Mila Ramos
Neste tempo de calor ingrato, absolutamente desconhecido de brasileiros de todas as praças, calor que desmente o clima ameno de nossa Santa Catarina, calor intenso que escorre nosso suor pelas costas abaixo e nos derrete...
Não há quem não esteja reclamando desse Senhor Sol que só se vai às 9h da noite e nem temos direito a estrela no céu nem paciência para esperá-las.
É quem mais pode correr para casa para ver se suas paredes estão mais frescas do que o piso das calçadas, das pedras em volta de uma piscina de água morna, ou do chuveiro jorrando água quente do sol ... Doce ilusão: tudo está muito quente.
E aí, há quem corra para o rio mais próximo, o enganador rio que parece baixo, mas que tem força para levar corpos de crianças iludidas pelas águas lisas e tranquilas .. . E lá se vai mais uma filho de mãe que trabalha ou aquele mais levado que foge de casa para nadar no rio, logo ali, na correnteza do baixio para as profundezas de seu perau, logo aí, no declive, no barranco.
A beira do rio que atravessa cidades ou campos entre as plantações é uma atração muitas vezes fatal, para as crianças.
No calor, a busca de alívio no centro da cidade também é recorrente.
Ainda bem, brasileiro é criativo mesmo! Olhem como estão diminuindo o calor deste ano: fazem uma grande barra de gelo ou congelam garrafas pet cheias de água, depois as colocam na frente do ventilador: aí está o ar resfriado mais barato do Brasil
Ontem vi um grupo de pessoas buscando sombra nas marquises da Rua Dr. João Colin, nossa importante artéria da zona norte, absolutamente sem árvore, a não ser a bela e aconchegante cerejeira da Caixa Econômica Federal. No centro, é um Deus nos acuda atrás das poucas sombras: os administradores da cidade sempre que têm uma "vaga para árvore", ou deixam-na vazia ou plantam uma palmeira. E ela não dá sombra, nem flor nem fruto, já que aqueles pequenos cocos só servem mesmo é para marcar o chão com bagaços amassados pelos transeuntes. De palmeiras, penso que basta nossa lindíssima Rua das Palmeiras.

Vamos plantas árvores em Joinville?
Esse calorão pode voltar a nos fustigar...
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