Mila Ramos
Quando
baixa a maré
e a praia
fica nua
faz-se o
espelho da vida
na areia
estriada.
As ondas
marcam anos
cada vez
menores,
quando o
mar arrefece na vazante.
E, na maré
crescente,
- maré
cheia –
apagam-se
as sequelas da areia.
Parece a
vida
mas é
mesmo o mar...
Quantas
marcas se vão quando a vida é crescente...
Quantas
marcas vincadas na fúria das ressacas,
jamais desaparecem
na maré vazante...
E nesse
fluxo e refluxo de anseios,
se te
desse escolher,
qual das tuas
marcas o preamar apagaria?
Qual das
marcas todas
a ressaca da vida mais fundo vincaria
na maré
alta da lua mais cheia?
Parece o mar,
mas é mesmo a vida!
(imagens colhidas no Google)
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