Como no jogo,
eu queria um curinga
que fechasse
- na vida –
o jogo do viver.
Se faltasse dinheiro, eu jogava-o na carteira.
Se faltasse um amigo, eu jogava-o no sofá.
Se faltasse um amor, eu
jogava-o na cama.
Ao poeta sem tema,
curinga no poema!
Um curinga que ajudasse
a criar emoção,
que a um toque do amor,
em veloz translação
eu girasse no ar
- ouros, espadas,
paus ou copas
onde a sorte faltar.
Um curinga na mão,
em final de partida,
- alegre, festeiro –
um curinga arteiro
que me desse a batida
- na vida –
com canastra real!
(Mila Ramos)
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