Mila Ramos
Quando vejo,
hoje, as minhas companheiras idosas, as amigas da chamada melhor idade (menos,
né?) fazendo ginástica nas pracinhas, nos clubes, nas academias, vejo quanto
tempo perderam aquelas que ficaram assistindo televisão à tarde ou curtindo uma
preguiça, até por timidez ou
acanhamento.
Não era
comum, uma senhora sair de casa, com tanta coisa para fazer e ir encontrar as
amigas para fazer exercícios ou dançar para cuidar da saúde.
Mulher, dona
de casa por profissão (quando vão riscar isso das carteiras?) antes de tudo,
tem de fazer as obrigações do lar, varrer, lavar, cozinhar, cuidar dos filhos,
da casa, da sogra ou da mãe doente, só depois cuidar dela. Só depois.
Pode
trabalhar fora, mas quando chega em casa, quanta coisa por fazer. Imagina se dá
tempo de pensar em ginástica, cuidar da saúde, da aparência.
Ah! Dá, sim!
E como tem de dar, ora essa!
Mulher
moderna, seja lá de que idade for, tem tempo para tudo o que diz respeito ao
bem estar de todos da família, da casa, da saúde, do trabalho e dela também.
Especialmente dela, porque se não estiver bem, ninguém mais estará!
Até porque, os maridos também são modernos
hoje em dia! Também ajudam nas tarefas caseiras, cuidam dos filhos, alguns são
exímios cozinheiros e quando não o são, quebram um galho legal, como diz a
garotada!
Como me
arrependo das horas de cadeira de balanço, que nas tardes chuvosas, um bom
livro me atraia, sem me dividir nunca com boas caminhadas nas tardes de sol.
Paguei caro
por isso.
Bem faz
minha cunhada Bela que nunca deixou de caminhar e hoje em dia, suas aulas de
hidroginástica são uma devoção a mais para ela; minha querida Vada, que
distribui suas boas horas de jogo com sua hidroginástica sagrada duas vezes por
semana e ainda tem tempo para fazer aulas de tango, ela e seu amado Carlito,
nadador condecorado, muito antes dos seus 80 anos. Tanto eu sei, minha amiga
Mariza Campos também faz sua caminhada diária “in door”, para compensar suas agradáveis
sessões de canastra com uma roda de amigas, das quais já privei. Marina, sempre foi bonita e elegante e, com certeza, para isso contribuiram as caminhadas que faz com o maridão Alonso. Sobre minha querida Miriam, nem preciso falar o que a faz sempre elegantérrima, mesmo no comsultório.
E tantas mais que hoje encontro no corredores da Clínica de Fisioterapia (que obrigatoriamente devo frequentar) só que elas saem das sessões de pilates para continuarem elegantes e belas.
Minhas filhas
Raquel e Rute também são bem chegadas a uma caminhada e seus horários de academia são sagrados, graças a Deus. Elas estão sempre na linha, mas eu, quando não
jogava, lia.
Parada, claro!
Não deu certo!
A receita seria: jogar, ler e
caminhar. Azar meu.
Por isso meu
aplauso às minhas companheiras de terceira idade que, em academia, em
hidroginástica, nas pracinhas ou nos chamados crochês e bingos (o que a polícia
quer atrás delas?) se reúnem em danças e folguedos para mexer com o corpo e com
a cabeça!
Carpe Diem!
( imagens do Google)
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