sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A N O S O G N O S I A



 Como não sei se já repassei esse artigo fantástico, vou reenviá-lo .
 Mila Ramos
Talvez eu esteja me repetindo.... Não tenho certeza...
Mas parece que ainda não é o "alemão Alzei."!
Um bom final de semana a todos.
A N O S O G N O S I A
Gostei bastante dessa informação sobre ESQUECIMENTO.
Para mim, sempre preocupado com esse tema, serviu como um ALENTO.
A N O S O G N O S I A
Que alívio ter conhecimento disto !
Desde há uns tempos a esta parte que andava preocupado porque :
1.- Não me recordava dos nomes próprios ;
2. - Não me recordava onde deixava algumas coisas ;
3. - Quando estou a conversar e tenho que interromper o pensamento por ser interrompido,
tenho dificuldades de continuar com a conversa no ponto em que a tinha deixado ;
Enfim, creio que começava a pensar que tinha um inimigo dentro da minha cabeça, cujo
nome começa por Alz... Hoje li um artigo que me deixou bem mais tranquilo, por isso passo
a transcrever a parte mais interessante :

"Se tu tens consciência dos teu problemas de memória, então é porque ainda não tens problemas."
Existe um termo médico que se chama ANOSOGNOSIA, que é a situação em que tu não te recordas
temporariamente de alguma coisa. Metade dos maiores de 50 anos, apresentam algumas falhas deste
tipo, mas é mais um facto relacionado com a idade do que com a doença.
Queixar-se de falhas de memória, é uma situação muito comum em pessoas com 50 ou mais anos de idade.
Se traduz por não recordar um nome próprio, entrar numa divisão da casa e esquecer-se do que se ia lá fazer
ou buscar, esquecer o título de um filme , actor , canção, não se lembrar onde deixou os óculos, etc. etc..
Muitas pessoas preocupam-se, muitas vezes em excesso, por este tipo de esquecimento.
Daí uma informação importante :
"Quem tem consciência de ter este tipo de esquecimento, é todo aquele que não tem problemas
sério de memória. Todos aqueles que padecem de doença de memória, com o inevitável fantasma
de Alzeimer, são todos aqueles que não tem registro do que efetivamente se passa.

B. Dubois, profess
or de neurología de CHU Pitié-Salpêtrière , encontrou uma engraçada,
mas didática explicação, válida para a maioria dos casos de pessoas que estão preocupadas
com os seus esquecimentos :
" Quanto mais se queixam dos seus problemas de memória, menos possibilidades
têm de sofrer de uma doença de memória".
Este documento é dedicado a todos os esquecidos que me recordo .
Se esquecerem de o compartilhar, não se preocupem porque não será Alzeimer...
são os muitos anos que vos pesam dentro das vossas cabeças.
( recebida via e-mail 



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SEXTA-FEIRA

                                          Mila Ramos

Nunca gostei de sexta-feira, prenúncio de não fazer nada, de saudade do tempo em que este era o dia de ir ao salão fazer cabelo, mão e pé, bater papo com gente desconhecida ( o que é ótimo), saber de coisas que ninguém vem contar na casa da gente, ver uma roupa  diferente da que se tem no armário, encontrar uma amiga que a gente quase não vê... Coisas assim!
Essa era a minha sexta-feira antiga.
Hoje é  o dia em que a empregada, minha querida Janete, faz um almoço gostoso como  sempre, só mais  farto para que sobre para o sábado. Eu peço isso.  Assim, não precisarei  sair para almoçar, encontrar os restaurantes cheios como nos domingos, comer demais,  chegar em casa e tomar chá preto.
     Era uma vez uma Zilda, que cozinhava de segunda a domingo e que só  saía  um pouco, à tarde, para  ir dançar no Ginástico ou no seu clube favorito do Iririu. E tinha uma boa poupança por isso. Hoje ela diz que não valeu tanto assim...
 Sábado,  dia em que meus filhos fazem tudo o que não têm tempo  de fazer durante a semana porque trabalham muito. Eu também fazia assim. Aproveitava para fazer um bom supermercado que, apesar de cheio, mas não me faltava  tempo para  escolher os produtos, especialmente verduras e frutas.
Sábado  é  meu dia favorito de TV. Gosto da programação da Globo News, entrevistas, reprises de programas que não pude ver durante a semana , e mais,  meu programa preferido,  Painel, com William Waak, sempre imperdível.
Nos domingos, o almoço é variado e o restaurante, também.
Nesse dia enfrento um restaurante com a Raquel e o Ricardo ou com a Rute.   Mais raramente, com o Roberto e a Iara, porque o paraíso deles é o Perequê. Ás vezes , almoçamos juntos durante a semana  e  o comum é ele almoçar peixe comigo.
E a semana acaba. O dia mais chato mesmo é a sexta-feira. Para mim, sempre foi.
 Mas é dia de cheiro de pão assando no forno, barulho de vassoura nas calçadas, o nosso vendedor de verduras  que chega ao meio dia, sempre, quando estamos almoçando. A Janete faz tudo para me agradar, como trazer a “bundinha” do pão quente com manteiga e um cafezinho da hora, e  é dia  de ganhar um docinho da dona Maria, minha vizinha que faz doce de todas as frutas que ganha  e  de abóbora e  mamão. Delícias.
Sexta-feira é dia de correria. De todo mundo. Menos do meu.Vai haver mais silêncio nas ruas,  menos barulho de carro, menos buzinas, mas eu não gosto.
Esse é um dos sinais da solidão de uma  velhice sem marido.
Ah! Seu Gercy...


domingo, 7 de setembro de 2014

ABRAÇO



                                ABRAÇO

                                 Mila Ramos    


Vem cá!

Deita teu corpo  sobre o meu

cansado e nu.

Faz tanto tempo, tanto, que as diferenças novas

envelheceram  na folhinha  lá da sala.

E mal  se lembram  dos tantos anos idos ...

E mal se  lembram  de mim.



Vem cá!

Aquece minhas mãos, pois que é inverno.

Sempre é inverno na minh'alma

e nos meus olhos  cor de mato;


Os  vestidos antigos já não uso

porque não servem mais 
na mulher que hoje sou.

                                      Quero o  abraço ausente 

                                      nos meus braços vazios.
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2014(setembro/6)