Árvores plantadas à beira do Rio Cachoeira, centro de Joinville, condenadas à corte, acredite)
Mila Ramos
Quanto tempo faz que você
não passeia, num dia qualquer, para ver melhor sua cidade? Faça isso sempre e
reclame quando não gostar! Você não paga imposto? Pois então?
Você já percebeu, por
exemplo, que a Rua Dr. João Colin não tem árvores nas calçadas? Já notou que
ali só há uma grande cerejeira -daquelas que dão uma sombra imensa, prazerosa
para quem anda nas ruas neste calor histórico do nosso clima?
Pois é, nestes meus
passeios de quem não tem o que fazer – dirão alguns – eu notei que só na frente
de um banco, existe uma árvore em toda a antiga Rua do Norte, hoje Rua Dr.
João Colin, uma das mais importantes vias de circulação de Joinville. Ali, quem busca sambra em dias como estes, de calor intenso. precisa resolver
Rua nua.
Longa reta, com casas
históricas – como a antiga prefeitura desocupada e a antiga casa dos Timm, logo
em frente – ali, em meio a construções modernas que alargam suas calçadas para
fazer estacionamento – o que é ótimo – mas que não plantam uma árvore sequer
para sombrear os carros dos clientes, que saem do ar condicionado geladinho da
loja para serem assados dentro do carro.
Diferentes dos clientes
do banco da cerejeira, a Caixa.
É a única árvore nas longas
calçadas da Rua Dr. João Colin. Uma buganvília castigada pela serra ainda tenta
vencer os fios de luz frente à antiga Casa Geraldo. Hosana, ela resiste!
Este é um exercício de
cidadania que tenho feito, agora que a vida me dá tempo para sair de casa, para
contar quantas árvores estão plantadas na Rua Blumenau, desde o Terminal Norte
até a Rua Visconde de Taunay. Porque são muitas .
As árvores estão ali,
frondosas ou sofridas, desafiando a fiação dos postes e podas desastrosas e
carregando nas costas, anos e anos de galhos cheios de barba de velho, muitas
parasitas do mato, retrato da umidade própria de nosso clima, e ainda a
experiência de quem vive à espreita do que acontece à sua sombra. Pois é, eu
contei as árvores da Rua Blumenau. São 176.
Na sua maioria, árvores
antigas, eu diria velhas, imponentes algumas, outras, como pessoas idosas e com
tempo para olhar árvores que decoram de vida a sua cidade.
Muito diferente da Rua
Dr. João Colin, que pena!
Outras ruas da cidade
carecem de árvores. Muitas delas.
Na Abdon Batista, uma das
minhas árvores de corcovas, cantadas em 2008, foi decepada. Morreu? Plantem
outra! Ou mataram? Não sei.
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