sexta-feira, 26 de abril de 2013

MÃE ABSOLUTA

Minha Mãe Emília,
com imensa
saudade.
 
             




Sou mãe absoluta,

absolutamente mãe,

infinitamente mãe

de filhos e de netos,

bisnetos,

mãe de família,

nomeada por Deus

para  cargo de duração ilimitada,

para a vida e para a morte!.

Mãe, absolutamente mãe!

 

E quem de nós , mulheres, não o é?!

No dia e na noite,

nas horas felizes ou nas horas de açoite

das dores do corpo e da alma.

Mãe de nenês,

mãe de belos marmanjos,

de meninas sempre as mais lindas

entre todas mil,

Miss Brasil,

do meu país órfão,

sem mãe absoluta!

 

Mães absolutas,

integrais,

irrestritas,

de todas as terras,

de todos os mundos,

mães de filhos mais que especiais,

mães de filhos de todas as idades,

de todas as cores,

de todas as classes,

mães de filhos bandidos

que só elas têm coragem de amar,

e amam!

Mães de filhos famintos e barrigudos,

olhos esbugalhados

e boca sôfrega sugando um seio vazio...
Mães sem leite e sem fé...

 

Mas todas mães absolutas como nós

- por Deus !

Mães feras,

constantemente à espreita,

atentas, fiéis, eternas,

prontas para a defesa

de seu maior e mais precioso  bem

-  seus filhos!
__________________
                                        Mila Ramos/ Dia da s Mães, 2013




quinta-feira, 25 de abril de 2013

SÍLVIO GENRO CONTA HISTÓRIAS



Sílvio Genro: ainda não li suas poesias, mas li seus contos cheios dela.

Escorre de seus contos a lindeza de uma infância com a alegria de uma bicicleta e a tristeza de uma Chica Bacuda que nunca sorria.. Às vezes, imagino Sílvio Genro como um menino triste, outras vezes, como um poeta já resplandecente nas histórias de sua infância. Alegre mesmo, nunca. O que terá feito dele um contista de lamentos passados, vertendo, quem sabe, a poesia cheia de encanto que faria mais tarde, essa, a que não conheço...? Ou é só a saudade de uma infância feliz que ele chora hoje?

 
" O único guri da galáxia que ainda não possuíra e nem provara do prazer que elas proporcionam ao imaginário infanto-juvenil, caprichosamente, era eu. E elas eram lindas, fascinantes, esquias, curvas suaves, cobiçadíssimas, todas elas. E eu as acariciava com meu olhar embevecido..." (SUA BICICLETA)

 

"Foi Papai Noel que te deu essa bruxinha, foi?

- Bruxinha, não! O nome dela é Brigite". Em RETALHOS

 

."No buquê bruto das lenhas brota um punhado de brasas com seus cacos de calor, quais por-de-sóis se apagando. No cemitério das cinzas, jazem os restos mortais do que fogo foi.
- Só o inverno segue aceso." O poeta fala em FOGO FRIO


"O tordilho batia cascos num trote largo que, às vezes, quase virava em galope...
O cavalo e ele sabiam de cor e salteado o caminho de volta aos pagos...
As lembranças batiam cascos num trote largo que, às vezes, quase virara galope..." vem o ritmo da poesia que virou conto em O DUELO.

 Uma leitura doce, porém viva, saudosa, porém real, agradável como um passeio antigo nas paisagens da infância.

Ricardo P. Duarte, que introduz a arte de Sílvio Genro no livro O SERESTEIRO,

tem a felicidade de qualificar nosso escritor como ''terra, árvore e raiz.'' Eu queria ter dito isso.

Sílvio Genro e tudo isso, sendo poeta nos contos que faz.

Um bela leitura para um final de semana, com a ternura dos desenhos de Bruno Mendes.



Editora PROA Ltda, rua Bento Martins, 2653, sl 201 fone55 3402 0511
www.edicoesproa.com.br
Mila Ramos

domingo, 21 de abril de 2013

A VIDA MODERNA QUE LEVAMOS





Um amigo Doutor me disse, comentando um artigo meu, aqui publicado, sobre as difíceis relações entre atendentes e atendidos, e que tal comportamento é o resultado da solidão em que vivemos.

Como não concordar com meu Doutor?

Uma TV para cada um, refeições em horários diferentes, horas "dentro" do laptop, na solidão do quarto, férias separadas, um celular que só é usado para ligar para os amigos - se a mãe ligar para saber onde o filho está e com quem, "vai pegar mal".

Enfim, um desencontro quase total.

Tudo leva a isso. É a vida moderna.

Nós, os mais antigos, talvez não tenhamos cometido tantos erros porque TV, celular e computador estavam ainda só na imaginação dos cientistas. Era um radinho de pilha e olhe lá.

Hoje colho, na internet, uma página anônima que faz bem:


“"Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito tarde, acordamos muito cansados, lemos pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldades em cruzar a rua para encontrar um vizinho. Fizemos coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; de lucros acentuados e de relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
A era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das "rapidinhas", dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e pouco na dispensa.

Lembre-se de passar mais tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se de dar um abraço carinhoso em seus pais, de dizer eu te amo à sua companheira(o) mas, em primeiro lugar, se ame muito.
Um beijo, um abraço curam a dor, quando vêm lá de dentro.
Valorize sua família."”
................................................................
 
Como veem, na web não tem só lixo!
Se o dono(a) encontrar seu texto por aqui, pode assinar.
                       Pesquisa e comentário de Mila Ramos

sexta-feira, 19 de abril de 2013

MY WAY

Aos meus leitores, uma das músicas mais lindas do mundo.
Mila Ramos

MY WAY
O violinista, maestro e compositor holandês ANDRE RIEU e sua

maravilhosa orquestra, renderam tributo a FRANK SINATRA executando a

canção MY WAY.

O som de seu violino Stradivarious emocionou todos os 5500

espectadores presentes no Radio City Music Hall de New York.

Merecida homenagem!

Cliquem no link abaixo


Autor: P.Anka , C.Francois , J.Revaux

 
 

LETRA

And now, the end is near 
And so I face the final curtain 
My friend, I'll say it clear 
I'll state my case, of which I'm certain 

I've lived a life that's full 
I've traveled each and ev'ry highway 
But more, much more than this 
I did it my way 

Regrets, I've had a few 
But then again, too few to mention 
I did what I had to do 
And saw it through without exemption 

I planned each charted course 
Each careful step along the byway 
But more, much more than this 
I did it my way 

Yes, there were times, I'm sure you knew 
When I bit off more than I could chew 
But through it all, when there was doubt 
I ate it up and spit it out 
I faced it all and I stood tall 
And did it my way 

I've loved, I've laughed and cried 
I've had my fill; my share of losing 
And now, as tears subside 
I find it all so amusing 

To think I did all that 
And may I say - not in a shy way 
"No, oh no not me 
I did it my way" 

For what is a man, what has he got? 
If not himself, then he has naught 
To say the things he truly feels 
And not the words of one who kneels 
The record shows I took the blows 
And did it my way! 

TRADUÇÃO

E agora o fim está próximo 
Então eu encaro o desafio final 
Meu amigo, Eu vou falar claro 
Eu irei expor meu caso do qual tenho certeza 

Eu vivi uma vida que foi cheia 
Eu viajei por cada e todas as rodovias 
E mais, muito mais que isso 
Eu fiz do meu jeito 

Arrependimetos, eu tive alguns 
Mas então, de novo, tão poucos para mencionar 
Eu fiz, o que eu tinha que fazer 
E eu vi tudo, sem exceção 

Eu planejei cada caminho do mapa 
Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho 
Oh, mais, muito mais que isso 
Eu fiz do meu jeito 

Sim, teve horas, que eu tinha certeza 
Quando eu mordi mais que eu podia mastigar 
Mas, entretanto, quando havia dúvidas 
Eu engolia e cuspia fora 

Eu encarei tudo e continuei de pé 
E fiz do meu jeito 

Eu amei, eu ri e chorei 
Tive minhas falhas, minha parte de derrotas 
E agora como as lágrimas descem 
Eu acho tudo tão divertido 

Em pensar que eu fiz tudo 
E talvez eu diga, não de uma maneira tímida 
Oh não, não, não eu 
Eu fiz do meu jeito 

E pra que serve um homem, o que ele tem ? 
Se não ele mesmo, então ele não tem nada 
Para dizer as coisas que ele sente de verdade 
E não as palavras de alguém que se ajoelha 

Os registros mostram, eu recebi as pancadas 
E fiz do meu jeito 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

GOTA


 

       
                                              (em memória de Oswaldo França Júnior)

 

 

Vou colher                        

uma gota de orvalho e congelar

em nitrogênio líquido,

como fazem com  gente.

 

Logo logo

uma preciosidade do mundo será minha!

Quando a água acabar nas minas sob a terra,

e o predador secar a última cisterna,

terei

uma raridade!

 

Serei, então, rica
Google


e infeliz,
 
sedenta, murcha, morta

 
e com uma gota de orvalho

 
congelada

 
em um tubo de ensaio.

 

 

_Pra quê?

 

                     Mila Ramos                      

terça-feira, 16 de abril de 2013

CARTA À EMPREGADA DOMÉSTICA

Minha Prezada Empregada Doméstica,
Quero cumprimentá-la porque, finalmente, a sua classe passou a ter os mesmos direitos do restante dos trabalhadores do nosso país. Agora as suas horas extras serão remuneradas, você terá direito ao FGTS, seguro desemprego, intervalo na jornada de trabalho e mais uma série de benefícios. Parabéns pela conquista!!!
Mas, posso informar-lhe que, para mim, pouca coisa mudará... Afinal estou acostumada ao dia a dia do mercado de trabalho e, com certeza, saberei me adaptar rapidamente às novas regras. Apertando um pouco mais o orçamento, conseguirei pagar todos os ônus da nova lei, porém me preocupo com o novo tratamento que terei de dar a você, pois “para todo bônus, o seu ônus”.
Você será reconhecida por mim, financeiramente, mas precisará comprovar-me que está apta a ser tratada como profissional. Adeus às velhas desculpas de que o ônibus atrasou... Agora tenho que registrar sua entrada e sua saída, para computar as horas extras a que você tenha direito...
Não me peça para não descontar suas faltas! Inevitavelmente terei que contribuir para um fundo de garantia por seu tempo de serviço [FGTS] e, por isso, você precisa vir trabalhar.
Lembre-se, também, que não aceitarei as desculpas de que você não sabe cozinhar, passar, lavar roupas, pois estas aptidões são necessárias para o seu trabalho. Siga as minhas orientações e cumpra as minhas determinações.
Para atender às necessidades do meu lar, tal como acontece nas empresas (veja o comércio), busque a capacitação e a reciclagem, esteja atenta às boas relações interpessoais, para que eu possa honrar com prazer os seus direitos ora adquiridos.
Não vale mais ser doméstica e estudar datilografia (ah! Isso era antigamente, agora é informática...), ou passar horas mexendo e aprendendo tudo do celular ou ouvindo radinho sem se importar em esmerar-se para atender às necessidades do meu lar, pois isso é o que o seu emprego requer!...
Deixe o lazer para o período de descanso... Você alcançou uma posição privilegiada, é uma profissional com todos os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho, igual a qualquer empregado de uma empresa, embora meu lar e a minha família não se enquadrem nessa categoria e não tenha fins lucrativos. Portanto, acostume-se a ser advertida. Afinal, tarefas não realizadas contarão também para demissão por justa causa. Prejuízos ocasionados pela má utilização dos pertences de minha residência [seu local de trabalho], serão tratados como patrimônio, que você terá obrigação de zelar e ressarcir-me, caso venha a danificá-lo. E isso inclui as minhas roupas que você costuma manchar ao lavar e/ou queimar ao passar. Mas não se preocupe, quando eu fizer a reposição do item por outro igual, apresentarei o cupom fiscal a você.
Sentirei no bolso, é verdade, mas a grande privilegiada será você, pois até que enfim alguém pensou em sua classe, no seu crescimento pessoal e profissional, espero que com a aquisição de todos esses benefícios você consiga manter-se no mercado de trabalho , buscando sempre o aprimoramento profissional.
Espero, ainda, que esse pouco dinheiro que chegará às suas mãos, uma vez que grande parte dele vai mesmo ficar para o governo, lhe dê condições de sustentar a sua família, pagar os cursos que você precisa fazer e ainda assim ser a amiga e companheira que nos auxilia ao longo de nossas vidas.
Atentando para tudo isso, nossa relação de amizade não sofrerá a menor mudança. Respeito o seu trabalho, preciso de sua ajuda em meu lar e confio no seu potencial. Por isso, espero que essa nova lei seja um marco para nós duas.
Um abraço e muito sucesso para você!
Sua agradecida patroa.
(recebida via e-mail FROM LUIZ, desconheço o autor)



QUASE, FOI POR POUCO



Quase que Dilma Rouseff me engana!
Cheguei a ficar fria de susto mas, felizmente, passou.
Ela é mesmo a dirigente petista que foi colocada lá para guardar a vaga para o Lula. Agora não há mais dúvida.
Mas que eu levei um susto, levei.
Pensei que ela era a presidente eleita que se revelou, alguns meses depois de eleita, uma dirigente capaz e livre de influência dos líderes do partido do ex-presidente, enfrentando os biltres do PT e de amigos do alheio.
Fiquei imaginando que eu havia deixado de votar nela para votar no Serra e que ela estava se revelando uma presidente de mão cheia, séria, valente, administradora, etc, etc, etc.
Mas, não! Eu não me enganei!
Ela é mesmo um capacho de Lula.
 
Quando a vejo empolgada com a próxima eleição, deixando de lado o exercício do Poder de Governar para envolver-se com o apadrinhamento de futuros cabos eleitorais, abraçando e sorrindo para os dirigentes desonestos que desfiguraram aquela presidente que eu pensei que Dilma fosse, fico pensando: que bom que não sou uma das responsáveis por este desgoverno brasileiro.
Agora a governante quer baixar a inflação, mas o Ministro diz que vai ter de aumentar os juros; quer melhorar a educação, mas as escolas continuam caindo aos pedaços no interior longínquo do país, os produtos da merenda são jogados fora -com certeza foram comprados de má qualidade- e os envios de dinheiro continuam indo para fora do país.
E as cambadas de ladrões continuam à solta.
E o pior: ela está cada vez mais dependente de Lula  e seu ministério é o exemplo fiel de incompetência.
Quando essas coisas vão mudar?
Quem vai entrar de sola contra essa balbúrdia?
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A COMISSÃO DA VERDADE


Por Luis Nassif - 26 Mai 2012
O ESTADO DE S. PAULO)

A Comissão da Verdade NUNCA foi uma demanda da sociedade brasileira, que tem outras e muito mais reais preocupações, conforme pesquisa conduzida pelo próprio Governo através do IPEA. A população brasileira tem como primeira preocupação a violência de que é vítima nas ruas, nas casas, nas escolas, nos latrocínios, nos arrastões, violência essa que parece não incomodar a mínima a esquerda que no seu subconsciente acha que o assaltante é ao final um coitadinho que apenas está fazendo justiça social.

A Comissão da Verdade é um PROJETO político da esquerda radical, que não está nem aí para as famílias das vítimas, usadas como cobertura do projeto e sim com o CAPITAL POLITICO que pretende gerar com essa Comissão, emparedando as Forças Armadas para ao final enfraquecê-las.

Os governos pós-regime militar não se arriscaram com esse projeto, nem o próprio Lula se entusiasmou com a instalação dessa comissão, o atual Governo, não obstante o equilíbrio e a sensatez da Presidente Dilma, pareceu sem forças para resistir a essa investida da esquerda radical e tentou minimizar a pressão com a indicação de dois nomes mais centrados, José Carlos Dias e Gilson Dipp, o que de imediato gerou protestos dos radicais, que queriam uma Comissão 100% esquerdizante.

O custo político para o Governo será alto.

No meio militar não há ilusões quanto às reais intenções dos "pais" dessa Comissão, especialmente do seu obvio "líder", Paulo Sérgio Pinheiro, o mesmo que operou, de dentro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde era Vice-Presidente, a montagem do processo originário de uma denúncia de parente de guerrilheiro do Araguaia, apresentada em 2009 que evoluiu para um processo de condenação do Brasil na Corte de São Jose. Paulo Sérgio Pinheiro, um típico esquerda de salão de nível internacional, é determinado, preparado, bem conectado e tem um projeto definido, conhece como ninguém os bastidores desse movimento internacional de direitos humanos aparentemente neutro, mas na realidade cabeça de ponte de objetivos muito mais altos.

Em um momento que o Estado brasileiro deveria dar a partida para um grande projeto de 'upgrade' de suas Forças Armadas, para elevá-las ao nível de importância do Brasil na ordem global, considerando que o Brasil está MUITO ABAIXO dos outros BRICs no potencial militar, neste momento crucial o Estado brasileiro se dá ao luxo de desprestigiar ao máximo suas Forças Armadas ao colocá-las no banco dos réus como se marginais fossem, detonando um capital vital para a operação militar, qual seja o prestígio e o apoio que o Estado dá à sua Instituição Militar.

Os outros grandes emergentes, a Rússia, a China e a Índia jamais cairiam nessa armadilha e suas Forças Armadas, se fosse possível um ranking de violência, fariam as nossas serem inocentes escoteiros, mas nenhum desses grandes Estados cogitou de colocar suas forças armadas como rés de um processo público de desmoralização avalizada pelo Estado.

Não venham com o exemplo do Chile. As Forças Armadas chilenas são a instituição mais forte do País até hoje, as forças mais bem equipadas da America Latina, não houve nenhum processo de julgamento da Instituição Militar chilena, cujo currículo de violação de direitos humanos é infinitamente mais pesado do que se acusam as do Brasil e olhe que o Chile em população é menos de um décimo da que é o Brasil. A Instituição Militar chilena manteve toda sua estrutura intacta, sua participação no Orçamento é vinculada à arrecadação, nunca tiveram falta de verbas ou sucateamento.

Os processos de saída dos regimes militares argentino, chileno e uruguaio foram completamente diferente do brasileiro, suas anistias foram auto-concedidas e não negociadas e se referiram apenas ao lado militar e não aos seus adversários, portanto comparar os processos é uma fraude intencional.

Como diria o Príncipe de Talleurand, esse projeto mais que um crime, é um erro e o Brasil nada ganha com ele. O resultado de Forças Armadas desmoralizadas é que no futuro os jovens não mais verão na carreira militar um atrativo, ninguém quer atrelar seu futuro a uma Instituição enfraquecida, tampouco um jovem vai fazer sacrifícios em favor de uma corporação desmoralizada, um País das dimensões do Brasil fará uma loucura em tornar dispensável uma das mais importantes Instituições que formaram o País através de séculos de História.




Lembre-se sempre:

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".

Esta é uma comunicação oficial do Instituto Endireita Brasil. Reenvie imediatamente esta mensagem para toda a sua lista, o Brasil agradece.

terça-feira, 9 de abril de 2013

CORTICEIRA



                                              Mila Ramos

...o tronco da corticeira

 deixa-se esfolar,
 
arrebatar sua casca, 
 
verter-se em seiva,

mostrar-se em carne viva,
 
doar-se  úmida...

                               Depois,

                               nove, dez anos de silêncio
                              
                               e dor,

                               de tempestades e raios

                                e dos raios do sol,

                               de escuridão e vento,

                               para  então,
                              
                               cobrir as suas cicatrizes.

_ Com a gente é mesmo assim!
(Fotos colhidas no Google)

OBS: Procurei uma foto de uma corticeira descascada para produção de cortiça,
mas não encontei alguma que pudesse copiar para mostrar aqui.
No site da http://www.corticeirapaulista.com.br/  há uma, mas impossível de copiar.

Mila Ramos

domingo, 7 de abril de 2013

ÁRVORE-VIDA

Foto de Mila Ramos


 

                                                              
 




Somos árvores,

-planta-vida,

floresta ou matagal,

caatinga ou manguezal,

sempre árvores

na relação homem-terra!

                      Se  nasce um filho,

                      são mudas

                      de nós mesmos:

(Google)
                  plantadas no chão,cuidadas

                  - por vezes tão podadas –

                   e repassadas

                                       à floresta humana.

 

Só bem mais tarde,

os brotos- ou enxertos,

 forquilhas já vingadas,

crescem por si,

crescem por nós. 

Misturam-se cores e odores,

planta-flor,
(Google)
planta-fruta.

 
E aí, somos capazes de recriar nosso eu,

remontar, peça por peça,

castelos demolidos,

de refazer atalhos já perdidos

e de fertilizar, outra vez,

 sementes germinadas.

 

E a metamorfose é lenta,

tão cheia de ternura e lida,

desperança e fé, 

que nos refaz

plena de amor e vida.      
________________________________________         Mila Ramos         

Foto de Raquel Ramos dos Anjos