
Sentada,
corpo farto pela
ausência
de vaidade,
tempo morno.
Meia idade a
mais, vazia,
só a cadeira
dá-lhe
o abraço
sereno,
_a cadeira de
sempre.
Nem rangia mais,
gasta no seu
próprio tempo,
aconchegava seu corpo
pesado.
A janela envidraçada
retratava-a..
Olhos azuis,
cabelos
encaracolados já sem viço
respingando na
testa.
À brisa, erguia o queixo redondo
como a ver
longe,
aí, pegava o
crochê.
É minha avó em sua cadeira
no horizonte
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( imagens colhida no Google)
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