Um
verdadeiro abre-alas de cores e flores!
Começa
já no trevo de Pirabeiraba, onde você deve entrar, em direção ao Rio da Prata.
Uma paisagem incrível, um tipo de cartão postal: a casa antiga rodeada de
varandas com vasos de gerânios floridos, sempre pintada de novo: a primeira de
uma série de muitas outras de enxaimel, que tem uma característica marcante: um
jardim cuidado com muitas flores, o gramado impondo um fundo verde, os mais
lindos pés de quaresmeira rosa ou roxa.
Se
você tiver sorte ou chegar até na época da floração, ficará extasiado.
RIO
DA PRATA: o tom da esperança muito verde, pastagem farta ponteada de gado
gordo, galinha cacarejando no terreiro, a horta.
No
fundo, as laranjeiras, o bananal, as goiabeiras, uma touceira de cana, a
criação de marrecos. Esta não poderia faltar.
Afinal,
é ali que acontece, todos os anos, a Festa do Colono, em julho. A sexta-feira
que inaugura a festa, vem com “Schwarsauer”, a sopa preta feita de sangue de
marreco, um prato quente, saboroso e forte.
Sábado
é dia de baile e da eleição da Rainha da Festa, comunidade enfeitando o clube e
se enfeitando.
Lá,
um espetáculo que você não verá em nenhuma parte do mundo: todo o teto do salão
de festas é recoberto com frutas e verduras produzidas na região, as quais, no
final da festa, oferecem um quadro inusitado: o instante do pulo. Quem mais
pula, mais leva!
E
você se arrisca a ter de carregar, na saída do baile, um enorme cacho de banana
prata ou caturra, os maiores repolhos, as mais brancas couves-flores, pencas e
pencas de vermelhas beterrabas, laranjas e tangerinas e todo o choop que você conseguir beber.
Domingo,
a festa continua! A dança do Silberfluss, a Feira da Colônia: o melhor melado
de cana e a caninha curtida no mais respeitável tonel de carvalho, lingüiças e
carnes defumadas feitas em casa, e mais todas as frutas e verduras que você não
conseguiu levar do baile.
E
os torneios de tiro, gente de olho firme no alvo, pulso retesado e pontaria
certeira. O novo Rei do Tiro é coroado porque mais acertou.
Á
tarde, a Colônia desfila: gente bonita de olho de céu e cabelo de sol, sorriso
aberto no rosto rosado: são os colonos.
Ao seu comando, tratores, máquinas e carroções
ostentam riquezas da terra onde o Colono, o gigante que movimenta a economia
rural e alimenta a cidade, revive, no folclore, a alegria do imigrante forte
que aportou aqui.
RIO
DA PRATA, SILBERFLUSS.
Tua
festa de ar puro é pura cor de flor e mato.
Tem
cheiro de coisa feita em casa, jeito de família rodeando a longa mesa de comida
farta e fumegante. E quando a FESTA DO COLONO vem com a quaresmeira em flor,
com seus jardins em orgia de cores, no pé da serra, com riacho cascateando e
tudo, eu penso que se o paraíso existe, deve ser bem pertinho daqui.
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