terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Raquel Superlinda: O #Superlinda Em Viagem

Raquel Superlinda: O #Superlinda Em Viagem: Começando um #Superlinda "Especial" pelo BRASIL Afora. A ansiedade bateu forte. O convite para uma viagem...





Minha filhota linda:

Parece que estás feliz na tua alegria pelo que vez e fotografas..

Cuidado nestas estradas  e , especialmente quando elas têm muitas coisas para ver; para, relaxa e fotografa, ok?

Beijo da \Mãe

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

MEU NATAL DE MUITO AMOR


                                         Mila Ramos
Hoje, é noite de Natal aqui em casa. Graças a Deus!
Claro que já tive Natais mais alegres, mais movimentados, casa enfeitada de Papai |Noel de todos os tamanhos, com profissões mais  engraçadas, alguns leem, outros viram piruetas e cantam, outros dançam. Havia um que gritava FELIZ NATAL, Ho, Ho, Ho, quando a gente passava, levava sustos, para depois rir ao passar por ele, com o pensamento em outras obrigações da ceia natalina, na arrumação da mesa, e recebendo pessoas amadas - algumas já não estão aqui, o que muito me entristece.
E ele não cessava de cantar... Um dia  meu filho pediu e levou-o para sua casa, que é decorada lindamente pela Iara, minha  nora.
Aqui ficaram os Papais Noéis silenciosos.
Eles são lindos: presentes de amigas queridas, alguns são do tempo em que minha mãe fazia a decoração do Natal em sua casa .
Eu morava em Tijucas e lembro , quando o Menino Jesus era o  rei do Natal e que trazia presentes em seu burrinho, comia as bolachas da minha avó Querubina , enquanto o burrico comia o capim que , na véspera, nós colocávamos debaixo do pratinho...
Lembranças boas, muito boas!
Agora, a vida vai mudando, a gente envelhecendo e não gostando mais de sair de casa, mudar de colchão, de travesseiro, mas sentindo a falta dos  meus, que estão na casa de praia do Roberto, com os filhos e meu bisneto lindíssimo - Augusto. A Raquel  e meus netos lindos também estão lá.
No Dia de Natal , Roberto e Raquel veem almoçar comigo trazendo toda a alegria dos netos e do  bisneto.
Assim, eu tenho dois Natais.
Quem pode ser infeliz  comemorando o Natal por duas vezes?
São duas esperas, dois jantares deliciosas, dois Natais.

Parabéns para mim.
                                                   Fotos colhida no Google


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

SERRA PELADA

                           
                        Mila Ramos

É febre,
o arrepio
da visão desquarada.
              barrosa,
              empoeirada,
dos homens, terra adentro,
na busca do ouro,
quinhão amarelo.

             - Será que o castelo emborcou sua torre?
             - Que arquiteto a traçou invertida dos ares
                do ouro do sol?
              - Quem te plantou,
                torre funda, profunda,
                pro seio da terra?

As filas humanas
afundam seus passos
- um sonho que erra -
na busca do ouro.

                 - É Serra Pelada,
                   amarela por dentro,
                   sem verde por fora.
                 - É Serra Pelada,
                 
 É ouro saindo
de gente enterrada.
- é Serra Pelada!          

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

QUE PRAGA É ESSA?


                                                     Mila Ramos

O que dizer dos políticos
senão que não são tão maus assim?...
Alguns -bem poucos , é verdade -
têm até vontade de acertar...

Bons políticos , muito raros,
tão raros quanto o quórum necessário
nas sessões do plenário...

Mas , meu Deus, que praga é essa
que infesta a casa,
a mesma casa que se diz do povo?

Que língua falam?
De que massa se fez esse político oco,
lustrado,
inútil,
mané-coco,
desonesto,
biltre,
Será que poderíamos pedir a Deus que reformasse a mão dela no modelo da de Lula?
paspalhão,
inculto
corrupto 
e arrogante?

Políticos, políticos...O que dizer de mim
que votei em vocês?   
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terça-feira, 20 de outubro de 2015

BNDES, UM ESCÂNDALO



BNDES, UM ESCÂNDALO GIGANTESCO
(O DA PETROBRAS É APENAS GORJETA)
 
Liberato Póvoa
(Desembargador aposentado do TJ-TO,
escritor, jurista, historiador e advogado)
 
Li, estarrecido, um artigo do abalizado constitucionalista Leonardo Sarmento, publicado no “JusBrasil” do último dia 4 de fevereiro, que denuncia: “O BNDES patrocina ideologia partidária, enriquece protagonistas do sistema e empobrece o Brasil”.
 
Acesse e leia a matéria, que vale a pena. O risco é você cair de costas.
 
Logo no encabeçar da matéria surge a imagem de um imenso “iceberg” em cuja ponta aparece o “mensalão” e, quase dez vezes maior, o “petrolão”, e - pasmem! - na parte submersa, aparece o BNDES, com o tamanho no mínimo o suficiente para considerar o “petrolão” um mero troco, e o “mensalão”, uma insignificante gorjeta.
 
Discorre o articulista dizendo que nós sofremos uma crônica falta de infraestrutura, para cuja correção existe o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas ele financia portos, ferrovias, estradas e outras obras necessárias.
 
Só que ele financia para outros países, como se estivéssemos fazendo algo em troca de um retorno que nunca virá, ou se tivéssemos uma espécie de colônias com o dever de desenvolvê-las.
 
Todos devem lembrar-se de que, desde o primeiro governo petista, o cenário é o mesmo para personagens que a cada hora desempenham papéis diferentes, mas dentro de um mesmo “script”. Mercadante saiu do ministério da Educação, mas encarapitou na Casa Civil; Guido Mantega presidiu o BNDES até 2006, quando pulou de galho e foi empoleirar-se no ministério da Fazenda.
 
Na sua gestão o total de empréstimos do Tesouro para esse Banco saltou de menos de 10 bilhões para 414 bilhões de reais.
 
Esses empréstimos financiam atividades de empresas brasileiras no exterior, que, até bem pouco tempo, eram “segredo de Estado”, pois foram consideradas secretas pelo banco (o que já dava a impressão de maracutaia, para usar um vocábulo inventado por Lula, quando era oposição).
 
Mas no início do segundo semestre do ano passado o Ministério Público Federal acionou a Justiça para liberar tais informações. E a juíza federal Adverci Mendes de Abreu, da 20.ª Vara Federal de Brasília, considerou que a divulgação dos dados de operações com empresas privadas “não viola os princípios que garantem o sigilo fiscal e bancário” dos envolvidos (e a ilustre magistrada vem incomodando o PT com suas decisões: foi ela quem, esses dias, mandou deportar o terrorista Cesare Battisti, que Lula aninhara no Brasil, desafiando o Supremo).
 
A partir da decisão da intrépida juíza, o BNDES está obrigado a fornecer dados solicitados pelo Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU). E aí é que a coisa começou a ganhar uma dimensão que até então era sequer imaginada: descobriu-se que o BNDES concedera mais de 3.000 empréstimos para a construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior.
 
Só uma amostra para o leitor se estarrecer junto comigo: as obras que o banco considerou estarem aptas a receber investimentos financiados por recursos brasileiros são obras tocadas por empresas flagradas pela “Operação Lava-Jato”, figurinhas conhecidas no lamaçal da corrupção.
 
A Odebrecht obteve financiamentos de 957 milhões de dólares para o Porto de Mariel (Cuba), 243 milhões de dólares para a Hidrelétrica de San Francisco e 124,8 milhões de dólares para a Hidrelétrica de Manduruacu, ambas no Equador; 320 milhões de dólares para a Hidrelétrica de Cheglla, no Peru; um bilhão de dólares para o Metrô da Cidade do Panamá e 152,8 milhões de dólares para a Autopista Madden-Colón, ambas as obras no Panamá; um bilhão e 500 milhões para Soterramento do Ferrocarril Sarmiento, ambos na Argentina; 732 milhões de dólares para as Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas e 1 bilhão e 200 milhões para a segunda ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela; 200 milhões de dólares para o Aeroporto de Nacala e 220 milhões para o BRT de Maputo, ambas as obras em Moçambique.
 
A OAS foi contemplada com 180 milhões de dólares para o Aqueduto de Chaco, na Argentina e a Andrade Gutiérrez, com 450 milhões de dólares para Barragem de Moamba Major, em Moçambique.
 
E assim, aparecem outras empreiteiras, como a Queiroz Galvão, com obra na Nicarágua (Hidrelétrica de Tumarin), ao custo de um bilhão e cem milhões de dólares, e 199 milhões de dólares em obra na Bolívia (Projeto Hacia El Norte – Rurrenabaque-El-Chorro), sem se falar em outras obras no Peru e no Uruguai. Percebe-se que a “Lava-Jato” vem apenas se antecipando na revelação dos colaboradores da quadrilha.
 
E isto foi apenas uma minúscula parte que se soube, pois o BNDES, alegando “sigilo necessário”, só revelou os beneficiários de 18% dos empréstimos.
 
E foram mais de três mil.
 
E recentissimo, Dilma esteve, de araque, na posse de um “companheiro” na presidência do Uruguai, quando, na verdade, foi acertar com o colega Tabaré Vasaquez a construção de um porto naquele país companheiro, ao custo de um bilhão de dólares, dinheiro do BNDES.
 
Com o Brasil atravessando uma crise sem precedentes, totalmente sucateado, é estranho que tais obras em países sem qualquer perspectiva de parceria útil, apenas unidos por ideologia, estejam jogando pelo ralo nosso minguado dinheirinho.
 
E o que nos assusta é saber que, malgrado a boa vontade do Ministério Público e o verdadeiro heroísmo da Polícia Federal, estamos desesperançados com tanta corrupção, sem saber a quem recorrer.
 
 
 
 
 
 
O povo que elegeu será o mesmo povo que tomará de volta o poder.
 
(Publicado no “Diário da Manhã” de 09/02/2015)
 

TUDO PODRE? doc. 27 – 2015
QUE HORROR!
 
A caixa-preta do BNDES

Relatório obtido por ISTOÉ revela que inadimplência nos financiamentos do banco saltou de R$ 412,9 milhões para R$ 4 bilhões.
Enquanto o TCU pede a abertura dos dados sigilosos da instituição, a oposição trabalha por uma CPI.


Na quarta-feira 11, a oposição iniciou a coleta de assinaturas para instalar a CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Congresso.
 
O objetivo é investigar como o banco aplicou R$ 400 bilhões em recursos da União entre 2009 e 2014.
 
Recheia o pedido dos oposicionistas um relatório alarmante. Trata-se do último informe de gestão de riscos da instituição, destinado à análise de investidores e mercado financeiro, ao qual ISTO É teve acesso. De acordo com o documento, que mede operações em atraso da carteira de créditos do BNDES, o montante total de parcelas de financiamento inadimplentes saltou de R$ 412,9 milhões em junho de 2014 para R$ 4 bilhões em setembro, crescimento de 976%. No mesmo período, em 2013, a variação de um trimestre para o outro foi de R$ 126,6 milhões para R$ 132,7 milhões.
 
As empresas são consideradas inadimplentes quando atrasam em 90 dias o pagamento mensal do empréstimo. A dívida, segundo o banco, compromete todo o fluxo da instituição fomentadora. O BNDES diz que utiliza o montante de parcelas pagas pelas empresas financiadas para conceder crédito a novos clientes. Quando as empresas deixam de pagar o boleto mensal, a instituição perde recursos e precisa recorrer à União para manter o ritmo de financiamentos.
 
Diante desse quadro, no início de dezembro, o governo autorizou um socorro de crédito de R$ 30 bilhões ao BNDES.
 
Dois meses depois, o Congresso foi novamente acionado para votar outra medida provisória, desta vez para ampliar em R$ 50 bilhões o limite de incentivos financeiros repassados pela União ao banco.
 
O BNDES é uma caixa-preta indevassável.
 
A instituição financeira se recusa a divulgar a lista dos devedores sob a alegação de “proteção ao sigilo bancário”.
 
O banco também se nega a informar para quem e em que condições foram concedidos os empréstimos bilionários a juros camaradas nos últimos sete anos. Intriga a oposição o fato de o salto no montante da inadimplência dos financiamentos coincidir com o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aos integrantes da Lava Jato.
 
A constatação sugere que as empreiteiras envolvidas no escândalo possam integrar a lista de devedores. O banco rechaça a suspeita.
 
“O atraso observado para prazos menores acontece por motivos diversos, operacionais ou conjunturais da empresa, e não necessariamente por dificuldades financeiras”, informou a assessoria.
 
 
 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

COMO DRAGÕES DE KOMODO


                            
foto do Google
 Mila Ramos


É urgente conformar-me com Dilma e Lula porque são mais desonestos do que imaginamos, são capazes de trocar votos e ministérios por poder e muitos dos Deputados e Senadores que aí estão apoiando ladrões, foram eleitos por nós. Quem sabe a lição de " como escolher políticos para votar" será aprendida desta vez.

Cuidado quando a próxima eleição chegar, marquem seus nomes e marcaremos pontos contra a peçonha desses campeões da esperteza nacional.

Os brasileiros estão desistindo de recorrer às ruas - eu é que não posso sair por aí gritando contra quem quer que seja, porque vão achar que eu, com 83 anos, além de velha, estou maluca. Minha tribuna é esta escrivaninha, meu público é quem sabe ler e tem computador, meu eleitorado é minha família, minha cozinheira, a massagista e duas cuidadoras. Pouco, não?

Já foi muito maior, mas na velhice, como tudo, o voto também acaba. Exemplo disso é Pedro Simon: ser grandioso mas  envelhecer .

Minha esperança é essa: o novo eleitorado que está se formando mudará este Brasil. Eles não vão mais levar em conta que o vereador é seu vizinho ou parente porque se sua ficha for conhecida por grandes dívidas, mal comportamento social, enriquecimento desconfiável, não vai dar não, meu caro. Seus Vereadores serão homens e mulheres de bem, honestos.

Seus Deputados – estaduais ou federais- serão analisados num primeiro mandato. Do segundo em diante, terão de mostrar trabalho, senão, voltam para sua vidinha de "não faz nada".

Seus senadores, mais cuidado ainda, porque sua vida pública será de oito longos, longos anos – o que eu nunca entendi porquê.

Nosso país será melhor quando nossos políticos valerem à pena .E esqueceremos que houve um tempo em que nos roubavam o voto, o tesouro nacional, as grandes empresas, roubavam muito, roubavam sempre. E quando a coisa ia ficando feia, mandavam-se para outros partidos e, se piorasse, corriam dali e se escondiam em outro país. Ou escondiam o dinheiro roubado.

Só que, lustrosos políticos ladrões, os paraísos fiscais acabam virando o éden, de onde os ladrões são expulsos .

Ora , como aplaudir nossas autoridades, quando elas saem mundo afora abrindo contas com dinheiro roubado da gente. Ou o dinheiro não é da gente? É sim, e deles também.

Hoje, estava ouvindo o JN e imaginando o que acontece com a personalidade de um adolescente ao ver o seu teto cair sobre a cabeça de seu pai, de seu avô, de seu bisavô de barbas brancas, talvez nem entendendo mais muito bem o que estava acontecendo à sua volta

É doloroso saber que 61% dos políticos brasileiros são desonestos: antes de tudo, querem enriquecer, comprar bons ternos - se possível, brilhantes, camisas e gravatas 'descombinando', mas é a moda no Congresso : primeiro eles querem que a roupa brilhe, depois fazem implante de cabelos na velha e cansada careca, divorciam-se da mulher de sua idade para ter uma jovem estrela ao lado. Muitos deles recebem, de cara, a desnorteante pergunta: é sua filha?


Por tudo isso, têm o hálito dos Dragões de Komodo quando acuados e são ferozes quando  disputam o dinheiro público, no caso, sua presa.
E são horríveis como aqueles animais.

Nada disso faz mal! Vale porque político ladrão não tem vergonha de nada mesmo!

Lula, Dilma e muitos de seus amigos e assessores têm características deste modelo!

Ou provem que não!

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Carta do Rio – 71 por Rachel Gutiérrez

by claracastilho

riojaneiro2

O amor é sempre misterioso. Até mesmo o que sentimos por alguns autores mais do que por outros. Jorge Luis Borges, ele próprio um escritor apaixonante, evocou pela vida afora, em entrevistas, cartas e textos, o escritor que havia encantado a sua adolescência: o britânico Robert Louis Stevenson nascido na longínqua Escócia. Eu tive e continuo a ter uma grande paixão pela francesa nascida na Borgonha, Gabrielle Sidonie Colette, ou simplesmente Colette, que encantou a minha juventude e continua a me encantar cada vez que a leio ou releio.

E assim como fiz questão de conhecer alguns ensaios críticos sobre o não menos apaixonante Marcel Proust, li sobre Colette, entre outros, o maravilhoso livro de Julia Kristeva a ela consagrado na famosa trilogia sobre o gênio feminino, (do qual as outras representantes  são Melanie Klein e Hannah Arendt). E há pouco tempo percorri, de Guy Durey, o Abecedário de Colette, e só  não posso dizer de A a Z porque acaba em W, a letra inicial de Willy, pseudônimo do primeiro marido da escritora,  (Henry Gauthier-Villars), que descobriu e estimulou o talento da jovem borgonhesa que haveria de elaborar uma das escritas mais fascinantes que a literatura francesa deu ao  mundo.

colette

Colette (1873-1954) é de uma época em que a gratuidade da arte ainda equivalia à sua absoluta necessidade. Ela fez pantomima, foi atriz de vaudeville e de teatro quando até mesmo o que hoje chamaríamos de entretenimento possuía uma “aura”, um certo mistério. Foi na literatura, porém, que essa artista múltipla se revelou magnífica.  Desde os primeiros livros assinados abusivamente por Willy, depois por Willy-Colette, a escrita tornou-se sua grande aventura, como diz Durey, - a aventura das palavras, da língua e da poesia.

Sim, porque sem nunca ter escrito versos, como a nossa Clarice Lispector, Colette criou também um oceânico poema em prosa. Seu uso refinado e original de metáforas revela uma visão de mundo enriquecida pelo conhecimento de plantas, flores, insetos e animais, aguçada pela sensibilidade aos cheiros, às cores e aos sabores, tudo o que a infância em Saint-Sauveur-en-Puisaye e o jardim paradisíaco de sua mãe nela fizeram desabrochar. Decorre daí sua tão famosa sensualidade, que é abrangente, que é erótica como a vida. Por isso, Julia Kristeva define sua escrita como la chair du monde, a carne do mundo.

Vitalista, como Nietzsche, Colette é também psicóloga. Seu olhar penetrante analisa os personagens de forma implacável, mais como quem observa e compreende, não como quem julga e condena. E quando aborda temas que outros escritores podem tornar escabrosos, ela o faz com delicadeza e muitos silêncios. Libertária nos romances, como em sua própria vida, jamais é escatológica ou vulgar. Há malícia em muitos dos seus relatos, mau-gosto, jamais. Seus livros foram parar no Index da Igreja Católica provavelmente por causa de sua vida considerada “imoral”, para os padrões da época, não pelo que escreveu. Ou talvez o Vaticano estivesse numa fase totalmente avessa à poesia. Pois em seus livros, quando os tons são mais crus, há também delicadeza, quando o tema é erótico, há também pureza.

Meus amigos conhecem a pequena coleção de pesos de papel, que venho aumentando ao longo dos anos, numa clara e confessa imitação da grande coleção de sulfures, que a escritora francesa preferia chamar de bolas de vidro ou bolas coloridas. E ao referir-se a elas, costumava brincar dizendo que eram pesos de papel para não pesar sobre papel algum, como “arte pura por sua inutilidade”. Colecionou-os, contudo, por mais de trinta anos explicando que “o que é inútil é quase sempre inesgotável”.

Isso lembra uma epígrafe, de Henri de Regnier, que Maurice Ravel colocou na partitura de uma de suas obras: Le plaisir délicieux et toujours nouveau d’une occupation inutile. (O prazer delicioso e sempre novo de uma ocupação inútil). Contemporâneo e amigo de Colette, o grande músico, inspirado em texto dela, escreveu uma de suas obras-primas: L’enfant et  les sortilèges.

É uma ópera totalmente diferente: o personagem principal é um menino que está vivendo uma crise de rebeldia e se diz com preguiça de fazer os deveres, com vontade de, ao contrário do que sempre acontece, colocar Sua Mãe de castigo e porque ele quer ser “mau, mau, mau”!

Irritada e cansada, a mãe o deixa num helsalão que dá para um jardim e, de repente, móveis e coisas tomam vida, se animam e cantam e dançam e as alucinações crescem e se multiplicam, parecendo que tudo se arma contra ele. As árvores e os bichos do jardim também o acusam e ameaçam. Até o momento em que, ao encontrar um esquilo ferido, o menino se compadece e cuida da pata do bichinho. Seu gesto bom é suficiente para redimi-lo de todas as traquinagens.  Tudo se acalma então.  Arrependido, sua última palavra é um chamado: Mamãe!

Escolhi, para vermos e ouvirmos, um belo trecho dessa obra  cuja estreia ocorreu no Teatro do Cassino da Ópera de Monte Carlo, em 25 de março de 1925, há 90 anos.  É quando o fogo começa a dançar e a cantar e as pastoras do papel de parede também cantam.


sábado, 19 de setembro de 2015

TOMA LÁ, DÁ CÁ!


 

                                                                                           Mila Ramos

Se eu morasse de favor, tivesse comida, cama e roupa lavada, se não pagasse contas de luz, de água e nem de telefone, carro com motorista, bicicleta com segurança e um avião de graça  para  ir tomar vinho em Portugal, voar para onde eu quisesse, ter uma roupa cara por dia – mesmo não sendo do meu gosto,   - que diferença faz?  Ah! Eu também não quereria sair dessa vida.
A Dilma tem razão!

Ser considerada incapaz, mal amada, não ser convidada para almoçar ou jantar na casa de ninguém, não ganhar festa de aniversário com velinha, não ler um bom livro num final de semana, ah! Eu também estaria muito mal humorada. Pobre Dilma!

Não ter a seu lado um assessor de sua escolha, ter como arrimo um cara como Lula, depender de políticos corruptos para um ato que venha a beneficiar o seu povo, esconder-se dos brasileiros na data máxima da Pátria, temendo ameaça física, deve ser um horror.
 Infeliz Dilma!

Como pode uma mulher falhar, quando eleita para governar seu país, deixar-se iludir com o poder e fazer vexatórios discursos dizendo que “alguém” está tramando um golpe contra um direito seu, sufragado pelo voto? Ah! Que pena !
 Malsucedida Dilma!

Os nascidos antes dos anos 90, não sabem o que foi, na verdade, a oposição a Collor , liderada pelo PT. Ele roubou também. Roubou, fez pose de grande líder e me enganou. Eu cheguei a chorar quando o vi saindo do Palácio do Planalto, cabeça erguida, corajoso, sem medo, eu diria.

No entanto, há uma grande diferença entre roubo do Governo Collor em comparação ao de Lula, depois Dilma.  (Agora, Lula depois de Dilma. Deu para entender, não?) A diferença é o montante de dinheiro:  os bilhões de dólares, saqueados por Lula e Dilma, somados aos reais da era Collor, os dois levaram tanto dinheiro que daria para pagar vinte ou trinta vezes essa tal dívida que o governo e o pobre Levy, querem agora tirar dos brasileiros, em forma de impostos.

A diferença representa o indizível custo de obras feitas por Dilma e Lula na terra de  Fidel, em Cuba,  dólares em desvio para a Venezuela e para o Paraguai, quiçá, para a Argentina dos Kirchner, para países africanos, para as fazenda dos super apartamentos da família do ex-presidente e dos dólares sacados fora do Brasil ( quem não lembra da ex-primeira dama sacando dinheiro na Europa?) para engordar as contas do atual mandatário do Ex-Governo Dilma.)
Dilma não manda mais nada. Os dois, ela e ele,  e seus comparsas serão cobrados pelo povo brasileiro, trabalhador e sério.

Aquele “negócio” de dar banho nos outros competentes candidatos à Presidência à custa de malandragem, dinheiro do Mensalão e da Petrobrás, do nosso bolso e do erário, aquilo acabou! Agora é botar a cara pra bater, Lula, Dilma, políticos já no listão do competente Dr. Moro e sua assessoria. E na lista do povo brasileiro.


E não vai haver “mole não”, como dizem os jovens brasileiros. No Supremo, a justiça será feita ao  Brasil.
Pobres corruptos!
Nunca sofreram tanto por nada!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

POBRE LEVY

Texto de Mila Ramos publicado nesta sexta-feira, no Blog de RaphaelWerneck.com


Na verdade, eu já ando duvidando da liderança de Levi.. Coitado!
Os petistas da Câmara Federal querem porque querem reais para seus eleitores e pronto: menos cem milhões na nossa conta.
A teimosia de Dilma é muito maior do que qualquer conhecimento técnico/administrativo ou científico, Dr. Levi”. Ela vai morrer achando que está certa para ganhar o apoio dos parlamentares e ficar no trono. Não existe força que consiga aplacar a ganância desmedida de Dilma e de uma boa parte de nossos deputados federais. E ela vai sempre entregar os pontos para eles. Deve ser a “fome que eles passam”, pois só fome faz roubar. Não há outra razão para que um ser humano deixe que seu país se acabe, em meio a usurpadores, os poucos centavos que o erário ainda resguarda. Resguarda para defender a honra de nosso Brasil.
  - Barbaridade!
O que é isso,
Quem escolheu tão mal os chefetes da Petrobrás?
Até onde vai a ambição destes famintos senhores eleitos pelo povo, para roubar o país?
Eu não quero acreditar que uma facção dos eleitos para formar o Congresso Nacional, não enxergue o estado lamentável em que Lula e Dilma deixaram os cofres da nação.
  E aí, “juntou-se a fome com a vontade de comer”! Em Lisboa e Paris , os pratos ao molho de dólares, primeira classe em aviões – como será no avião presidencial? -, depois de muito whisky e champanhe francês, amarram os guardanapos finíssimos na cabeça, feito lenços e dançam e dançam e dançam, na alegria de terem gasto mais um pouco do já curto dinheiro brasileiro.
Levy: não gaste o seu latim e sua honra para fazer com que Dilma economize. Ela não sabe fazer isso! Essa é a presidente que Lula inventou, igualzinha a ele e o primogênito “enricado” de repente: o Brasil ia mal e eles, bem, bem! Dilma, só tem pose, não sabe nada de administração, nunca foi rica, sempre estragou tudo o que teve nas mãos, foi formada politicamente na linha pobre do comunismo, regime onde só têm dinheiro e podem luxar, os chefes supremos. Os comunistas que reinam no Brasil, são os chefetes do regime de Stalin, o matador. Por isso roubam ou matam!
Lula disse no último dos programas da sigla do PT: “Daqui pra frente o Brasil vai crescer”.
Claro que vai, os ladrões estão presos!
  Os batedores de carteira, de celular, de correntinha de ouro deveriam fazer um estágio no Ministério de Dilma e na Petrobras. Alguns, os salafrários, poderiam dar boas aulas de como roubar sem ser apanhado, pelo menos, até um deles ser pego com a boca na botija. Ah! Ah! Aí, sim, o Brasil vai crescer, não é Lula?
  Para muitos, como eu, é um tempo de espera e medo. Minha única arma é dizer o que vejo, o que sinto, o que leio: e minhas fontes de informação me mostram um Brasil defeituoso, dolorido, onde só a energia do povo nas ruas faz-me venturosa.
E meu riso é o aplauso que faço aos criadores do PIXULECO, imagem de Lula vestido de presidiário, o que, na verdade, fica muito bem nele. Por tudo isto volto a repetir: Pobre Levy....

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CARTA AO AUGUSTO

 
Augusto, meu lindo!
Tu és meu primeiro bisneto e eu te adoro.
Não sei quanto tempo vai levar para que leias esta carta e que a entendas. Mas não faz mal, a bisa escreve mesmo assim.
Não é porque provavelmente já não estarei por aqui. Isto não é um lamento, a bisa te escreve muito feliz por estar te beijando hoje.
Tu és lindo e imagino que também serás lindo quando cresceres porque hoje és a cara de teu pai com olhos de tua mãe,  âmbar com raios de esmeralda. Eles são lindos, os dois. E como são lindos os teus olhos!
Gostas de correr e brincar: aqui, na casa da bisa, tu colhias umas florinhas  cor de maravilha – isto significa hoje uma cor misturada de vermelho e rosa. Como se chamará quando estiveres lendo esta carta de aniversário nos teus 3 anos, eu não faco idéia. Quando estavas com 2 anos, chegaste aqui na casa da Bisa e visses uma piscina pequena, aliás, e tu quiseste tomar banho... Teu tio Ricardo tirou a roupa e, só de cueca ( os homens ainda usam cuecas como no meu tempo?), caiu na água para cuidar de ti. Foi uma alegria para a bisa, nunca vou esquecer de tua alegria fazendo farra com teu tio.
Quando passa alguns meses que não me vês , tu me esqueces e demoras a me alegrar gitando “Bisaaaaa” , na minha cozinha, enquanto comes  bolachas de Natal , toda pintadinha de desenhos natalinos... Será que ainda serão usados quando cresceres? A vó Iara é muito chegada a lembranças e faz tudo para te agradar. Provavelmente terá como te explicar o que é isso que a Bisa está te falando.Até porque , ela adora essas bolachinhas.Vou te contar um segredo: eu acho que essa reforma linda que ela e o Vô fizeram na casa da praia é por tua causa! Eles queriam fazer um corredor maior para tu poderes correr nele, uma varanda maior para a chuva não atrapalhar tuas folias, tudo, com certeza foi para melhorar tuas férias ali , (se é que poderia?)
Meu lindo:
A bisa, quando era criança, nem geladeira tinha em casa. Àgua encanada e banheiro dentro de casa era coisa de rico, só fui conhecer no internato, onde fiquei seis anos estudando para ser professora. Afinal, a diferença de idade entre nós dois é de 80 anos.
Os brinquedos que tu tens, não existiam ainda. Plástico,  eletrônica ou coisa semelhante era para muito depois... Mais tarde, no Colégio, vim a conhecer uma máquina de escrever manual.... até chegar ao Computador, para mim, levou uns bons 50 anos , mais ou menos. Sobre isso teus pais vão te contar( ou tu já nasceste sabendo?).
Acontece, meu lindo, que a gente tem a infância que Deus nos dá e ela é sempre muito boa e divertida. Pergunta ao teu vô do que ela brincava quando tinha tua idade e ele vai rir da tua pergunta. Ele hoje “é esse senhor” de respeito e de uma barriguinha ameaçadora, mas ele já foi um garotão bem levado...Dá tua vó Iara eu não sei muita coisa, só sei te dizer que ela foi modelo, desfilava, viajava, era fotografada para revistas, enfim, brilhava e se preparava para ser avó do Augusto, depois de passar pela experiência  assustadora por ser mãe do Ricardo e de teu pai, que não eram santos na infância.
Tua mãe , quando eu conheci, era loira. Depois mudou de cabelo e de vida: casou com seu “grande“ amor e foi uma das mães mais amoráveis e dedicadas que eu já vi : Tu és o mundo dela! Nas reuniões da família onde todos são  grandões, ela é o mais belo biscui que os japoneses poderiam ter criado lá pelo século 18, ou antes, tidos como a mais bela das artes plásticas  do mundo, pequeninas, mas de um valor imensurável.Nunca esqueças disso.
Teu pai, meu lindo neto Rodrigo nasceu  com pinta de gênio, estudioso e sério: Numa de suas viagens de serviço aos EEUU, ficou de “olho inchado” de saudade de ti, e chorava. Lembro de uma época de sua juventude, eu dizia que ele deveria ser “modelo’, mas não deu, sua avó disse que primeiro ela estudasse e estava certa.
Teu tio Ricardo, o meu lindo “nenê”,  andava ansioso à tua espera : hoje, ele se diverte correndo dentro de casa atrás de ti. Ainda não casou, vou esperar pra saber se ele será um pai assim mesmo...
Lindíssimo nenê meu, meu presente de Deus na velhice, meu brinquedo favorito, meu bebê de luz,  a quem dou meu maior presente, o que estudei, o que li, o que amei. Claro que receberás hoje presentes muito mais interessantes, mas nenhum deles levou 83 anos para se construir. E como é o presente mais velho , provavelmente será o menos interessante, mas creia, meu lindo Augusto, é perene,
Eu te amo muito, muito, muito.
Tua bisa de hoje.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

CONFERÊNCIAS DE LULA


Lula e suas Conferências prá Inglês Ver
João José Leal – jjoseleal@gmail.com
Lula da Silva, tem sido um péssimo exemplo de ex-mandatário. É verdade que deixou a presidência da república com elevado índice de aprovação, até com fama de estadista. Mas, teima em não sair da cena política e continua agindo como se seu mandato fosse vitalício. Considera-se responsável pela eleição de Dilma Roussef e o indispensável tutor de seu governo. Na sua evidente mediocridade, considera-se infalível, o messias que tudo sabe, tudo resolve e tudo comanda. Talvez, porisso, imagina-se intocável, acima da lei e o rei do país.
Entretanto, o tempo político é implacável e começa a cobrar-lhe o preço de suas graves faltas. Em consequência, a cortina de fumaça vai se desfazendo para revelar algumas de suas ações enganosas, para não dizer criminosas. Presidente, vangloriava-se de não ter precisado de diplomas, nem de leituras para chegar ao comando do país. Ex-presidente, passou a ser um dos conferencistas mais bem pagos do planeta, proferindo palestras que ninguém assistiu.
Agora, o manto da sorte que sempre lhe protegeu parece estar caindo. Em vez de conferências, tudo indica que as milionárias falas do ex-presidente não passaram de ações lobistas para favorecer negócios escusos com dinheiro oficial. Depois de muitas denúncias, o Ministério Público passou a investigá-lo porque há fortes indícios de que, em vez de palestras, o que houve mesmo foi tráfico de influência, com Lula oferecendo informações privilegiadas e intercedendo por vantajosos financiamentos oficiais para as grandes empreiteiras, justamente a nata da elite empresarial tão combatida em seus discursos e pelo seu partido, que ainda se diz dos “trabalhadores”.
Agora, investigado, responde com o chavão de sempre para dizer que as magistrais “conferências” foram todas realizadas e que os milhões recebidos foram devidamente contabilizados pela sua empresa de palestras e pelo instituto que leva o seu nome. Quanto a isso, parece não deve haver dúvida. O que precisa ser explicado, no entanto, é a origem do dinheiro que as empreiteiras pagaram por suas fantásticas palestras, que ninguém assistiu e nem sabe onde foram proferidas.

Dia  23/072015
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sábado, 18 de julho de 2015

CARTAS DO RIO 59

 As CARTAS DO RIO, textos excelentes de RACHEL GUTIÉRREZ na defesa dos direitos do ser humano e na acusação direta dos culpados pelos destroços a que foram reduzidas vidas e viver da espécie humana neste mundo de meu Deus.
Um libelo contra os verdadeiros malfeitores da humanidade.
Mila Ramos