Para quem gosta de curtir a música clássica naqueles momentos em que não se quer barulho, somente. Para quem quer a leveza ou a força de um clássico.
Bons momentos.
Sapiens, ut
loquatur, multo prius consideret (São Jerônimo) – Para falar, o sábio
deve antes muito meditar. (José Serra)
|
||
Sapientis est mutare consilium - É próprio do sábio mudar de opinião. (Lula)
Semper homo bonus tiro est (Marcial) – O homem bom é sempre um aprendiz. (
Sententia facit de albo nigrum de
quadrato rotundum: A sentença faz
do branco preto e do quadrado redondo(Agamenon Magalhães, que teria dito:
“Aos amigos tudo... aos inimigos aplique-se a força da lei”)
|
||
Si caecus
caecum ducit, ambo in foveam cadunt - Se o cego conduz o cego, ambos
cairão na fossa. (Leonel Brizola)
Si fueris
Romae, Romano vivito more - Se estiveres em Roma, vive de acordo com os
costumes romanos. (Travesti brasileiro)
Si vis amari,
ama (Sêneca)
- Se queres ser amado, ama. (Ruth Cardoso)
Si vis pacem,
para bellum (Tucídides)
- Se queres a paz, prepara a guerra. (Ariel Sharon)
Sic transit gloria mundi - Assim passa a glória do mundo. (Gregory Peck)
Similia similibus curantur - Os semelhantes curam-se pelos semelhantes.(É o
princípio da medicina homeopática, exatamente o contrário da alopática) (Remédios genéricos)
Sine cura: Sem preocupações. (Funcionário público ativo ou inativo)
Sinite parvulos venire ad me - Deixai vir a mim os pequeninos. (Um padre católico
irlandês)
Sol lucet omnibus - O sol brilha para todos. (Nós os sem terra)
Substractum: A essência, o princípio da coisa. (Helene Rubinstein)
Supra summun: O mais alto grau; o mais acima de todos. (ITA)
Sutor, ne supra crepidam! Sapateiro, não vás acima das sandálias! (Plínio,
como sendo a resposta de um grande artista plástico ao ouvir a crítica de um
sapateiro à obra dele). Expressão apropriada para quando o outro tratar de
assuntos especializados, como estado mental de cliente. (Antonio Palocci)
Requiescat
in pace - Descanse
Res nullius - Coisa de ninguém, isto é, que a ninguém pertence
(Vide Res Publica)
Res publica: Coisa pública (o mesmo que Res Nullius)
Quae sunt
Caesaris Caesari
- A César o que é de César. (Brutus)
Qui cum
sapientibus graditur, sapiens erit (Vulgata) - Quem anda com os
sábios, sábio será. (São Pedro)
Qui gladio
ferit gladio perit -
Quem com a espada fere, com a espada perece.
(Saddam Hussein)
Qui multum
habet, plus cupit (Sêneca) - Quem muito tem mais deseja. (PC
Farias)
Qui nimis est
humilis, saepe calcatur in imis - Quem é demasiado humilde,
freqüentemente lhe pisam nos pés.(Dom Helder Câmara)
Qui non zelat
non amat (Santo
Agostinho) - Quem não tem ciúme não ama. (Hillary Clinton)
Qui pro quo: Uma coisa por outra. (Emendas do orçamento)
Qui stultus
exit, stultus revertetur - Quem
viajou néscio néscio regressará. (Lula)
Qui ventum
seminabunt et turbinem metent - Quem semear vento colherá tempestade.
(Deputado Babá)
Quid novi?: Que há de novo? Quais as novidades? (Oposição
brasileira)
Quis est haec
simia? (Afrânio)
- Quem é este macaco? (aplica-se ao plagiador). (Programa do PT)
Quo vadis? - Aonde vais? Pergunta que, segundo a lenda, teria
feito cristo a Pedro na Via Àpia, quando o apóstolo fugia da perseguição de
Nero. (Salário Mínimo) – (Política econômica brasileira)
Quod dubitas
ne feceris (Plínio) - Quando duvidares, não faças.
((Bush refletindo sobre a invasão da Coréia do Norte)
Quod non videt
oculus, cor non dolet - O que s olhos não vêem, não dói ao coração. (TV
Globo fora do ar)
Quod omnes tangit debet ab omnibus
approbari (Justiniano) - O que toca
a todos por todos deve ser aprovado
(Reforma
da Previdência)
Quod scripsi
scripsi
– O que escrevi, escrevi.(Sentença de um juiz corrupto)
Quod tibi non vis alteri ne facias - Não faças a outrem o que não queres para ti. (Um
homem feliz)
Par est fortuna laboris - A fortuna é companheira do trabalho. (Um
brasileiro honesto)
Pares cum
paribus facilime congregantur (Cícero) - Os iguais facilmente se
juntam com os iguais. (Os anões do orçamento)
Pax vobis - A paz esteja convosco. (Radicais do PT)
|
Alexandre GarciaMorreu na prisão o General Jorge Rafael Videla, condenado na Argentina a duas prisões perpétuas. Cumpriu só uma, pois não tem duas vidas. Se ainda tivesse, creio que faria tudo de novo. Morreu com a consciência tranquila de quem cumpre com o dever. Foi condenado porque assumiu tudo que se atribuiu ao exército durante a guerra em que foram derrotadas duas organizações que pretendiam estabelecer no país um regime igual ao de Cuba. Desde a morte dele, não li nos jornais nada que não fosse a história escrita pelos derrotados. Testemunhei parte da história real quando eu era correspondente do Jornal do Brasil em países do cone sul.O que vou contar está no livro que escrevi e que a Editora Globo lançou em 1990 e teve 12 edições, inclusive com várias semanas na lista dos mais vendidos. Nenhuma revelação de agora, portanto. Conheci o General Videla numa recepção na embaixada do Brasil, em 1975. Era general-de-brigada, sem comando, e, na conversa, disse que Brasil e Argentina desperdiçavam energias com a rivalidade, já que o verdadeiro inimigo estava dentro da Argentina, matando o povo para aterrorizá-lo e tomar o poder, aproveitando-se do governo fraco da viúva de Perón. Católico praticante, ía à missa com comunhão todos os dias. Foi carola até nos filhos: nove. Alto e magro, tinha o apelido de pantera-cor-de-rosa.Reencontrei-o um ano depois, quando eu cobria o encontro de exércitos das Américas, em Montevidéu. Ele já era comandante do Exército. E me confidenciou: “Olhe, hoje há uma guerra interna na Argentina. Mas uma guerra estranha, em que apenas um lado está lutando: o lado da guerrilha e dos terroristas do ERP e dos Montoneros. Em breve, eles dominarão a Argentina e o Cone sul, se não houver uma reação. Vai ser preciso entrarmos nessa guerra. Vai correr muito sangue. Pode ser o meu sangue ou de alguns de meus nove filhos. Mas será preciso correr sangue, ou não teremos paz.” Em 24 de março de 1976, ele tirou a presidente fraca sob o aplauso da nação, entrou na guerra e venceu. Ameaçado, 10 dias antes eu me mudara para Brasília, depois de ter sido sequestrado pelos Montoneros - a extrema esquerda - e perseguido de morte pela Triple A - a extrema direita. A partir de então, deixei de testemunhar os acontecimentos na Argentina.Agora leio as notícias da morte de Videla. Dizem que morreu de hemorragia causada por uma queda na prisão. E todas as notícias o responsabilizam por conduzir uma guerra suja. Ora, a guerra suja já existia. Uma bomba posta na lanchonete perto de meu escritório na Calle Florida obrigou os bombeiros a lavarem com mangueiras o sangue na rua. Metralhavam filas de ônibus para que o povo os respeitasse pelo terror. Tinham metralhadoras antiaéreas tchecas no território liberado de Tucuman; sequestravam e torturavam até a morte as suas vítimas. Mantinham tribunais revolucionários com execuções em seguida. Videla então entrou nessa guerra suja. E venceu. Não o perdoam por ter impedido um regime totalitário marxista na Argentina. Quanto a guerra suja, que guerra não é suja? Nem mesmo as dos exércitos do Papa. O lado aliado, na II Guerra, não relata a sujeira, porque a história é escrita pelos vencedores. Menos por estas bandas.====================
VALE
A PENA DEDICAR 5 MINUTOS PARA ASSISTIR!
| |||||
|
Mila RamosEu brincava com as crianças negras, de comadre. Lembro de uma amiga que era chamada por todos como Negrinha e eu a chamava de “Comadre Negrinha”. Não sei se ela ainda vive, mas gostaria de encontrá-la para falar sobre preconceito. Hoje, isso não faz mais diferença para mim nem entre alguns amigos e amigas, onde tenho negros que amo.
Ser preconceituoso é uma questão de tempo.
Aos poucos, todos vão-se acostumando com tudo...
Fui educada na época em que os negros eram empregados na casa e na chácara de meu avó e eram tratados muito bem. Mas que eram negros, não havia a menor dúvida.
Sobre gays, a coisa fica mais complicada ainda. Não, é claro, entre alguns amigos e amigas gays que tenho, mas pelo barulho que alguns militantes gays se arvoraram em criar, até no Congresso Nacional. Criou-se essa diferença doentia entre uns e outros habitantes da terra e os jornais encheram-se de anúncios polêmicos que, a meu ver, seriam desnecessários.
“ Na rua tal, nesta madrugada, dois gays foram assaltados e surrados por uma gangue ..”
Algum tempo atrás, se bem me lembro, a notícia era dada com “dois homens foram assaltados por uma gangue”..etc. e tal. Agora especificam que os atacados eram gays. Não eram pessoas, gente? Não eram homens? Então, a notícia deveria ser escrita diferentemente: “Dois gays foram assaltados por heretossexuais .“
Pelo visto, a preferência sexual dos brigões é mais importante do que seu gênero (“classe em que sua extensão, se divide em outras classes, as quais, em relação à primeira, são chamadas espécies”.( Aurélio)
Ou não tem mais?
A briga não era entre gente, homens ou mulheres, era entre duas classes que fazem sexo diferentemente. Uns com homens , outros com mulheres..
Enfim, entenda-se por que assombro-me com a atual exposição que se dá à preferência sexual entre os habitantes do planeta (ou isso é mais por aqui mesmo?).
Ora, deixem de lado essa implicância boba. Cada um ama quem ama e pronto! Quatro paredes e se faz o amor! Com quem quer, com quem gosta!Nunca fui mesmo partidária de expansões públicas de afeto, era assim no tempo em que namorava, e acho que as pessoas de bom gosto ainda preservam, para as quatro paredes, os seus despudores no amor.
Então, por que a disputa dos senhores do sexo aberto? Não têm casa? Não existe mais motel, quartos para alugar, cantinhos escondidos? Precisa ser a céu aberto para que todos saibam de seu gostos, no amor e os julguem?
Arre! Faça-me o favor! Discutir e fazer inimigos só para provar que são gays ou hêteros? Que amam diferentemente? Que há gosto para tudo? Isso, todos já sabemos.
Juízo, senhores da palavra apaixonada, dos gestos do amor! Amar é bom, eu sei. Mas tudo tem um limite!