domingo, 8 de julho de 2012

O NOVO ESTADO BRASILEIRO

e não precisamos de mais deputados, senadores, nem de  metade desses ministros



Não sei aonde buscar mais esperança...

Faz tempo que meu coração brasileiro anda disparando à toa, como se fosse menino de morro malcriado, brincando de ser bandido com arma de verdade.

E é por absoluta falta de esperança! Buscar esperança aonde?
 Sem ter pai - nem se lembra mais dele, coitado!
 Sua avó deve ter morrido cedo, vítima de bala perdida, sua mãe tem de trabalhar para comprar comida e nosso herói sem afeto, precisa ajudar o bando e ser chefiado por alguém que não pode aparecer porque tem “um nome a zelar”.

O jeito é ir treinando a pontaria para ver se, num dia próximo, consegue um lugar “ao sol”: mata alguém que dá manchete, passa a ser procurado pela polícia, ganha um apelido chinfrim e sobrenome de favela.

Pronto! O moleque do morro está com o futuro garantido nas prisões de segurança máxima, com cela individual, três refeições por dia, direitos humanos defendidos por entidades internacionais, direito à escolta com segurança policial em vôos reservados, com muito dinheiro rolando e com direito a nos encarar em fotos que contrariam seus humores. Ah! Os valentões nunca baixam o nariz!

Essa é a história sempre curta de heróis assassinos: na maioria, morrem é mesmo cedo, na juventude dos cheiros e das picadas, sobrando mãe sem carinho e pai sem exemplo.

Este é mais ou menos o retrato dos meninos da favela dos grandes centros. Mas, infelizmente, nós estamos chegando lá: o número de homicídios aumenta a cada semana, em Joinville. No Brasil todo.

E o Estado Brasileiro onde está? Por que não consegue manter a ordem e a disciplina nem dentro dos presídios, quanto mais nas ruas? Nem lá, nas prisões, onde é investido nosso rico dinheirinho – sim, é claro que nós sustentamos os bandidos – nem lá, o Estado consegue impedir que matem e seqüestrem via celular: crime super bem organizado.

Mais bem organizado do que o Estado Brasileiro, pelo visto.

Vergonha para os políticos, para a Justiça, para a Polícia, para a Igreja e para quem deveria pensar mais por nós.

Vergonha para nós, cidadãos, que nada fazemos pelo direito de viver com o conforto conquistado com trabalho.

O que pagamos é pouco para encher os bolsos dos bandidos de colarinho branco e engomado pela cocaína.

A vergonha na cara é objeto de luxo em quem manda no cofre tupiniquim. Quem me dera um novo Caramuru para botar medo nesses párias da Terra Se Santa Cruz...

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