terça-feira, 28 de agosto de 2012

MERCADO MUNICIPAL DE JOINVILLE



                               

 

O prédio antigo do Mercado Municipal, construído pelo então Prefeito Procópio Gomes, lembrava os mercados de Florianópolis e o de São Francisco do Sul.
 Foi derrubado e substituído pelo atual, uma imitação de estilo enxaimel, pelo qual tenho lá uma certa má vontade.

Não posso, no entanto, negar que ir ao Mercado é sempre um acontecimento para mim.

Aquela confusão de gente entrando e saindo, comprando e carregando, falando, discutindo o preço disso ou daquilo, sempre me causa comoção, uma certa ternura, vontade de conversar com alguém do meio, ouvir suas histórias, suas reclamações, enfim, viver seus casos, seus fatos, saber do dia-a-dia deles.

 Na sexta-feira  à tarde fui lá.

 Precisava de um pouco de tudo que só lá se encontra do bom e do melhor, e senti logo que a casa estava cheia: o estacionamento pedia tempo, esperei uns dez minutos por uma vaga ao lado do pobre Rio Cachoeira, (que se escondia de vergonha debaixo da ponte), até que alguém saiu e me acomodei num cantinho. Açougue novo, senti falta do Sr. Lalinho, e fui olhar a beleza dos badejos, ver se tinha robalo para o almoço de sábado.  Comprei depois de reclamar do preço, achei que o camarão estava muito sofrido, desmanchado e não comprei. Disse ao Gilmar que voltaria na próxima semana para ver se, com a chegada do sol, o camarão fic
Mais uns passos e entrei na banca dos grãos.

Sempre cheia, peguei minha senha – ali não tem essa de idoso, o negócio é esperar sua vez e pronto.

Ao meu lado, alguém comprava o que eu chamo de milho moído, mas é o nome pelo qual é conhecido é quirera.

Querendo conversa, perguntei se ele estava comprando comida para passarinho. Ele, sorrindo, respondeu:

- Para os passarinhos e para mim.

Eu ri, dizendo que ia comprar grãos para meus pássaros da natureza e ele completou:

- Separe um pouquinho, deixe de molho de um dia para o outro, depois cozinhe com sal, cheiro verde e alho; faça um bom prato com costeletas de porco fritas e a senhora nunca mais vai comer nada igual!


No dia seguinte, estava almoçando a receita do meu novo amigo do Mercado Municipal.

Seu nome, Simão Pedro!ava mais bonito.

Fui adiante, a minha barraca de verduras estava desativada.

Alguma coisa aconteceu com a turma do repolho, da couve-flor, do tomate e das minhas frutas preferidas. Teria sido a chuva intensa?

 Mas não vamos falar disso!

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