sábado, 30 de março de 2013

PÁSCOA DE CASQUINHA




                                            Mila Ramos

 

Você se lembra as suas Páscoas de criança?

 

Eu lembro bem e dou risadas diante dos “tetos cobertos de ovos” e corredores dos super mercados de hoje, parecendo um Monstro Cacau cheio de açúcar, colocando pressão sobre a  pobre coelha e querendo uma super produção para  já. Agora! Rápido!

Muito papel dourado e fitas sobrando, laçarotes coloridos, preços altos, menos chocolate, mais reais.

 

Na verdade, minhas Páscoas infantis eram feitas com casquinhas de ovos, cuidadosamente  guardadas nos meses anteriores, pintadas a mão com pouca arte e muita anilina, alguns mais requintados tinhas babadinhos de rendas franzidas na parte por onde seria colocado o amendoim doce ou até minúsculas balinhas. Depois, um papel colado com grude, fechava a gostosura até o domingo de Páscoa. Tudo escondido das crianças, de nós, no caso.

 

A gente ia à Igreja  na sexta-feira Santa, assistia, comovida, as cerimônias da morte de Jesus, e obedecendo os preceitos religiosos, não comíamos carne (o que faço até hoje).

Sábado, a alegria já começava a movimentar a casa de minha avó, sede da família que morava quase toda em casas na grande área de propriedade do velho Pedro Soares, meu avô materno. Hoje, chamariam aquilo de condomínio, acho.

Preparava-se o almoço de domingo, para depois da Missa de Páscoa, enquanto os mais velhos cochichavam entre si sobre os esconderijos dos ninhos do coelhinho da gurizada.

E era uma festa de alegrias ou de choros, achar ou não os ninhos, até os consolos finais dos pais “entregando”  o segredo para os menores e mais chorões.   

Não esqueço o berreiro que fiz na Páscoa em que, o único ovo de balinhas que ganhei, escorregou-me das mãos e caiu, esparramando-se numa poça de água da chuva da véspera...Chorei até dormir, mas foi com razão, não foi?

Você não se lembra de suas Páscoas de infância? Pense bem! Vá fundo no seu coração e pergunte onde estava o coelhinho do seu Domingo de Páscoa, daquele tempo...

Garanto que não  estará no corredor do super mercado do seu bairro, que fica escurecido pela quantidade de chocolate pendurado nas prateleiras.

Procure-o com saudade e você vai encontrá-lo no seu coração, nas suas lembranças.

E ria daquele tempo de

                  PÁSCOA de CASQUINHA!

 (Fotos colhidas no Googe)

 

QUE ELITES, QUE ESQUERDA?

João Ubaldo Ribeiro escreve o que vem de si, de seus sentimentos, de suas decepções.
Suas verdades aí estão, não deixe de lê-las.
Também, unca deixe de ler um livro dele, eles também veem cheios de verdades, de alegrias e de tristezas, vheios de vida.
Mila Ramos
  • Que imprensa golpista? Que editorial ou comentário pediu golpe? Comportamento golpista é o de quem se diz vítima de linchamento, quando foi condenado em processo legítimo e incontestáve
ARTIGO - JOÃO UBALDO RIBEIRO
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Atualizado:
A cada instante e cada vez mais, somos alvejados por milhares de informações de todos os tipos, muitas delas procurando, como consequência final, alterar nosso comportamento, seja para pormos fé nas lorotas pseudoestatísticas e conceituais que nos pregam os fabricantes de remédios, pastas de dentes e produtos de farmácia em geral, seja para acreditarmos que determinado partido político, ao pedir com fervor nossa adesão, realmente tem alguma identidade que não seja a que lhes emprestam seus tão frequentemente volúveis caciques. Aparentemente, nossos cérebros se defendem de ser entulhados com essa tralha e grande parte dela é esquecida.
Mas em algum lugar da mente ela permanece e afeta talvez até nossa maneira de ver o mundo. Se prestarmos atenção aos comerciais de tevê e fizermos um esforçozinho de abstração, veremos que temos plena ciência de que quase todos eles, ou mesmo todos, se apoiam em pelo menos uma mentira ou distorção. O xampu não produz cabelos como aqueles, a empresa não dá o atendimento ao cliente que apregoa, o plano de saúde falha na hora da necessidade, a velocidade da banda larga não chega nem à metade do que contrata, o sistema de saúde que descrevem como o nosso parece gozação com o pessoal que estrebucha em macas no hospital, o banco professa carinho e oferece gravações telefônicas diabólicas, o lançamento imobiliário mente sobre as vantagens do bairro e a segurança da construtora, a moça não é bonita como aparece, o sinal da operadora não é confiável, a prestação sem juros é enganação, a garantia do carro não vale nada para a concessionária. Tudo, praticamente, é mentira e sabemos disso. Mas, mistérios desta vida, agimos como se não soubéssemos, numa postura acrítica e já meio abestalhada.
Em relação à política, talvez nossa situação possa ser até descrita em termos mais drásticos. As afirmações mais estapafúrdias são divulgadas e ninguém se preocupa em examiná-las. Não me refiro a chutes que prostituem a estatística e fazem dela, como já se disse, a arte de mentir com precisão. Os números nos intimidam desde a escola primária e qualquer embusteiro se aproveita disso para declarar que 8.36% (quanto mais decimais, melhor) de alguma coisa são isso ou aquilo e ver esta assertiva ser recebida reverentemente, como se não fosse possível desconfiar de tudo, da coleta dos dados, às categorias empregadas e os cálculos feitos. Média, então, é uma festa e eu sempre penso em convidar o dr. Bill Gates para morar em Itaparica e me transformar em nativo do município de maior renda média do Brasil, cuíca do mundo.
Não, não me refiro a números, mas a alegações estranhas. Por exemplo, esse negócio de o governo ser de esquerda. Só se querem dizer que a maior parte do nosso cada vez mais populoso bando ministerial é constituído de canhotos. O presidente Lula, que não quis ser presidente emérito e prefere continuar sendo presidente perpétuo mesmo, já disse — e creio que com sinceridade — que não é, nem nunca foi, de esquerda e que não usa mais nem a palavra “burguesia”. E que é que o governo fez que caracterize uma posição de esquerda? Apoiar Chavez com beijos e abraços, ao tempo em que respalda os bilhões de dólares de negócios brasileiros na Venezuela? Manter boas relações com Cuba, o que não quer dizer nada em matéria de objetivo político? Ser da antiga turma que combatia o governo, no regime militar? E já perguntei aqui, mas pergunto de novo: o PMDB é de esquerda? Quem é esquerda, nesse balaio todo? Furtar, desviar, subornar, corromper são de esquerda? Zelar por valores éticos e morais é de direita?
É gritaria da direita reclamar (e pouca gente reclama) do descalabro inacreditável em que se tornaram as trombeteadas obras do rio São Francisco, hoje uma vasta extensão de ruínas e destroços, tudo abandonado ao deus-dará, em pior estado do que cidades bombardeadas na Segunda Guerra? Ou o que está acontecendo com a Petrobras, que, da segunda posição entre as petrolíferas, despencou para a oitava e pode despencar mais, acrescida a circunstância de que ninguém explica direito qual é mesmo a situação do hoje já não tão radioso pré-sal? E combater a miséria nunca foi de esquerda ou direita. Ter altos índices de popularidade tampouco.
Também se diz que as elites dominantes querem derrubar o governo. Que elites dominantes? A elite política, que se saiba, é a que exerce o poder político. O Poder Executivo é exercido pelo governo que está aí e que, presumivelmente, não atua contra si mesmo. O Poder Legislativo está sob o controle da base do governo. E o Judiciário, por mais que isso seja desagradável aos outros governantes, não pode associar-se à ação política no sentido estrito. Já as elites econômicas não parecem empenhadas em subverter uma situação em que os bancos têm lucros nunca vistos, conforme o próprio presidente perpétuo já frisou, e as empreiteiras estão muito felizes e, convocadas pela presidente adjunta, prometeram fazer novos investimentos. Qual é a elite conservadora que está descontente e faz oposição ao governo? É justamente o contrário.
Finalmente, temos a imprensa golpista. Que imprensa golpista? Que editorial ou comentário pediu golpe? Comportamento golpista é o de quem acusa o Judiciário de ser agente de armações politiqueiras, quem chega a esboçar desobediência a ordens judiciais, quem se diz vítima de linchamento, quando foi condenado em processo legítimo e incontestável. A imprensa sempre se manifesta contra o desrespeito à Constituição e a desmoralização das instituições democráticas e tem denunciado um rosário sem fim de ações lesivas ao interesse público. Golpista é quem busca silenciá-la ou controlá-la, não importa que explicações se fabriquem e que eufemismos inventem.
João Ubaldo Ribeiro é escritor


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/que-elites-que-esquerda-7851540#ixzz2P30D42BL
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quinta-feira, 28 de março de 2013

O EQUÍVOCO DO LEÃO

                                                                                              Mila Ramos

Mergulhando de cabeça no rio obsequente do imposto de renda.
O momento em que a gente se sente mais pobre e mais lesada de todos os dias de nossa vida.
É. Além do que se desconta em folha - sou aposentada e pensionista - ainda tem mais, muito mais, para entregar ao leãozinho safado do IR.
E aí meu humor fica burro, grosseiro, inconsequente.
Lembro que estou ficando mais pobre. Com a mesma receita, respeitadas as atualizações anuais, há tempos atrás, eu viajava, comprava uma ou outra pequena  jóias, dava bons presentes para meus filhos e meus netos,
meu carro era muito melhor, minha casa mais cuidada em sua aparência externa, enfim, eu me sentia muito mais solta em meus gastos e nunca senti falta de dinheiro. Afinal, eu merecia o que recebia do Governo porque eu trabalhei trinta e três anos na Educação, fui reconhecida pelo meu trabalho  de professora porque ensinei meus alunos a ler, a escrever e a contar o que liam, a única prova de que uma criança ou adulto está alfabetizado. O Ministro da Educação provavelmente não sabe desta verdade porque nunca alfabetizou ninguém. Nem a presidente Dilma.

Mas, meu assunto de hoje é o leão, analfabeto com certeza.
Eu dizia que estava ficando mais pobre.
Minha salário, que segundo todos os economistas e administradores, não é renda, pois não se trata de aplicação de nenhuma natureza, não é resultado de nenhuma empresa que gera lucro. É o pagamento de meu trabalho com direito adquirido no decorrer dele, pagando e continuando a pagar essa aposentadoria até morrer.Putz!

Milhões e milhões de pessoas idosas no Brasil estão nesta situação.
Quando vou ao banco retirar o salário para pagar as contas, muitas de nós rimos uma da outra, lembrando de nossa condição anterior, agora com menos posses e muito mais velhas, claro. Quanto a isso, o leão não tem culpa, claro, nós preferimos - quem não prefere?- viver muito mais do que morrer jovem..
Claro, não é,  seu leão? Afinal é com ele que estou falando.

Hoje levantei os documentos que posso descontar: o total anual da UNIMED, no valor  de R$1235,89 ao mês, o Dentista, onde vamos muito mais hoje do que há dez ou vinte anos, um salário anual da Empregada, (a receita só permite um salário mínimo por ano).
E aqui começa um novo equívoco do Leão.
A empregada doméstica, mesmo ganhando mais que isso, o leão só aceita o desconto de um salário mínimo e de uma só empregada. A minha ganha só isso mesmo, mas e as outras empregadas que ganham muito mais que isso, os patrões não podem descontar um salário real  por que? Quem vai esclarecer isso?

Picineiro, jardineiro e passeador com minha velha cachorra Dana não entram na conta do leão. Mas eu gasto, viu?!

Acho que vou parar por aqui hoje.Mas volto a falar com esse leão maldito.
Minha mágoa vai ficando cada vez maior. e o leão vai fivacando gordo e feliz.E eu acabo indo caçar leões sem culpa, na África.

terça-feira, 26 de março de 2013

TALVEZ FALTE CHÃO



Adoro as Crônicas do Donald, um grande amigo.
Ele sabe contar e descrever coisas assim, mesmo como fala. Se leio seu texto, imagino sua voz e sinto-o por perto. Pena que o veja tão pouco.
Sempre ocupado com seu trabalho, sua  excelente leitura, com sua literatura cheia de conteúdo, com o mundo, enfim.
Bem-vinda seja a invenção da internet. Bem-dita seja.
                                                                                     Mila Ramos



Talvez falte chão
Donald Malschitzky
 

         Prédios seculares com suas paredes absurdamente espessas rachadas ou até caídas, inclusive na Universidade San Carlos de Guatemala, uma das primeiras da América Latina, oficialmente reconhecida em 1676. Nas ruas, ambulantes da necessidade vendendo comida dentro das mais abomináveis medidas de higiene; muita gente morando nas calçadas, em improvisadas barracas, ali mesmo fazendo suas necessidades. Passara um pouco mais de um ano do terremoto mais destrutivo já acontecido no País, com 23 mil mortos. As ruínas maias não foram afetadas.

         Em Quetzaltenango (lugar de abundância de quetzais – o quetzal é o pássaro símbolo da Guatemala -), a uns 160 km da Capital, no meio do imenso mercado a céu aberto, uma pequena igreja antiga, toda branca e mantida em pé graças a escoras de  troncos de árvores que a cercavam. Seu chão parecia ser formado por estrelas, tamanho o número de velas acesas, a única iluminação. No meio delas, homens e mulheres indígenas, cada um segurando instrumento feito de uma lata furada presa a cordas, fazendo as vezes de turíbulo. Nas latas, brasas e uma mistura de folhas. Oravam em sua língua e caminhavam entre as velas, movendo seus turíbulos em longos arcos. Eram senhores das nuvens. Surreal, belo, tocante, primitivo. Nas orações, mais do que pedir, cobravam pelos pedidos feitos e não atendidos: pela vaca que acabou morrendo, a lavoura que não produziu, o filho que não se curou. Sinceros, sem qualquer hipocrisia.

         Esse quadro pleno de simplicidade e poesia é de um contraste brutal  com outro com o qual nos deparamos diariamente: a intolerância religiosa e o uso de Deus e do diabo para fins que, muito mais, servem ao segundo. Muitos, mesmo bem intencionados, com fé e uma vida exemplar, são levados a condenar qualquer manifestação religiosa diferente da que professam, qualquer cerimônia que não segue os estreitos cânones a que estão acostumados, e chamam o sincretismo de coisa do capeta, esquecendo que todas as religiões  têm um pé no sincretismo, embora o neguem de mãos juntas. Fazem da fé,  sinônimo de intolerância.

         Talvez lhes falte um chão de estrelas bem simples e primitivo. Puro.     

                 

 


 

segunda-feira, 25 de março de 2013

LÍNGUA PORTUGUESA? ELA SABE TUDO!


                                                               Mila Ramos



Faz tempo que quero dizer isso.

Ivone Jacy Moreira é uma pessoa sábia, inteligente, dona do português escrito mais confiável que conheço, a melhor professora da Língua Portuguesa com quem convivi.

Trabalhamos juntas desde a antiga 5ª UCRE, ela como Orientadora de Ensino da Língua Portuguesa, sempre dando a Metodologia certa aos professores da Região Escolar, no norte catarinense.

Depois fomos para a UNIVILLE, a nossa Universidade.

Ali estudamos e nos formamos, (eu sai para um curso de especialização em Linguística) e voltei para assumir a Cadeira da minha ciência favorita. Ivone entrou depois, na saída da primeira titular da UNIVILLE, também Ivone, mas Ivone Cristoval.

Daí em diante, criei uma dependência quase emocional de sua sabedoria. Depois que ela lê um texto meu, eu respiro aliviada!

Desde aí venho aproveitando e explorando seu conhecimento. Ela foi revisora dos meus livros e , hoje, é a revisora de confiança de quem gosta de escrever e publicar.

Quando vou a sua Casa ficamos horas conversando sobre a dúvida que levanto, sobre um texto qualquer, e é incrível como ela sabe as manhas da nossa Língua, suas flexões, suas funções, seus acentos, porque isso é com S e não com Ç, porque isso é com X e não com CH, coisas que são confundíveis para todo mundo – mas não para ela.

 A Nova Reforma da Língua Portuguesa, seus acentos, seus hífens, o que tem e o que não tem mais, coisa que ninguém está obedecendo muito – especialmente os professores que corrigem as provas do ENEM -  foi assunto discutido, revisado, de um autor para outro, por uma tarde inteira.

Ivone é incansável quando se fala de Língua Portuguesa. É sua paixão, como a minha. Mas eu erro, ela não. Ela não erra nem quando fala! Sua voz é tranqüila, clara, pausada.

Não sei se ela produz, se faz literatura, nunca me mostrou um texto seu. Mas sei que se escreve, é perfeito. Diferente de mim, a quem ela vive elogiando os versos e a prosa, mas pode ficar uma vírgula fora do lugar, uma regência ( brabo isso, não?) aquivocada, coisas assim, como qualquer mortal...

Chego a pensar que, às vezes, forçar um pequeno erro, uma expressão coloquial dá  mais força ao texto, torna-o mais verdadeiro. Mas ela me diz que poeta pode, num verso, reduzir uma palavra, usar apóstrofe, um caso de apócope,  usar termos fora de uso,  mas  o escritor, na prosa, não deve errar, salvo sua personagem. Nisso penso como ela: o livro, qualquer que seja, precisa usar linguagem correta, porque a sua leitura ainda é o único meio de ensinar a linguagem correta à criança e ao adulto. Livro com erros de português é  vexatório para um cidadão. Tentaram, mas não deu!

Professores como Ivone Jacy Moreira e aqueles a quem ela ajudou a formar, transformam-se  em seguranças da Língua Portuguesa. Ela é o bastião onde a gente costuma se apoiar. E dá certo sempre.

Salve Ivone!

 Obs: O pior é publicar esse texto sem ela dar uma olhada.

domingo, 24 de março de 2013

TARDE DE CHUVA





INCOERÊNCIA



 

Na tarde de chuva mole e preguiçosa,

de meia claridade e calmaria,

de silêncio molhado e de luz morna,

eu estou só

e não queria...



               E estar só,

               na chuva mole e preguiçosa,

               faz-me de paz, de mansa coerência,

               faz-me entender desamor e, sem revolta,

               faz-me aceitar a tua ausência.



 A tua ausência,

na chuva mole e preguiçosa,

na meia claridade e calmaria,

dá-me uma paz tão fosca, tão vazia,

que eu não queria esta paz, eu te queria.

                                                    Mila Ramos/ 2003/ Chovia também...

Imagens colhidas no Google

UM ESPATÁCULO MARCIAL


NORWEIGAN MILITARY BAND
EXHIBITION

Sou fascinada por ritmo.
Minha poesia é marcada por ritmo (mesmo sem rima). Minha prosa, segundo José Eli Francisco, a bela voz do rádio de Joinville, é facil de interpretar porque é ritmada. Ele fala isso pelos textos comerciais que criei para o Comércio de Joinville, notadamente, da Drogaria e Farmácia Catarinense, gravados com sua bela voz.. Lembro de um deles, sobre um cosmético de nome "Voyage", que de tão perfeito texto e verso,  rodou todo o Estado durante muito tempo.

Pois muito bem, por amar o ritmo na arte, estou repassando para vocês um espetáculo de banda marcial.

O Ritmo acompamha o som da banda, a marcação da marcha unida e ainda a batida das armas.
Observe as reações da platéia! É de arrepiar!
Vale ver.

http://sorisomail.com/email/16993/exibicao-de-banda-militar--um-espectaculo-imperdivel.html

sexta-feira, 22 de março de 2013

NÃO SOU MAIS UM VOLUNTÁRIO






Gert, para quem não conhece, é um dos mais importantes engenheiros ambientalistas de Santa Catarina, fundador da APREMA em 1976, que foi a segunda associação ambiental do sul do Brasil.
Seu texto abaixo é um desabafo de alguém  desiludido, sem esperanças de ver nosso país tomar um rumo certo e seguro.
Concordo com você, meu amigo.
                             Mila Ramos 

Sou um critico desta merda de gente que habita um pedaço de terras abaixo da linha do equador.
Como critico que em 75 anos viu os trilhos desaparecerem, viu Juscelino entregar o Brasiuuuuuuuuu para as fabricas de camihões da Mercedes Benz, da Volvo,da Scania, etc. e desta forma tirar qualquer possibilidade do povo brasileiro emergir das dificuldades e entrar para sempre na banalidade e na escravidão do capital estrangeiro equiparando-se graças aos petralhas comunistas a uma BIAFRA. Em 2002, essa foi a opção do povo brasileiro afeito a maracutaias e vender o voto por um copo de cachaça.
Em Joinvillle então, nem se fala o nivel de escravidão ao qual o povo foi submetido. Não temos mais as nossas queridas firmas, como se falava no tempo da C.I. Germano Stein, do H. Carlos Hoepcke, da Consul do Stutzer, da CASA DO AÇO, da Arp, Centauro, Nylonsul, Lumiere, Marquardt, Gruba, Nielson, Tupý de Dieter Schmidt, Moveis Cimo, Fundição Muer, Fundição Barnack, Fundição Wetzel, Cipla do João Neto, Akross do Bruns e do Ninfo e por aí afora, nada mais ou pouco ainda resta. Hoje leio no jornal que tambem não é mais dos joinvilenses, que a Duque corre o mesmo risco que outras empresas correram e foram dinamitadas pela justiça trabalhista. O gigantesco ônus da sobrecarga de impostos e encargos sociais não conseguem mais competir com os produtos da China, que nos rouba a dignidade, a soberania o orgulho nacional. Some-se a tudo isso, os 7 bilhões de reais que arrecadamos todos os anos que vão direto para os gabinetes em Brasilia, donde voltam travestidos de PAC dinheiro nosso, que temos que tomar emprestado e pagar com juros do dia e de mercado.
As idéias brilhantes evaporaram e se misturaram a toda a corrupção que anda por ai praticada pelos partidos politicos que lutam ferozmente para indicar correligionarios para a SDR, para cargos comissionados na PMJ, para o reloteamento da CVJ e outras coisas mais, como descobrir os furos de caixa deixados por CARLITO petralha agora com barba na cara para não mostrar a vergonha que passa ao se defrontar com legitimos cidadãos que o afrontam.
A APREMA-SC como outras ONGs, falecidas e deterioradas por falta de ousadia e coragem, não tem espaços publicos e politicos para atuar no voluntariado. Os mesmos gatos pingados e herois não reconhecidos de sempre, envelheceram e perderam a força.
Novas gerações estão chegando as quais gostam mais de baladas, de passeatas da diversidade colorida, de carnaval, de Planetas Atlantida, de arenas de futebol o novo sistema de fazer sumir montanhas de impostos e inferninhos noturnos, pilotando carros de luxo com alto som e suspensões rebaixadas, emplacados por uma nova POLICIA que nas BLITZES que realizam na cidade com contingentes inteiros de policiais nas armadilhas viárias, param carros de familia, contratam inumeros cegonheiros para apreender carros que tem pneus um pouco gastos, ou farois queimados,mas não param os motoqueiros que disparam tiros contra essa mesma guarnição. Tambem não param os amarelões da GIDION, TRANSTUSA, VERDES MARES, apesar da grande fumaça que expelem para nossos narizes e roupas, tambem não param os mais de 3.000 caminhões velhos carcomidos que trafegam perigosamente em nossas vias com caçambas furadas, não licenciadas, e sujando as ruas. Não essa clientela não é parada nas BLITZES da PM e CONURB.
Não temos agenda por que o Brasil não funciona mais do lado do bem. Basta ser bandido para garantir a eleição. O povo não vota em gente honesta por que ao elegê-los, não terão favores, empregos de comissionados, salarios do caixa do contribuinte sem trabalhar, motreta nas licitações na compra de tudo e principalmente medicamentos e merenda escolar.
Não temos agenda infelizmente.
Perdemos o que demais sagrado tinhamos. A HONESTIDADE, A ÉTICA E A CIDADANIA COM COMPROMISSO.
Hoje digo com toda a certeza dos 75 anos vividos nessa pocilga, que não valeu a pena ser brasileiro.

Gert Roland Fischer







 

quarta-feira, 20 de março de 2013

NÃO FUI A ROMA



Certas notícias, nossa Presidente deveria  manter fora da própria mídia petista porque, quando resvala na mídia dos comuns, o público fica sabendo dos desvarios, dos desatinos que seu partido pratica contra seu próprio povo, contra seus próprios pobres.
Tirar do meu bolso para dar as infinitas bolsas que o povo brasileiro pobre está necessitando, vá lá, eu me conformo.
Mas, do meu bolso, roubar a fortuna que  Dilma gastou na comitiva que deveria representar o espírito religioso dos brasileiros católicos, essa eu não vou calar nunca!
Quero ver a prestação de contas destes gastos.
Primeiro quero saber porque Dilma (e seu imenso séquito)  não se hospedou no palacete que o Governo Brasileiro tem em Roma. O Embaixador poderia até não estar, mas a Embaixada estava lá. Ou está abandonada?
Segundo, quero saber quantas pessoas foram em (nosso) avião da  Presidência e quem eram elas.
Quero saber, também,  quanto custou o aluguel dos vinte e um carros que serviram tão importantes personalidades.
De quanto foi a diária de uma pessoa no tal hotel em que tão importante comitiva ficou hospedada.
Por que quatro dias de estada em Roma, se a Presidente seria recebida no dia seguinte, pelo simples e  despojado Papa Francisco?

O povo brasileiro tem direito a essas informações para que possa saber, o que faz uma Presidente que  extirpa do bolso do brasileiro comum, uma dolorosa quantia a título de Imposto de Renda, de imposto da banana, de imposto do ovo, da farinha, do café sempre ralo, do açúcar e do adoçante, muitas vezes do cigarro e da caninha, "calmantes" da fome do mais pobre. E não me venha com essa história de limpar o imposto da cesta básica porque todos os brasileiros compram esses produtos,  no seu dia a dia. Quantos brasileiros não comem arroz e feijão, bife, frango ou peixe? Eu gasto com a minha cesta básica.
Quero saber quanto dinheiro foi gasto do caixa brasileiro, na hora de levar gente que eu não sei quem é e o que foi fazer em Roma, na hora de homenagear um Papa que se apresenta ao povo católico do mundo todo, como um humilde servo de Deus?

Menos, Presidente, menos!

Tomara que eu precise pedir desculpas à Senhora pela raiva que estou sentindo agora, ao ler os comentários da mídia sobre sua grande comitiva para representar o Brasil em Roma.
Tomara!
Porque senão os seus eleitores, na imensa maioria, o povo mais simples,  vai ficar sabendo porque a senhora não levou um deles para ver o Papa, porque tinha um monte de gente mais importante do que eles, para levar.
Tinha gente mais importante do que eles para ir passear de avião e ir a Roma  ver o Papa, quem sabe um grande sonho de muitos deles...

Tomara, Presidente , que eu esteja gritando de tola por conta do meu dinheirinho suado desde meus 18 anos, como professora primária, e que seus impostos levam quase todo. Sempre quis ver o Papa, hoje, aos 80 anos, não tenho mais saúde para tanto. 
Mas, naquele tempo, como tanta gente, em sonhava ver o Papa.
Nunca vi.
Nunca vi.
Mila Ramos

terça-feira, 19 de março de 2013

VOCÊ TEM MEDO DE GRIPE?





Minha amiga Berenice enviou-me estas recomendações para cuidados na época da gripe, o inverno (e eu, como tenho pavor dela) vou me cuidar!
Repasso para os "interessados" em evitar esta inimiga de idosos e pessoas com pouca resistência.
Saúde!
Mila Ramos


 

Segundo os jornais, vamos ter um surto de gripe lá para meados de Março( estamos nele, já!). Assim reenvio esta recomendação/aviso que recebi hoje e que vou seguir escrupulosamente.
"As únicas vias de acesso para o vírus da gripe são as narinas, a boca e a garganta e, apesar de todas as precauções, é praticamente impossível não estar em contato com portadores do vírus que a promove. Contudo, alerto para o seguinte: o problema real não é tanto o contato com o vírus, mas a sua proliferação. Enquanto estamos em boa saúde e não apresentamos sintomas de infecção da gripe , há precauções a serem tomadas para evitar a proliferação do vírus, o agravamento dos sintomas e o desenvolvimento das infecções secundárias.
Eis algumas precauções:
1. Como mencionado na maior parte das publicidades, lave as mãos frequentemente.
2. Evite, na medida do possível, tocar no rosto com as mãos.
3. Duas vezes por dia, sobretudo quando esteve em contato com outras pessoas, ou quando chegar em casa, faça gargarejos com água morna contendo sal de cozinha. Decorrem normalmente 2 a 3 dias entre o momento em que a garganta e as narinas são infectadas e o aparecimento dos sintomas. Os gargarejos feitos regularmente podem prevenir a proliferação do vírus. Não devemos subestimar este método preventivo simples, barato e eficaz. Os vírus não suportam a água morna contendo sais.
4. Ao menos uma vez por dia, à noite, por exemplo, limpe as narinas com a água morna e sal. Assoe o nariz com vigor, e, em seguida, com um cotonete mergulhado numa solução de água morna com sal, passe nas duas narinas. Este é um outro método eficaz para diminuir a propagação do vírus.
5. Reforce o seu sistema imunitário comendo alimentos ricos em vitamina C. Se a vitamina C for tomada sob a forma de pastilhas ou comprimidos, assegure-se de que contém Zinco, a fim de acelerar a absorção da vit. C.
6. Beba tanto quanto possível bebidas quentes (chás, café, infusões etc.). As bebidas quentes limpam os vírus que podem se encontrar depositados na garganta e em seguida depositam-nos no estômago onde não podem sobreviver, devido o pH local ser ácido, o que evita a sua proliferação."
Amigo (a): Será uma grande contribuição se você fizer chegar esta mensagem ao maior número de pessoas possível.
Imagens colhidas no Google

sábado, 16 de março de 2013

A ALEGRIA NA SURPRESA


O que é bom saber sobre o Papa Francisco.
                                                                                                              


O Espírito Santo não deixa de nos surpreender.

Contra toda a parafernália dos meios de comunicação social

e dos seus candidatos e das casas de apostas, a boa-nova do dia explodiu:

Francisco, o papa da Surpresa.

- A surpresa da sua procedência: o primeiro jesuíta, o primeiro da América Latina e o primeiro não europeu em mais de mil anos: os irmãos cardeais foram procurá-lo quase no fim do mundo… Roma e a Europa deixaram de ser o centro do mundo.

A viragem é do centro para a periferia.

Dos palácios para as cabanas.

Da lógica do poder para a lógica do Serviço.

Da força da diplomacia para o dinamismo do Evangelho.

Da cabeça emproada para uma atitude de humilde inclinação
 diante do povo, suplicando a sua oração…

- A surpresa do nome que ele escolheu: Francisco. Pela primeira vez na história. A carga simbólica, profética e programática de um nome: Francisco de Assis, o Poverello, o renovador da Igreja e da Humanidade, o santo da simplicidade e dos pobres, o santo da fraternidade e da radicalidade do Evangelho a toda a prova. Francisco de Sales, o santo da ternura e da bondade.Francisco Xavier, o missionário de uma Nova Evangelização.

- A surpresa do número 13: Francisco foi eleito papa no dia 13 do 03 de 2013. A soma de todos estes números: 13. Tem 76 anos: 7+6 = 13. “Papa Francisco” tem 13 letras. “Papa argentino” também tem 13 letras! Foi eleito 13 dias depois de resignação de Bento XVI.

Nossa Senhora de Fátima, a Senhora dos 13 o abençoe e proteja!

- A surpresa de alguns dos seus livros: Reflexões de esperança (1992), Diálogos entre João Paulo II e Fidel Castro (1993), Corrupção e pecado (2006), O verdadeiro poder é o serviço (2007), Mente aberta, coração crente (2012)



Francisco, o papa amigo dos pobres,

apreciador da ópera,

fã de futebol…

Vem, Francisco! Vem outra vez!


 

a biografia do papa Francisco

http://www.snpcultura.org/francisco_i_perfil.html#.UUGsnSVOMVE.email




sexta-feira, 15 de março de 2013

OS PÁRIAS DA PÁTRIA




                  

 Acho que tem gente demais mandando no Brasil. Ou ninguém.

Tem gente que pode fazer o que quer, viver em férias, num acampamento nas melhores e mais cuidadas fazendas do nosso interior, não pagar imposto nem aluguel e ainda se dar ao luxo de derrubar árvores, destruir tudo, roubar e fingir docemente que só queria plantar feijão...

Aliás, essa gente sempre diz que planta para as famílias poderem se alimentar. Coisa nenhuma, ninguém colhe nada e, como saco vazio não fica em pé, o Governo dá alimento. Vivem muito bem, e a vida deles é um eterno feriado. Só sendo do Governo para levar um vidão desses a sério.

Eu só queria que eles não fossem vândalos, apátridas, vadios.

Eu até poderia sustentá-los com os impostos absurdos que pago todos os dias para que o Governo – seja ele quem for - sustente, inexplicavelmente, esses delinquentes.

Mas queria que eles se comportassem bem, sem causar as cenas degradantes e de horror que veem praticando para que todos os brasileiros assistam na TV, a destruição do nosso progresso, seja ele na agricultura, na ciência , no patrimônio público.

Eu só queria que eles não fossem os párias da sociedade brasileira.

 
Mas são.

E sendo, a Justiça alega que não pode puni-los porque não têem identidade jurídica.

Na verdade, o que está evidente é que  os politicamente corretos - que são muitos no Ministério Público e no Judiciário – não encontram, nas leis brasileiras,  uma forma de acabar com o abuso que nos massacra. E os governos, particularmente o federal, também.

Medo de diferentes origens: o Governo de Lula teve medo de perder os votos dos sem terras – já que eles não têm identidade jurídica, não vamos gastar letra maiúscula com eles – e preferiu, o ex Presidente, que destruíssem o bem de quem trabalha e produz, ao custo da covardia.

A Presidente de hoje não faz nada para minorar os atentados que sofrem as invasões e a destruição do bem individual de brasileiros, e eles, os sem terra, continuam por aí, destruindo laboratórios,  invadindo fazendas cuidadas e produtivas, assentando-se na beira das rodovias, mostrando filhos pequenos barrigudos para inspirar as benesses do Governo, quando não estão destruindo salas e repartições públicas que o nosso dinheiro bancou.

 

O Ministério Público – pequena  parte dele tem medo de ser desrespeitado pelo poder ou de ser mais um maldito. O Judiciário depende do Ministério Público para citá-los e dá graças a Deus quando a praga não chega até lá.

 Enfim, uma corrente desajustada de mediocridades que favorece desordeiros de um bando sórdido.

Não são brasileiros, com certeza! São imbecis que agem  para fortalecer crápulas daqui e de fora, pagos para perverter os ideais democráticos.

 

Indignação é o nome do que sinto.

 

Às vésperas de pagar o Imposto do Leão que leva quase 30% do que recebe uma idosa aos 80 anos que, por não ter mais dependentes,  fica à mercê das as exigências que a cabeça bem dotada da Receita Federal  pode criar,  e  levar o meu muito trabalhado salário de professora aposentada e pensionista de um trabalhador e ex combatente.

Enquanto isso, devo ainda dar a cesta básica para os militantes sem terra não fazerem nada a vida toda.

 

Se Lula esquecesse, por instantes, a glória efêmera do pranto convulso pela conquista olímpica de anos atrás, e sua seguidora mais respeitasse o voto que a elegeu Presidente de um Brasil adolescente, sem saúde, de mendigos nas ruas e de crianças sem escola, talvez enfrentasse o bando de párias da sociedade brasileira.

Mas qual?

..................................................Mila Ramos

quinta-feira, 14 de março de 2013

CLARINADA


                                                                                 Mila Ramos

 
Eu quero a noite clarinada de lua,
a lua toda respingada de chuva,
e a chuva toda molhando a minha sede!
 
 Eu quero o amor recém chegado,
 barulhento, alardeante,
 escancarando as portas do   templo da paixão,
 cheio de lua,
 de chuva,
 de sede!
 
                                   
 
 
 
 
Minha poesia é assim, cheia de paixão !