em 2008, foi decepada. Morreu? Plantem outra! Ou mataram? Não sei. 

As mais lindas, as da Beira-Rio, já estão condenadas e ninguém faz nada.

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